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Deep Purple ::: 13/09/24 ::: Espaço Unimed
Postado em 15 de setembro de 2024 @ 17:15


Texto e Fotos: Flavio Santiago

O Deep Purple volta ao Brasil e antes de se apresentarem no Rock in Rio fizeram uma apresentação  no Espaço Unimed em São Paulo, como parte da turnê “=1”, a apresentação  trouxe uma mistura de nostalgia e renovação, marcada pela entrada de  Simon McBride na guitarra, substituindo Steve Morse que saiu da bandapara cuidar “na época de sua esposa com câncer” . A banda, veterana do hard rock, continua a entregar uma performance energética, com Ian Gillan nos vocais ainda mantendo sua presença característica, embora os anos de estrada tenham impactado sua potência vocal em alguns momentos.

Simon McBride, assumindo a guitarra, impressionou ao dar sua própria identidade às faixas clássicas, sem perder o respeito pelo legado de Morse e Ritchie Blackmore. McBride trouxe uma pegada mais moderna e técnica, destacando-se em solos precisos e em sua interação com os outros membros da banda, especialmente Don Airey nos teclados, cuja performance foi um dos pontos altos do show. O diálogo musical entre guitarra e teclados, uma marca registrada do Deep Purple, estava em plena forma.

Ian Gillan, apesar da idade, ainda entrega vocais sólidos, embora algumas músicas tenham sido adaptadas para acomodar seu alcance vocal atual. Ele é carismático no palco, interagindo com a plateia e mantendo uma postura descontraída. Don Airey, no teclado, trouxe uma execução precisa e criativa, especialmente nas icônicas passagens de “Lazy”  Seu solo de teclado foi um dos pontos altos da noite, com uma performance que mesclou virtuosismo e referências a músicas clássicas, incluindo trecho do Hino do Brasil.

O baixista Roger Glover e o baterista Ian Paice, membros fundadores da banda, garantiram uma base rítmica forte e coesa, conduzindo o show com precisão e energia. A química entre eles, fruto de décadas de colaboração, é palpável e essencial para o groove do Deep Purple.

O setlist foi uma combinação bem equilibrada de clássicos atemporais e faixas da fase mais recente da banda, como do álbum Whoosh! (2020). Entre os destaques do show estavam:”Highway Star” (que abriu o show), “Lazy”, Anya que vem sendo tocada com frequência pela banda, além dos hits que atravessam gerações: “Smoke on the Water” (com um coro estrondoso do público), “Hush”  e Space Truckin'”, a grande ausência da noite ficou por conta do hit “Perfect Strangers” talvez devido a grande exigência vocal da musica decidiram exclui-la do setlist,

O show foi uma verdadeira viagem no tempo, trazendo à tona o legado do Deep Purple que no auge das 5 decadas de shows se recusa a parar e mostra que continuam em plena forma e lançando bons álbuns, prova disso é o seu ultimo lançamento “=1”  que  mostra a relevância e a vitalidade atual da banda.

O Deep Purple no Espaço Unimed provou mais uma vez que o rock clássico está longe de morrer. Mesmo após décadas de estrada, a banda mantém uma energia e paixão pela música que cativam e inspiram. A turnê =1 é um testemunho do poder duradouro do Deep Purple, que, apesar do tempo, continua a entregar performances memoráveis.

SETLIST

Mars, the Bringer of War (Gustav Holst song)
Highway Star
A Bit on the Side
Hard Lovin’ Man
Into the Fire
Guitar Solo
Uncommon Man
Lazy Sod
Keyboard Solo
Lazy
When a Blind Man Cries
Portable Door
Play Video
Anya
Keyboard Solo (With snippets from Chega de saudades, Bachianas Brasileiras #2 and Brazilian National Anthem)
Bleeding Obvious
Space Truckin’
Smoke on the Water

Encore:
Green Onions (Booker T. & the MG’s cover)
Hush
Black Night

 
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