O elo África-Brasil está presente no trabalho de André Sampaio de forma bastante contemporânea: a guitarra é o carro-chefe do som.
O guitarrista, cantor e compositor está finalizando seu segundo álbum Alagbe, que será lançado em 03 de novembro. O primeiro single, homônimo, saiu HOJE, dia 20 de outubro.
**Escute no Youtube:
https://youtu.be/UO_l_xhDH-sO groove da música negra universal permeia o trabalho de André Sampaio desde quando integrou a banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Em carreira solo, ele coloca o fuzz de sua guitarra no candomblé, no coco, no afro-funk.
“Alagbe é o guardião dos atabaques no culto do candomblé, é aquele ligado ao toque e à música ritual. Mas também pode ser o cara que está por aí, tocando percussão na festa ou na roda de samba no bar, construindo pontes entre o sagrado e o mundano”, explica André Sampaio.
André Sampaio – voz e guitarra
Mauricio Bongo – bateria
Rico Bass – baixo
Joás Santos – tama (talking drum) e gan
Marcos Maurício – clavinete
Maurício Fleury – órgão farfisa
Lenna Bahule – coro
Kuky Lughon – coro
Produzido por Cris Scabello e André Sampaio
Gravado por Cris Scabello no Estúdio Traquitana (SP)
Mixado por Victor Rice no Estúdio Copam (SP)
Masterizado por Fernando Sanches no Estúdio El Rocha (SP)
Fotografia: Leco de Souza
Arte e Design: Ricardo Magrão
Sobre André Sampaio
Com 18 anos começa a compor canções de reggae roots e com seu irmão e amigos do bairro funda a banda Ponto de Equilíbrio, onde tocou durante 15 anos, tendo gravado quatro discos e um DVD ao vivo. Hoje, o Ponto de Equilíbrio é referência na música independente brasileira e no reggae nacional.
Em paralelo, André participa de coletivos de música africana, pesquisa sobre Nyabnghi, dub e grupos música africana instrumental. O guitarrista encontra na arte ativista de Fela Kuti e nas tradições das cordas da África Ocidental suas grandes inspirações. Fazendo parte da tradição da capoeira angola e do candomblé (religião dos yorubá no Brasil), ele passa a estabelecer pontes entre as tradições e musicalidades brasileiras e africanas através da guitarra elétrica e da música moderna baseada no groove. Como ogan alagbe do respeitado Ilê Omiojuaro (terreiro de Mãe Beata de Iyemanjá) e angoleiro conhecido nas rodas do Rio de Janeiro, sua ligação com a ancestralidade afro-brasileira o levou para conhecer a África. Em 2009 parte em sua primeira viagem ao continente, para um intercâmbio cultural de dois meses em Moçambique. Lá, vivencia os costumes e cultura dos Machopi, os grande tocadores da Timbila (xilophone), tocando e aprendendo com mestres dessa tradição (patrimônio imaterial da humanidade – UNESCO) e com os artistas da nova geração.
O resultado dessa experiência foi seu primeiro EP solo, Bumaye!. Acompanhado pelos músicos que viriam formar Os AfroMandinga, o guitarrista circulou pelo Brasil e Europa com esse show.
Em janeiro de 2012 André Sampaio realiza seu grande sonho: viaja ao Mali e Burkina Faso por dois meses, aprendendo, tocando e gravando com griots, artistas e grandes ídolos na música como: Vieux Farka Toure, Toumani Diabate, Manjul Souletie, Ticken Jah Fakouly, Sekou Diarra, Assaba Drame, Fatim Kouyate, Idrissa Soumaoro, Samba Diabate, entre tantos outros. Essa incrível vivência está impressa em seu primeiro disco solo, Desaguou (2013, independente), que conta com a banda AfroMandinga e produção de Buguinha Dub (Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Racionais MC’s). O disco voou para importantes programas de rádio de worldmusic e afrobeat mundo afora, com músicas sendo relançadas em quatro coletâneas de selos internacionais (Paris DJs, Farout Recordings, Mais Um Discos e BBE Music).
Em 2017, André Sampaio lança seu segundo disco, Alagbe.
