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ENTREVISTA ::: CYPHER16
Postado em 08 de novembro de 2020 @ 22:40


Decifrando o Cypher16, muito além de apenas mais uma banda surgindo pelo mundo!

 

Agradecimentos: ao próprio Jack Doolan (Cypher16)

Por: Vagner Mastropaulo

 

Pense num cara gente boa.Assim é Jack Doolan. Não por ter topado conversar com o site, mas pelo modo como tudo se deu. Ao constatar que não recebeu retorno após mandar as respostas ao contato intermediário, o vocalista e guitarrista do Cypher16 apurou conosco o que havia rolado e tratou de nos reenviar suas respostas num arquivo único em áudio de quase vinte e oito minutos diretamente pelo WeTransfer. Único membro fundadorainda nogrupo inglês, o músico de trinta e um anos é ciente de seu papel, sabe que ainda há muito a conquistar e, se necessário, o fará entrevista por entrevista.

Bem-humorado, divertiu-se com algumas questões, fez elogios sinceros à pauta e só podemos torcer para que ele:mantenha a mesma abordagem com a imprensa e o jeito simples de ser; e venha ao Brasil pela primeira vez junto a Will Cass (guitarra), Rich Gray (baixo) e Dec Doran (bateria) assim que o “novo normal” de fato representar algo normal de novo. Elembre-se: você só lerá o conteúdoabaixo porque Jack realmente quis que ele chegasse a você! Ah, apenas a título de curiosidade espacial-temporal, ele nosatendeu em 17/09 em sua casa em Londres.

 

Vagner Mastropaulo: Antes de tudo, muito obrigado pela entrevista. Gostaria de começar te fazendo aquela pergunta que você certamente não agüenta mais responder… fiz minha lição de casa, provavelmente de modo simplório e simplesmente não fui capaz de encontrar a explicação para o nome da banda. Qual é a estória por trás de “Cypher16”?

Jack Doolan: É um prazer estar falando com vocês! Então, sim, o nome “Cypher16” [risos]… sim, é bem bobo! A banda era originalmente chamada “Cypher”, sem o “16”, e quando montamos nosso primeiro site de todos, foi no MySpace, se vocês se lembram dele, anos atrás. Obviamente eu queria que fosse www.myspace.com/cypher, mas infelizmente este endereço já estava tomado.Então, no calor do momento, apenas adicionei um “16” porque… não sei, apenas fiz à época. Nunca pensei que o site fosse durar muito tempo e achei que, quando tivéssemos tudo mais ou menos resolvido, fôssemos atualizá-lo. De todomodo, isso nunca aconteceu. Então subitamente a banda meio que estava sendo chamada de “Cypher16” pelas pessoas e acho que “Cypher16” meio que flui e soa bem. Ninguém nunca disse não gostar do nome, então ele nunca foi mudado [risos]. E essa é a estória!

 

VM: A biografia do Cypher16nosite oficialde vocês os descreve como “uma banda de rock que atrela metal a insinuações de industrial”. O site Metal Archives, uma boa referência online com relação a informações sobre o estilo, os classifica como “Metal Sinfônico-Progressivo”. Pessoalmente, não me importo muito com rótulos e, para mim, o que realmente importa são as pessoas escutando as músicas e se conectando a elas. Você concorda com essa visão? E como não ir à loucura quando a própria imprensa os rotula de modo tão diferente de como vocês mesmos se enxergam?

 

JD: Essa é legal! Também não sou um cara de rótulos. Realmente não me importo com subgêneros musicais e todas essas sub-sub-subdivisões muito predominantesno mundo rock/metal. Sempre nos pedem para descrevermos nosso som e as pessoas dizem: “Como vocês soam?”. E apenas retruco: “Por que você não vai escutar a banda e aí me contacomo VOCÊ acha que a banda soa?”. Não tenho idéia de como soamos. Gostaria de pensar que, um dia, soaremos como nós. É meio que meu objetivo, na verdade. Sabe, se você escuta o Iron Maiden, por exemplo, assim que a faixa começa, você sabe que está ouvindo Iron Maiden porque eles desenvolveram seu próprio som por muitos anos e é isso que acho que seja importante. E não que seja rock ou heavy metal sinfônico-progressivo blá-blá-blá. Não me importo. Somos uma banda, tocamos música.Se você gosta, você gosta.Se você não gosta, você não gosta. Então, sim, concordo com você enão é algo em que eu esteja particularmente interessado.

 

VM:Para quando é esperado It’s A Long Way Back (From This Road)?E quais suas expectativas relacionadas ao novo álbum?

JD: Então… esta é a pergunta de um milhão de dólares! Achávamos que o álbum iriasair mais cedo neste ano e então tivemos a idéia de que ele fosse sair em setembro. Agora estamos em setembro [risos] e o que, de fato, acaba acontecendo?Parcialmente,como reação ao Coronae, em parte, comoresposta ao modo como o streaming está indo no momento, especialmente o que vemos no Spotify e na Apple Music e, sabe, nas outras plataformas:as pessoas estão mudando o jeito que consomem música, sabe? Tudo é sobre playlists e singles e a garotada não está mais escutando álbuns inteiros. Eles estão pegando uma música que gostam e a colocando numa playlist enorme, com cem outras faixas de cem outros artistas. Então, devido ao fato de não termos certeza de quando as coisas com o Corona vão se acalmar e quando excursionar vai ser aceitável de novo(porquefrancamente não acho que vamos sair em turnê até metade de 2021, no melhor cenário), decidimos, por ora, não apressar o álbum, mas, na verdade, continuar a lançar singles. O engraçado é que “It’s A Long Way Back (From This Road)” sai amanhã, 18/09. Entretanto, não é o álbum, mas apenas o single, que também será a faixa-título do álbum [risos]. Minhas expectativas para o álbum, finalmente, ou para a coleção de músicas, ou o que quer que isso acabe sendo, acho que é realmente um passo adiante para nós, como compositores. Acho que a produção é muito legal, muito peculiar e exploramos tópicos bem interessantes neste álbum. Então minhas expectativas são que,com sorte, ele nos arrume algumas turnês pelo mundo, os fãs gostem, encontremos e conheçamosmuitas pessoas novas e façamos mais amigos. Estas são minhas maiores expectativase não estou pensando em nada além disso no momento.

 

VM: Do futuro álbum, “Break” e “Push Through The Water” foram os dois primeiros singles, lançados em 10/04 e 26/06. Há planos para um terceiro? [nota: lembrando que não foi uma entrevista presencial e que tudo foi enviado a Jack por email de uma só vez, por isso a pergunta repetitiva].

JD: Sim, “Break” saiu… você está me dizendo, em 10/04 – ok, vou acreditar em você [risos] – e “Push Through The Water” em 26/06, ótima pesquisa [risos]. E, sim, como disse, “It’s A Long Way Back (From This Road)” sai amanhã, 18/09, pois estou aqui sentado em 17/09 fazendo esta entrevista e não sei se isso será veiculado a tempo, provavelmente não. Então, se alguém estiver ouvindo, lá para quando escutarem isso, ou lerem, o single já terá saído e, com fé, você poderá ir direto ao Spotify ou onde quiser. Ela estará no YouTube e você também pode comprar seu download digital em nossosite, que é www.cypher16.net [nota: sim, comprar mesmo, ao preço de uma libra por single].

 

VM: Com relação aos singles, qual o retorno recebido até agora, tanto pelos fãs quanto pela mídia especializada (seja pessoalmente ou via redes sociais)?

JD: Até agora, todo o retorno sobre o novo material tem sido realmente bom. Acho que, número um: a banda, na verdade, está realmente feliz com tudo isso. O processo de criação foi um pouco intrincado e o fizemos por fases. Gravamos na Suécia, por partes, algumas semanas aqui e outras lá. Então o mixamos na Dinamarca, algumas semanas aqui e outras lá.Fizemos a masterização no Abbey Road e tudo isso aconteceu num belo período de tempo:levou cerca de dezoito meses para fazer tudo. Então meio que perdemos um pouco a perspectiva sobre como tudo soava e eu estava um pouco preocupado que quando recebêssemos tudo de volta,pudesse ser uma porcaria. Poderia ter sido uma enorme perda de tempo, mas, com sorte, as músicas estão soando muito bem.Banda e fãs estãobem felizes, então, até agora, todos parecem estar curtindo o que lançamos e tem mais um monte de coisas por vir. Então as coisas estão indo muito bem para nós e estamos felizes.Já com relação à imprensa especializada em metal, pois acabei de ler a parte seguinte de sua pergunta, as pessoas parecem estar curtindo. Não me preocupo mais em excessosobre o que a imprensa especializada em metal pensa sobre qualquer coisa que façamos. Estou mais interessado nos fãs porque eles são as pessoas que vão comprar uma camiseta, chegar para trocar uma idéia ou tomar uma cerveja conosco, ir a um show e interagir. Então, sim, se a imprensa gostar, gostou. Se não gostar, não gostou. Os fãs são mais importantes.

 

VM: Ainda de certa forma relacionada aos singles, tanto o perfil da banda no Facebook quanto o site oficial contêm posts explicando o que está por trás de “Break” e “Push Through The Water”. Isso é algo que sempre me fascinou: descobrir no que um compositor estava pensando quando uma canção ganha vida! Algumas outras bandas, como o Nevermore, por exemplo, sempre preferiram não dar indícios sobre a parte lírica, de modo que os fãs pudessem formar suas próprias interpretações. Como você vê tudo isso?

JD: Você faz algumas perguntas realmente interessantes! Às vezes dou entrevistas em que é apenas mais do mesmo e bem chato. E dá para sacar que o jornalista realmente não fez nenhuma lição de casa. Você fez uma pesquisa realmente interessante aqui… [nota: ganhando tempo para elaborar após elogios muito bem recebidos] e só estou “entrando” nesta pergunta porque ela será um pouco mais longa… sim, essa é uma pergunta muito interessante! Eu realmente nunca havia examinadonossas próprias letras tão profundamente em público antes. E, de todo modo, estamos, de fato, trabalhando com uma novaequipe de relações públicas que gosta bastante que examinemos cuidadosamente nossas letras publicamente. Então isso está se tornando mais uma coisa que, para estes novos lançamentos, estamos dando a eles uma pequena introdução: sobre o que é a música? Sabe, de modo solto?Porque gosto muito que as pessoas interpretem música e letra à sua própria maneira. É parte do meu trabalho, acho, tentar ofereceràs pessoas uma plataforma para interpretação, baseada no que elas precisam ou querem. Mas, é claro, sim, é interessante e também significa que devo pensar na música, na letra e no que eu estava pensando quando estava compondo, o que é muito interessante para mim porque evitei fazer isso minha vida toda [risos]. Então é um processo muito interessante e também aconteceu com o terceiro single, há uma pequena introdução lá. E se você for à seção de membros do nosso site, você pode fazer um cadastro e receber informações sobre as músicas lá [nota: já que Jack tocou no assunto, o post para “It’s A Long Way Back (From This Road)”está no Facebook desde 19/09 e traduziremos os resumos dos três singles no final desta entrevista. Já o login requer apenas email e senha e as informações sobre as músicas estão, de fato, na parte para membros].

 

VM: O que te serve de inspiração ao compor uma música? Digo, considerando as partes musical e lírica. E o que vem primeiro: as melodias ou as palavras?

JD: Então, o que me inspira quando estou compondo… na verdade, tento não me sentar e escrever uma música. Tento deixar riffs e idéias líricasnaturalmente virem até mim e é como me sinto melhor. Senão você acaba forçando algo. Se você disser: “Certo, temos que nos sentar e escrever uma música agora”, você terá de bolar alguma coisa porque você tem que criar algo, não importando se sairá algo bom. E isso é meio que deixado de lado porque a pressão está sobre você para escrever uma música. É muito mais interessante para mim, sabe… escrevi “Lonely Road” [nota: quinta faixa de The Metaphorical Apocalypse (2011), segundo EP do Cypher16], por exemplo, quando estava limpando a cozinha de um pub e tinha uns 16, 17 anos e “Lonely Road” meio que surgiu na minha cabeça, sua idéia principal do refrão. E eu não tinha uma guitarra, então meio que tive que adivinhar como eu achava que era o riff e escrevê-lo num guardanapo. Então o levei para casa no final do dia, trabalhei para encontrar uma solução na guitarra e foi meio assim que ela começou. Então gosto de escrever a parte instrumental primeiro, geralmente, e então, uma vez que meio que tenho uma música completa, “a levo para um longopasseio” e começo a tentar juntar algumas palavras. Porque acho que a letra precisa se encaixar na parte instrumental e na vibração da música. Então é assim que funciona para mim na maioriadas vezes, embora tenhamos criado várias letras no estúdio desta vez, na verdade. Jacob, o produtor, e eu nos sentamos e trabalhamos bastante para fazer letras tão boas quanto pudéssemos.

 

VM: Por favor, acompanhe esta linha de raciocínio: “Break” começa a tocar na 89FM aqui em São Paulo; o Brasil se torna o mercado número um para o single de acordo com estatísticas de plataformas de streaming; você dá uma entrevista online para o site brasileiro Wikimetal em 09/05, participando do “The Wikimetal Happy Hour”, uma live de cinquenta e cinco minutos apresentada por Nando Machado; agora temos a chance de entrevistar você. Então o que felizmente tem acontecido entre o Cypher16 e o Brasil? Podemos sonhar em tê-los tocando por aqui, tão logo a vida no mundo volte ao normal?

JD: [rindo] Esta é mais uma pergunta realmente interessante! O Brasil é meio que… bem, para começar, o Brasil sempre foi um lugar para onde euquis ir. Já excursionamos pela China, Índia, Escandinávia, América do Norte, Canadá, Europa, mas nunca fomos à América do Sul. Ela sempre escapou de nós, fugiu, sabe? Então neste ano, tivemos a chance de começar a trabalhar como Nando, que, na verdade, agora se tornou um grande amigo meu – como eu gostaria de pensar – e ele provavelmente acha que sou um idiota depois daquele papo porque eu estava bebendo muito uísque enquanto estava no “The Wikimetal Happy Hour”. Mas foi bem engraçado, uma grande entrevista e vocês deveriam dar uma conferida [nota: divulgaríamos o link de todo modo, mas após a dica de Jack, este passou a ser o melhor momento: https://www.instagram.com/p/CAGQePggd-g]. Começamos a trabalhar um pouco juntos e então, sim, a 89FM começou a tocar nossa música, o que foi bem legal.Não a conheço, é claro, mas ouvi dizer que é uma estação muito grande. Aí a Wikimetal começou a fazer algumas outras coisas conosco, agora vocês estão nos entrevistando e estou fazendo outras entrevistas com outros veículos brasileiros legais: sites, webzines, revistas, esse tipo de coisa. Então realmente espero que possamos fazer disso algo físico eque possamos ir ao Brasil. Sabe, estávamos quase esperando que, se este ano tivesse ido bem, poderíamos ir neste ano, mas obviamente não vai acontecer. Então, se a situação com o Coronavírus melhorar no ano que vem, estamos realmente na esperança de que a gente possa sair e ver vocês em 2021 porque adoraríamos ir ao Brasil e eu adoraria apenas ver o Rock In Rio, imagine tocar nele, nunca se sabe. Então, sim, definitivamente temos o Brasil do nosso radar no momento e, até agora, aparentemente a reação é muito boa. Como você disse, há muito tráfego de streaming para nós no Spotify, esse tipo de coisa está vindo do Brasil, realmente esperamos que assim continue ao longo deste ano e do próximo e aí poderemos sair e fazer a relação ficar física, se isso não for tão estranho [risos].

 

VM: A propósito, eu vi e escutei a conversa no “The Wikimetal Happy Hour” com o Nando e caí na gargalhada quando você contou para ele em que circunstâncias você acabou conhecendo seu herói, Bruce Dickinson. Não quero ser acusado de roubar material da Wikimetal e do Nando ao traduzir esta parte da conversa, então você poderia recontar como isso aconteceu?

JD: [rindo] Ah, a estória com Bruce Dickinson… ok, essa é engraçada… meio que conheço o filho dele, Austin. Saímos uma noite com alguns amigos dele e fomos a um pub em West London, que é onde ele mora. E Bruce entrou no pub para tomar um pint, pois é isso que ele faz numa sexta à noite. Só que o Iron Maiden é a banda que me levou ao metal quando eu tinha dez anos e Brave New World mudou o meu mundo. Engraçado isso, mas o álbum mudou totalmente a minha vida, imediatamente, no momento que o ouvi e tinha dez anos. Então, sim, completamente por acidente, enquanto estávamos saindo do pub, e eu estava saindo com Austin, Bruce gritou: “Alguém aí quer tomar um pint?”. E, sem me dar conta de que era o Bruce falando, eu imediatamente disse: “Sim!”, porque, se alguém me oferece um pint, vou aceitar [risos]. Então acabei tomando um pint com ele e alguns de seus amigos. E aí, mais tarde, saímos do pub e eu já tinha tomado sete pints a esta altura.Estava bem bêbado e ele provavelmente se deu conta de que precisava cuidar de mim, mas estava com sua bicicleta do lado de fora, presa a um poste de luz. Então ele a desacorrentou e disse: “Ok, apenas temos que ir a uma loja, preciso comprar uns pães, ovos e leite” elá estou, numa pequena mercearia comprando pães, ovos e leite com Bruce Dickinson, o que é bem surreal, sabe? Aí fomos à sua casa [risos].Fui à sua cozinha, conversamos e, na verdade, estudei na mesma escola que ele, o que é uma loucura.Ele foi expulso porque ele é fodão, sabe?Estou soando bem americano [risos][nota: Jack passa a rir por ter usado o termo “bad-ass”]. Sim, ele foi expulso, eu não e fiz até o final. Conversamos sobre isso e tentei manter a conversa totalmente afastada de algo sobre o Iron Maiden porque tenho certeza que ele não quer ficar falando sobre esse tipo de coisa. Enfim, de todo modo, passei algumas horas bem divertidas com ele, que foi um cara super agradável. Ele finalmente me reuniu com Austin, que me levou para casa, uma atitude legal da parte dele. E, sim, é uma daquelas estórias loucas, mas muito engraçada de contar novamente [nota: teríamos pedido autorização à Wikimetal para traduzir a estória de todo modo e, mesmo com Jack contando-a de novo, vale a pena abrir o link citado na resposta anterior a partir de 33’01”, quando o músico é indagado sobre a Donzela de Ferro – a estória em si se inicia em 33’26”].

 

VM: O Brasil parece estar descobrindo e aprendendo mais e mais sobre o Cypher16. Mas o que vocês sabem sobre o Brasil, incluindo bandas como o Sepultura e provavelmente alguns jogadores de futebol que estão na Premier League?

JD: Bem, o que sei sobre o Brasil? Sei que os Rolling Stones tocaram em Copacabana e que eles tinham uma passarela do hotel atéa praia, algo bem bacana e há um vídeo bem legal se vocês puderem assisti-lo [nota: há uma série documental de onze vídeos curtos e interessantesno YouTube chamada “The Rolling Stones – Live On Copacabana Beach – Documentary” totalizando pouco mais de vinte e seis minutos e o sextodelesrapidamente mostra a passarela a partir de 54”]. Acho até que muitos de vocês foram a esse show. Eu simplesmente adoraria ir ao Brasil, ter experiênciasno país. Sim, é claro, bandas como Angra e Sepultura. Sabe, há metal realmente legal no Brasil e vocês são meio queo país metal mais maluco no mundo, como acredito. E quanto aos jogadores, obviamente sou torcedor do Chelsea, então temos alguns aqui. E, sim, é maravilhoso que o Brasil esteja descobrindo o Cypher16.Então, como disse antes, estou realmente na esperança de que possamos ir até aí e oficializar tudo isso, seja lá como for, assim que essa situação sem sentido com o Coronavírus estiver terminada. Ah, meu time de futebol é o Chelsea e chamamos de “football”, não de “soccer” – isso é americano [nota: Jack tira sarro deste escriba, que se referiu ao esporte como na terra do Tio Sam]. Eu costumava morar mais ou menos perto do estádio [nota: Stamford Bridge], que fica em Fulham, e meu pai dizia: “Você apóia o time com estádio mais perto de onde você mora”, então acabei torcendo para o Chelsea. E é isso!

 

VM: Aqui em São Paulo,não étão difícil encontrar algumas revistas de metal e rock como Metal Hammer, Classic Rock, Planet Rock, Prog, Q e Mojo nas bancas de jornais. É claro que elas são um pouco caras porque são importadas, mas quando você as abre para checar quem está tocando na Inglaterra, é impressionante ver tantas bandas internacionais agendadas para tocar, especialmente em Londres. Deve ser realmente difícil para uma banda começar sua carreira por aí, em termos da competição com estes grandes nomes, tanto para os fãs quanto para as casas de shows. Como você vê tudo isso?

JD: Esta é outra excelente pergunta! Espero que você tenha lido sobre nós na Metal Hammer [risos]. Saímosnuma matéria de uma página… ou era uma matéria de três páginas?Uns anos atrás…você tem de procurar pela edição com o Babymetal na capa e estamos ali em algum lugar [nota: a dica não ajudou muito, pois, ao menos de 2015 para cá, a sensação japonesa estampou três capas da revista, mas trata-se do número 281, de abril/16,em três páginas]. Sim, Londres é traiçoeira porque temos – ou pelo menos até o Coronavírus – todas as bandas excursionando pelo mundo passando por aqui, onde todos os artistas do mundo vêm, e tem sido muito difícil começar uma carreira aqui, pois por que você iria nos ver num pub se o Metallica está tocando no final da rua? Ou Madonna, U2, quem você quiser, em Londres, todas as noites. Sabe, na verdade, é engraçado porque nós fizemos muitas turnês internacionais bem cedo em nossa carreira e muitas pessoas se perguntavam porque não tentamos nos tornar grandes no Reino Unido primeiro. E esta é provavelmente uma das razões, pois é incrivelmente difícil construir qualquer tipo de séquito local em Londres porque simplesmente há tanta competição… é a total supersaturação do mercado artístico, o que é ótimo, se você não for um músico, mas é difícil quando você está tentando bancar sua carreira. Então recebemos ofertas para ir à Índia, China, Estados Unidos, lugares onde talvez não devêssemos ter ido cedo em nossa carreira, mas tomamos a decisão de ir fazer isso porque, sabe, simplesmente não acho que muita coisa teria acontecido se tivéssemos ficado em Londres. E agora estamos voltando… na verdade, estamos em Londres, obviamente parados, mas como uma banda razoavelmente maior e mais pessoas sabem da gente. Então, deste modo, meio que funcionou e apenas está levando um pouco mais de tempo [nota: lendo a matéria após a menção de Jack, vimos que, coincidentemente, a publicação inglesa focou no mesmo tema e, em tradução livre nossa, Stephen Hill assim apresentava o Cypher16, à época com Carl Dawkins no baixo, Jerry Sadowski nabateria e apenas The Great Surveyor no catálogo: “Frustrados com o lento funcionamento da indústria musical do Reino Unido, os londrinos do Cypher16 resolveram o problema por si próprios. O que aconteceu a seguir foi um pouco extraordinário”. No texto, o líder da banda analisava: “Comecei a compor nosso primeiro EP, The Man Of The Black Abyss, em 2008 e obviamente não havia apoio ou interesse. Então, subitamente, partes mais remotas do mundo começaram a ouvir nossas demos e a se interessar por nós, da Índia à América. Pensamos: ‘Por que temos que esperar ficarmos grandes no Reino Unido antes de começarmos a nos ramificar e atingir estes lugares?’. Apenas porque somos do Reino Unido não significa que não possamos começar a criar música e ir até as pessoas que, de fato, querem ver o que estamos fazendo desde o princípio”.

 

VM: Agora mais algumas questões relacionadas ao momento atual: como a pandemia afetou vocês diretamente? Digo, o que o Cypher16 estava fazendo exatamente e foi forçado a parar? Turnês?

JD: Então, a pandemia tem sido “interessante” para nós porque, não sei se mencionei antes, mas terminamos de gravar o álbum em 2019. Em dezembro, na verdade, estávamos masterizando-o no Abbey Road. Então o plano era, desde sempre, lançar o álbum este anoe talvez fazer alguma turnê. Agora, obviamente esse aspecto da turnê vai esperar, mas ainda estamos apenas começando com este álbum, lançando músicas, vamos continuar com isso por este ano e também vamos prosseguir pelo ano que vem, antes de lançarmos o álbum inteiro. E aí vamos ver como estará a situação da turnê em 2021 porque, na verdade, muitas pessoas estão dizendo que isso agora pode afetar turnês em 2022. Sabe, o Coronavírus não vai simplesmente desaparecer em 31/12/20. Esta é uma preocupação em andamento agora. Então, sob meu ponto de vista, agora estamos sem pressa para que o álbum saia.Estamos bem felizes apenaslançando singles, sabe? Estamos numa boa e demos muitasorte porque não muitas bandas tinham um álbum inteiro pronto para sair em dezembro/19, antes dessacoisa acontecer.

 

VM: E pessoalmente?Como vocês todos têm passado a quarentena? O que vocês produziram nesse meio-tempo?

JD: Durante a quarentena, estabeleci objetivos para mim todos os dias, sabe? Tentandome manter em forma, tocando piano, tocando guitarra.Comecei a aprender músicas do Meshuggah, comprei uma guitarra de oito cordas, o que foi bem divertido para mim. Aprendi norueguês. Ainda consegui trabalhar, o que foi bem afortunado. Comecei um negócio, um “bar móvel”, que tem ido muito bem durante o Coronavírus, e ele se chama FlightCaseBars.com, se vocês quiserem dar uma olhada [nota: na prática, um trailer guiável que vende bebidas e, conversando com especialistas, este escriba descobriu que eles existem em São Paulo e são bizarramente denominados “food trucks de bebidas”, termo que, a rigor, não tem pé nem cabeça, pois, pense bem: um FOOD truck de BEBIDAS?]. Sabe, coisas como chopp Guiness light eGuiness lager. Levaremos até sua casa em Londres [risos]. Pequenas idéias malucas que tenho de tempos em tempos. Então a quarentena tem sido “boa” para nós, ou para mim, pessoalmente, de todo modo. Nosso baixista teve um bebê, nosso baterista está prestes a ter um segundo filho, então tudo está acontecendo e tem sido um período bem produtivo, na verdade. Então, sim, a quarentena tem sido, na verdade, provavelmente “muito boa” para mim, pessoalmente [nota: antes de maiores polêmicas, o tom de voz de Jack não minimizava a delicada situação mundial e a pergunta o induziu a uma resposta focando em si mesmo].

 

VM: Há um post no perfil do Facebook do Cypher16 em 17/05 no qual você “urge todo mundo a ser produtivo: aprender norueguês; se manter em forma; tocar piano/órgão; tirar músicas do Meshuggah; e evitar fazer pão”, como parte de uma rápida e bem-humorada entrevista concedida ao site Metal Insider, na seção “Metal Insider Home Quarantine”. Parece engraçado, a princípio, mas estes foram, de fato, cinco objetivos auto-impostos por você. O quão disciplinado e bem-sucedido você foi em atingir todos eles? [nota:confira em: https://www.metalinsider.net/columns/metal-insider-home-quarantine/metal-insider-home-quarantine-cypher16s-jack-doolan-urges-everyone-to-be-productive]

JD: Sim! Bem, continuando o que eu estava dizendo antes, fui bem disciplinado. E é uma loucura porque, sabe, você poderia estar fazendo tudo isso todos os dias, mas a vida se mete no caminho de objetivos muito simples eé apenas quando você fica basicamente preso vinte e três horas por dia – porque é permitido que você saia por uma hora todos os dias para se exercitar ou coisas assim (senão estamos dentro de casa) – que subitamente você tem todo o tempo para fazer essas coisas. Mas a realidade é que você poderia estar fazendo estas coisas todos os dias e apenas precisaria ser mais eficiente quanto ao seu gerenciamento de tempo. Mas, sim, foi bem legal e não há como dizer se não vamos ter um segundo lockdown nacional. Não sei, não há como impedir que aconteça. Temos um pequeno aumento repentino nos casos agora a caminho dos meses do outono e inverno, então vamos ver o que acontece com tudo isso [nota: que parecia um mero palpite intuitivo da parte de Jack acabou se verificando, pois, em 31/10, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou a volta do lockdown, da 00:00 de 05/11 a 02/12]. Mas, no geral, foi muito bem-sucedido. Estudei norueguês por 178 dias seguidosaté agora, algo assim, o que foi bem legal. Usei um aplicativo, o Duolingo, que me ajuda muito.

 

VM: E já que estamos falando sobre humor, o quão importante ele é no rock/metal? Especialmente no mundo de hoje, em que todo mundo parece estar tão sério, nervoso e politicamente polarizado. Artistas como Adam Dutkiewicz (Killswitch Engage) e Dave Grohl (Foo Fighters) parecem sempre estar de bom humor, enquanto toda a cena black metal parece se levar um pouco a sério demais.Onde está o Cypher16 neste espectro?

JD: [rindo] Sim! Acho que o metal deveria ser divertido! Nós não nos levamos a sério demais. O problema com as pessoas no metal é quehá todo esse ódio e as pessoas adoram criar subgêneros, aquelacoisa que estávamos falando antes [nota: ao dizer “estávamos falando”, fica claro que Jack encarou a entrevista como um bate-papo mesmo enão com o rigor formale distante]. Lançamos um vídeo de tapping, vamos lançar uma aula para a Guitar World (aquela grande revista com versão online e tudo) ensinando como fazer a seçãode tapping em “The New Horizon”, que é, na verdade, a primeira música que lançamos deste álbum novo. Fui ao YouTube e alguém disse algo como: “Sim, mas Eddie Van Halen fez tapping primeiro”. E pensei: “Hum, sim! Ok! Ótimo! E daí?”. As pessoas se levam tão a sério. E o próximo dizia: “Quem é esse? Quem é Cypher16?”. E eu disse: “Não sei!”. Acho que, de fato, deixei um comentário: “Não tenho idéia de quem seja Cypher16. Quem são eles?”. As pessoas apenas precisam relaxar, se divertir e não levar as coisas tão a sério [nota: o desabafo de Jack é sobre o episódio 96 da série de vídeos Sick Riffs no canal de YouTube da revista norte-americana e pode ser visto em: https://youtu.be/xIAuOyfh8T0 (e, sim, os comentários feitos pelo próprio líder do Cypher16 estão lá mesmo!)]. Então, sim, acho que o Adam, do Killswitch, é super engraçado, como naquele vídeo em que ele vai ao bar durante um show e pede uma bebida [risos]. É sensacional! [nota: https://youtu.be/NQj84u8l1M4, entre tantos momentos divertidíssimos do guitarrista] E o Dave Grohl… sabe, acho que tem a ver com se divertir, é apenas música, no final das contas. O metal se leva a sério demais!

 

VM:Para arrematar, qual é seu Top 5 de álbuns favoritos em todos os tempos e por que eles são tão importantes para você (eles não precisam ser álbuns de metal)? E seriam eles, coincidentemente, suas maiores influências como compositor?

JD: Uau! Essa é uma pergunta traiçoeira! Não sei se consigo responder essa. Deixe-me dar cinco álbuns a você que neste momento estão meio que vagando na minha mente, digamos assim:

JD: The Fragile (Left) – Nine Inch Nails (1999) [nota: oficialmente o álbum se chama The Fragile e trazvinte e três músicas em dois CDs respectivamente chamados “Left” e “Right”; o vinil tem vinte e cinco, sabe-se lá Dio porque]: é um dos quais para onde vou! Quando estou para baixo emocionalmente ou num espaço emocionalmente muito intenso, não consigo colocar esse álbum. Tem que ser no momento certo. Adoro Trent Reznor! Acho que ele é o maior de todos, exceto Bach [nota: o músico clássico, não o ex-Skid Row].

JD: Chaosphere – Meshuggah (1998): apenas por quão à frente de seu tempo ele era. Acho que eles o lançaram em 1998, ou algo assim sem noção, e mesmo se eles o lançassem agora as pessoas explodiriam a cabeça por quão tecnicamente avançado ele é. Meshuggah é simplesmente tão legal. Acho que eles são incríveis!

JD: Leviathan – Mastodon (2004): é engraçado como a Kerrang! meio que estragou as coisas para mim, mas lá para 2004, eu diria.Eu era um garoto em idade escolar, li uma resenha em que eles davam cinco “Ks” [nota: avaliação máxima] e diziam: “Se você fizer UMA coisa hoje, vá comprar este álbum!”. Eu nunca tinha ouvido Mastodon antes, fui e comprei-o porque eles me disseram para fazê-lo. Liguei-o e não entendi absolutamente nada na primeira vez. Lá pela décima audição, era a melhor coisa que já tinha ouvido. Fiquei viciado e aprendi um monte de riffs do Mastodon quando estava aprendendo a tocar guitarra. Então eles definitivamente foram uma influência no meu modo de tocar. Muito legal! [nota: a empolgação de Jack não é à toa, pois Leviathan foi eleito o álbum de 2004 pela revista inglesa, conforme consta neste link da Blabbermouth em 22/12/04: https://www.blabbermouth.net/news/mastodon-s-leviathan-named-kerrang-s-2004-album-of-the-year] E Brann Dailor tem um… bem, na verdade, todos os caras do Mastodon, elestêm um ótimo senso de humor! Assim como seu falecidoempresário, Nick John, que era meu amigo, uma pessoa sensacional esentimos muito sua falta [nota: falecido em 08/09/18 após batalha contra um câncer pancreático].

JD: Physical Graffiti – Led Zeppelin (1975): provavelmente nas listas de muitas pessoas. Simplesmente amo John Bonham, acho que ele é melhor baterista em todos os tempos e o som deles é simplesmente imbatível. E também é tão simples e isso tem a ver com o som e ser pesado e…hum… sabe, parece que não estou me animando muito com o álbum, mas, de novo, estamos falando do som.Você escuta John Bonham tocar a bateria e diz: “É o Bonzo”, sem nem precisa hesitar, simplesmente é ele. Então, adoro Led Zeppelin e acho que este álbum duplo é sensacional.

JD: Mechanize – Fear Factory (2010): algumas pessoas nos compararam a eles, o que não sei se entendo bem, mas, talvez. Na verdade, tocamos com eles na China uns anos atrás, algo bem legal porque sou um grande fã de Fear Factory. Acho que eles são ótimos e é uma pena que estejam tendo tantos problemas legais e a banda pareça estar se dividindo em duas, ou algo assim. Sim, tocamos com eles num festival, eu diria em Xangai em… Deus, três anos atrás? Em 2014, na verdade, acho. E foi muito legal, caras bem agradáveis, uma grande banda [nota: o evento oficialmente se chamava MIDI Festival, rolou entre 01 e 03/10/14 em Xangaimesmo e o Cypher16 tocou no último dia].E simplesmente acho que Mechanize é uma declaração absoluta deintenção! Acho que esse álbum…todo mundo diz que Demanufacture é “o álbum” do Fear Factory, mas pessoalmente não penso assim. Prefiro Mechanize e Genexus, acho que aí eles fizeram coisas melhores, mas entendo que Manufacture tenha mudado o jogo quando saiu.

JD: Então, sim, estes são cinco álbuns e poderia te dar mais cinco, mas, sabe, neste momento você provavelmente está cansado da minha voz [risos] [nota: acredite, Jack, não! Passando da casa de vinte e seis minutos de áudio, dava para ter feito mais perguntas e passado horas transcrevendo tudo num bate-papo agradabilíssimo! Apenas estranhamos ele não ter escolhido o anteriormente citado Brave New World].

 

VM: Finalmente, deixe uma mensagem para seus fãs brasileiros que estão na expectativa de vê-los tocando por aqui assim que possível!

JD: Esta entrevista foi muito legal e realmente curti as perguntas! Uma mensagem para os fãs brasileiros? “Espero que possamos ir aí em 2021 e ver vocês”. Este ano tem sido meio que uma bagunça até agora, mas caminhamos e permanecemos fortes. Obrigado por nos apoiar, nos descobrir e nos ouvir na rádio. E, sim, se vocês gostaram do que ouviram na 89FM, peçam a eles que nos toquem ainda mais. Isso seria ótimo! Obrigado e espero vê-los ano que vem!

 

Encerrada a conversa, vale destacar que, ao apenas lermos a transcriçãodas falas de Jack Doolan, perde-se seu tom de voz, sempre sereno, mesmo quando a resposta parece mais dura. Esperamos que você tenha se divertido ao conferir o que ele tem a dizer e só podemos agradecê-lo pelo carinho e postura extremamente profissional a nós dispensado. Conforme prometido, aqui fica a tradução livre dos resumos temáticos dos três singles já extraídos de It’s A Long Way Back (From This Road), disponíveis em inglês tanto no perfil no Facebook do Cypher16 quanto na área dos membros no site do conjunto:

 

“Break” – primeiro single, lançado em 10/04/20

“Em setembro/19, enquanto excursionávamos pela Escandinávia, decidimos dar um pulo no Top Floor Studios em Gotemburgo, que foi o estúdio principal usado para a gravação do novo álbum. Acontece que um amigo nosso, Vishal Khetia, de uma banda que alguns de vocês talvez conheçam chamada Heart Of A Coward, também estava conosco no passeio e ficamos muito satisfeitos por conseguir fazer este vídeo com ele.

‘Break’ é um foco na luta e na derrocada espiral do vício e faz a pergunta: ‘Como romper com algo que te manteve acorrentado por sua vida inteira?’. A música também olha para outras pessoas com os mesmos problemas, aquelas que podemos ver desaparecer gradativamente diante de nossos próprios olhos”.

 

“Push Through The Water”– segundo single, lançado em 26/06/20

“‘Push Through The Water’é sobre continuamente empurrar de volta o que a vida joga contra você. Se você desistir e começar a afundar, você pode se afogar. Entretanto, se você continuar se movendo e se empurrar de volta contra a onda, você descobrirá que, de fato, é possível se mover e atravessar até o outro lado. Apenas mantenha sua cabeça acima da água e siga em frente!

O tema lírico de ‘Push Through The Water’ também assumiu uma relevância não planejada no clima atual, fornecendo uma mensagem de esperança durante este período de provações.

A música segue numbom ritmo e espero que acabe se tornando um de nossos hinos mais animados. A música é para todos que sofrem e esperamos que ela envie uma mensagem às pessoas, avisando-as que não estão sozinhas e que quaisquer que sejam seus demônios, há uma maneira de se empurrar para o outro lado. Espero que ela ressoeentre as pessoas, especialmente com a situação atual que todos nós estamos passando juntos!”.

 

“It’s A Long Way Back (From This Road)”– terceiro single, lançado em18/09/20

“‘It’s A Long Way Back (From This Road)’é sobre se dar conta que as escolhas que fazemos na vida têm conseqüências reais, freqüentemente profundas e de longo alcance e que podem mudar completamente as vidas dos outros, assim com as nossas. Ela também explora a idéia de que, uma vez que você vai a fundo em algo, é mesmo possível que alguma hora você volte disso. Queremos mesmo expelir inteiramente as coisas negativas e destrutivas em nossas vidas? Alguns de nós somos viciados no caos que isso causa?

Durante o atual clima incerto, a música também assumiu uma relevância inesperada. Onde nos encontraremos quando o Coronavírus finalmente estiver sob controle? Como o mundo terá mudado e haverá algum retorno a como as coisas eram antes?”.

 

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