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Daughters ::: 12/05/19 ::: Fabrique Club
Postado em 23 de maio de 2019 @ 18:07


Fotos: Flavio Santiago

Texto:Gabriel Mendes e Murilo Henrique (Wikimetal)

Se o mundo estivesse próximo do fim e essa sensação pudesse se traduzir em uma situação do universo que conhecemos, seria um show do Daughters. Apesar de parecer algo horrível, a atmosfera presente na apresentação chega de forma revigorante e cheia de energia.  Uma energia que gera correntes elétricas em torno do corpo, te faz sentir vivo.

Fantano descreveu precisamente o som de You Won’t Get What You Want como “a sensação de ser esfaqueado só que por um som”, já o show da banda potencializa ainda mais essa sensação, numa combinação de violência e hipnose. A banda te convida para sentir o caos que existe em cada um de nós, e sem nenhum tipo de julgamento, é um espaço de expressão livre e espontânea.

Ao decorrer da apresentação, os fãs mais tímidos que enfrentaram um domingo chuvoso (e dia das mães) em São Paulo para assistir o Daughters e inicialmente viram de lugares mais afastados do palco, começaram a vir correndo de forma alucinante conforme o tempo passava e a intensidade crescia. Era como se os cinco músicos de fato hipnotizassem a audiência e a atraíssem numa crescente ininterrupta até o fim, mais e mais pessoas queriam ter a experiência daquela sensação de perto.

 

Vale ressaltar a equalização de som excelente do Fabrique, a banda quebrou tudo (literalmente) no palco e ainda era possível ouvir nitidamente todos os instrumentos. Um amigo resumiu o show como “sentimentos obscuros tirados das piores gavetas da consciência” e contou que ficou paralisado durante toda a apresentação.

O frontman Alexis S.F. Marshall toca, abraça, beija, lambe a mão e passa no corpo, tira a roupa, e cria uma relação com o público ao longo da apresentação que transcende o físico. Algumas músicas de discos anteriores integraram o setlist e funcionaram muito bem com as atuais, singles como “The Hit” e “The Dead Singer” empolgaram os fãs mais antigos.

O Daughters se recusa a intercalar a energia do som entre altos e baixos, inclusive “baixo” é uma das palavras que não fazem parte do dicionário do grupo. A energia, volume e intensidade só aumentam, até acabar. No fim, as luzes se apagaram e o público simplesmente virou as costas para o palco e se dirigiu a saída, como se nada mais fosse necessário, afinal de contas, tudo já havia sido deixado ali.

“The Reason They Hate Me”

“The Lords Song”

“Satan in the Wait”

“The Dead Singer”

“Recorded Inside a Pyramid”

“Our Queens (One Is Many, Many Are One)”

“Long Road, No Turns”

“Daughters Spelled Wrong”

“Less Sex”

“The Hit”

“The Virgin”

“Guest House”

“Daughter”

“Ocean Song”

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