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KADAVAR :::03/03/18 ::: FABRIQUE CLUB
Postado em 10 de março de 2018 @ 19:47


Texto : Renata Penteado

Fotos: Flavio Santiago

Agradecimentos: Erick Tedesco / Abraxas (Felipe)

O power trio alemão Kadavar apresentou-se pela segunda vez no Brasil, em turnê com cinco shows marcados: Santa Maria (RS) em 27/02, Belo Horizonte (MG) em 01/03; Florianópolis (SC) em 02/03; São Paulo (SP) em 03/03; e Rio de Janeiro (RJ) em 04/03 (como atração principal da terceira edição do Hocus Pocus Festival), apresentando Rough Times, seu quarto lançamento, considerado pela critica como o álbum mais criativo e consistente de sua carreira. A abertura ficou primeiramente por conta do Disaster Cities, de Santa Catarina, e então da banda paulistana Grindhouse Hotel.

Com a casa ainda com pouco público, subiu ao palco o Disaster Cities, composto por Matheus Andrighi (vocal e guitarra), Rafael Panegalli (vocal e baixo), Ian Bueno (bateria) e Vinícius Cripa (sintetizador), dando inicio ao som pesado, promovendo o recém-lançado Lowa e já impondo respeito. Na terceira música, Matheus disse que o grupo havia vindo de Chapecó, que esperava poder arrebentar, e então basicamente a banda tocou seu álbum de estréia quase na íntegra. O show teve alguns problemas técnicos, como, por exemplo, mal se ouvir o teclado e o baixo, e o som da bateria estar muito alto, mas, mesmo assim tudo rolou normalmente e o quarteto agradou.

O Grindhouse (ex-Grindhouse Hotel), formado por Leandro Carbonato (vocal e guitarra), Luiz Natel (vocal e guitarra), Roger Marx (baixo) e Gustavo Cardoso (bateria), deu início ao seu show stoner de quase cinqüenta minutos pouco tempo após a saída do Disaster Cities. Com somente dois EPs lançados (The Rock And Roll Kids Are Coming, de 2011, e Chosen One, de 2013), a banda montou o setlist com canções do próximo álbum, o qual não ficou pronto a tempo e não foi lançado antes do show. Mesmo assim, seus membros estavam extremamente felizes por estarem excursionando com o Kadavar. Com o som mais ajustado, o Grindhouse entrou no Fabrique e foi recebendo mais e mais público, até que não dava mais para ver o fundo do salão. Burn Like Fire abriu a apresentação e mostrou a garra do quateto. O vocal forte e confiante de Leandro conseguiu deixar sua marca e o uso do telão atrás dos músicos é um fator positivo porque o palco fica mais vivo e mais alegre do que simplesmente pendurar um bandeirão. Ao apresentar Liquid Brain, Leandro dedicou-a a seu filho de três anos que, pela primeira vez, estava vendo o pai tocar. Aplausos, gritos e assobios vieram com essa notícia.

Finalizando o evento, o Kadavar trouxe, na bagagem, músicas excelentes e uma vibe que muita gente achava não existir mais. Composto por Christoph “Lupus” Lindermann (vocal e guitarra), Simon “Dragon” Bouteloup (baixo) e Christoph “Tiger” Bartelt (bateria), seu estilo remete a muitas coisas que já ouvimos antes, sendo único, ao mesmo tempo. Classificada como rock clássico ou stoner, sua música tem como base o peso do metal, chegando a lembrar Black Sabbath, como pudemos notar em The Old Man, e às vezes o som clássico do Led Zeppelin. Sua entrada no palco foi impressionante porque eles são enormes em suas características físicas: cabelão, barbão e altura, fazendo toda a diferença, realmente chamando a atenção do público e deixando o palco pequeno para as três feras, com cada um deles fazendo sua performance, tocando e balançando a cabeleira. Mas as caretas de Tiger… essas sim foram um show à parte.

O som do vocal sumiu na primeira música, Skeleton Blues, mas mesmo assim Lupus cantava como se estivesse tudo normal. Forgotten Past foi tocada com atenção e carinho, pois ela integra o primeiro álbum (se bem que todas do setlist soaram absurdamente incríveis). Com relação a Tiger, suas baquetadas eram tão precisas e seu visual era tão nostálgico que parecia que ele tinha vindo diretamente dos anos 70 para fazer a apresentação. Já a presença de palco de Dragon é tão impressionante que não é necessário o uso de backing vocals, como faz a maioria das bandas. E Lupus, o que dizer sobre este maravilhoso músico? Ele canta, toca e ainda agita a enorme cabeleira sempre que possível

Em suma, durante uma apresentação do Kadavar, a música simplesmente fluiu, dando sentido contemporâneo ao termo rock ‘n’roll. Por isso, na verdade, o rock não morreu! Nós é que não estamos sabendo encontrá-lo. Ao final do show, após o encore, Tiger voltou ao palco, trouxe três garrafinhas de cerveja e as deu a quem estava na frente da pista, logo após ter jogado suas surradas baquetas. Showzaço!!

 

Setlists

Disaster Cities

The Rat’s Testimony – Intro

01) Brave New Heart

02) Right Next To You

03) Heartbroken Robot

04) Death Blues

05) Blow

06) Mice And Trash Cans

07) Search And Destroy (The Stooges Cover)

White Lines – Outro

 

Grindhouse Hotel

01) Burn Like Fire

02) T.I.T.I.

03) Centaurus

04) Liquid Brain

05) Cleanliness

06) Desert Of Affliction

07) Television Never Lies

08) Red Pill

09) You Stink, Motherfucker

 

Kadavar

Deadlock Soundtrack (Can) – Intro

01) Skeleton Blues

02) Doomsday Machine

03) Pale Blue Eyes

04) Into The Wormhole

05) Die Baby Die

06) Living In Your Head

07) The Old Man

08) Black Sun

09) Forgotten Past

10) Purple Sage

11) Thousand Miles Away From Home

12) All Our Thoughts

13) Come Back Life

Stayin’ Alive (Bee Gees) – Outro

 

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