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Brave – The Oracle (Audição) – Full House – 27/02/20
Postado em 29 de março de 2020 @ 17:01


Brave – The Oracle (Audição) – Full House – 27/02/20

Promovendo The Oracle, seu terceiro full length, Brave, faz festa e convoca a imprensa

Por: Vagner Mastropaulo

Digerindo o primeiro caso do coronavírus no país (agora já perdemos até a conta), em meio aos aguaceiros de março (que vieram ainda em fevereiro) e um dia após a apuração que coroou a Viradouro com seu segundo título do Carnaval carioca, o Brave teve a bravura, com o perdão do trocadilho, de convocar a imprensa especializada para a seleta audição de The Oracle, na véspera de sua liberação às plataformas digitais (horas antes, para ser mais preciso). A convite da banda e da Som do Darma, capitaneada por Susi dos Santos e Eliton Tomasi, rumamos à Full House, perto dos Metrôs Anhangabaú e República (dependendo do referencial), super acessível também de ônibus. Com o evento marcado para as 19:00, os primeiros e pontuais jornalistas já tomavam seus postos, orientando-se pelo recinto, com direito a interessante área para pole dancing, enquanto aguardavam a chegada dos músicos e curtiam a discotecagem de Jéssica Mar, dos sites Roadie Metal e Headbanger News.
Como na audição de Wine Of Gods, do Hellish War, a última feita na Central Panelaço e coberta pelo site em julho/19 (perdemos a de The Inner Source, do Ignispace, quatro meses mais tarde devido à incompatibilidade de agenda), o acesso dos jornalistas e convidados a Sidney Milano (vocal), Carlos Bertolazi (guitarra), Ricardo Carbonero (baixo) e Carlos Alexgrave (bateria) foi total. A maior diferença foi que as faixas não foram disponibilizadas já a partir da meia noite e sim tocadas em primeiríssima mão in loco! Uma vez na casa, aproveitamos o ensejo para conversar com os quatro membros, dois a dois, otimizando o tempo como sugerido pela assessoria, e as transcrições encontram-se abaixo, esbanjando simplicidade e camaradagem, num jeito sincero de falar que só quem é da capital nota, com um saboroso sotaque. Curiosamente, os músicos destacaram canções prediletas distintas, além de algo inovador no cenário nacional: cada faixa de The Oracle terá um vídeo clipe! Antes, porém, é necessário destacar a abertura oficial de Eliton Tomasi às 20:40, antes que Jean Praelli, da Anti Posers Records e baterista do Living Metal, e os próprios membros do Brave dessem entusiasmados depoimentos gerais:

Eliton Tomasi: Olá, pessoal! Boa noite a todos! Cadê o pessoal do Brave? Cadê o Jean, da Anti Posers? Então, pessoal, valeu mais uma vez aí a presença de todos! Mais uma oportunidade de a gente se encontrar. Muitos de vocês já nos encontraram, já participaram de outros eventos com a gente lá na Central Panelaço, agora a gente está fazendo pela primeira vez aqui na Full House e eu queria, inclusive, agradecer ao Manoel e ao Tulio, que são os sócios aqui da casa, né? E é isso, a gente está sempre procurando fazer algo diferente, né? Acho que muitos de vocês participam de audições para a imprensa e de coletivas, aquela coisa meio burocrática, meio até chata, né? Tipo o artista distante, a música rolando e vocês fazem perguntas, uma coisa muito fria. A gente quer fazer uma festa mesmo, confraternizar, curtir com vocês e hoje a gente teve também a Jéssica Mar aqui, valeu Jéssica, pelo som aí, e é isso! E agora, com a gente sempre procurando trazer alguma coisa nova, uma novidade, mas uma coisa que sempre é… a gente procura manter a tradição de sempre ter bandas de qualidade com quem a gente busca trabalhar e o Brave é mais uma delas, né?
Eliton Tomasi: [retomando] Meu primeiro contato com o Brave foi na época ainda que eu editava a Valhalla, acho que tenho a primeira demo deles, em fita cassete que vocês me mandaram, não sei nem se vocês se lembram. Mas, enfim, recebi a demo deles em cassete, fiz a resenha, desde então a gente manteve contato, a partir do ano passado tive a felicidade de poder começar a trabalhar com eles e estamos aqui hoje fazendo o lançamento do The Oracle. É o novo disco dos caras, o terceiro, gravado lá no interior, uma banda do interior de São Paulo, de onde também sou, e é mais mesmo uma relação de identidade aí com os caras, de a gente morar no interior. E é bacana também a gente ter aqui o Jean Praelli, da Anti Posers Records, também batera do Living Metal, que está fazendo o lançamento e a distribuição do disco, um cara fundamental aí para este trabalho e vou até passar a bola para ele poder falar um pouco aí com vocês.
Jean Praelli: Então… galera, é legal, legal de verdade, é muito bom estar num evento como esse, em plena semana do Carnaval aí, né? E ver tanta gente do heavy metal reunida, né? Mesmo com o Felipe contaminado com o coronavírus [nota: brincando]. Sério, de verdade, galera, muito legal! Eu sou um cara que está envolvido com a cena há muito tempo, com as bandas, tudo mais, e fico muito feliz, me sinto lisonjeado de ter… de poder trabalhar com o Eliton, que é um cara que está há tantos anos aí na cena e já está na hora de se aposentar também porque está velho pra caramba [nota: arrancando risadas]… Brincadeira, só para descontrair! E é legal, galera, de verdade, é muito legar ver que tem alguém fazendo essas coisas, fazendo coisas diferentes. Não é todo mundo que tem a coragem e a atitude de fazer essas coisas, de patrocinar um evento, de colocar cerveja aí para todo mundo beber e se divertir num evento em plena semana. Isso é muito legal e a gente tem que valorizar, tá?
Jean Praelli: [retomando] E tudo isso é por causa do Brave, uma banda que está lançando, que está na estrada e que está fazendo. Meu, porque hoje é muito fácil o pessoal falar: “Eu faço! Eu faço!”, e na hora de meter as caras e de fazer, pouca gente faz, né? Então é muito bom, é muito bom estar envolvido com isso, né? De qualquer forma… acabei estando aqui, né? Estava previsto para ser isso… estava escrito para ser isso e é muito legal porque eu gosto de fazer parte disso, de estar com pessoas que fazem acontecer, que têm atitude, que não param, que não desistem, que fazem. E tudo isso depende da gente, depende de a gente fazer, de a gente estar em cima, de a gente estar… quem tem os veículos de mídia, divulgando na internet e não é só postando porcaria, reclamando de tudo, reclamando do governo, reclamando da puta que o pariu e não fazer porra nenhuma! Então cada um que está aqui fez e vai fazer. Então espalhem isso, espalhem a mensagem, espalhem a vontade de fazer porque, para ter mais desses, para ter mais bandas estando aqui, para ter mais lançamentos, depende da gente.
Jean Praelli: [retomando] Cada um que está aqui vai espalhar, vai fazer mais e é isso. Não adianta a gente só reclamar, só pedir para ter mais, para ter eventos… eu acho que todo mundo que está aqui está gostando do evento, está legal, está bebendo, se divertindo, está ouvindo um som bom. Não adianta só você entrar na internet e reclamar: “Porra, é semana do Carnaval. Que merda! Samba! Puta que pariu”, e quando tem um evento legal, quando tem heavy metal, você não faz nada, né? Então está na mão de todo mundo que está aqui. Palmas para todo mundo que está envolvido, todo mundo que está fazendo, que está lançando, que está investindo, entendeu? O Eliton, ele sabe, eu já falei para ele, a hora que ele precisar de mim, que ele me chamar, estou disposto e a gente vai fazer, vai fazer muito mais e eu quero ver as caras de vocês em cada evento que a gente fizer. Valeu? Obrigado, gente! Valeu de coração e palmas para o Brave, a festa é deles.
Sidney Milano: Bom, como vocês podem ver, eu não estou muito bem preparado para falar. É uma situação nova para mim, pessoalmente, não sei se para meus colegas também da banda e tal, mas antes de tudo queria só agradecer novamente a todos vocês pela presença aqui hoje, todos vocês que estão aí representando diversos meios de comunicação, né? Sejam na web, meios físicos no geral, como um todo. Agradecer ao pessoal da Som do Darma, agradecer ao Eliton e à Susi, agradecer aos meus parceiros da banda também, esses caras aí que estão na correria há um certo tempo. E é um dia muito interessante, muito especial, diferente, por assim dizer, que é algo novo para mim. Não imaginava que um dia eu estaria assim, com os caras levando algo a sério como a gente está levando. No passado era uma coisa muito… não tão séria e hoje em dia está sendo super legal a respeito disso, está sendo sério de verdade. E o que eu poderia dizer?
Sidney Milano: [retomando] O álbum está aí, né? É o terceiro, histórico para o Brave. Nós aqui participando desse… do segundo e do terceiro álbuns, o atual aí que a gente pôs em evidência para vocês verem, apreciarem, curtirem e fazerem suas críticas, totalmente natural e vai ser bem legal isso. Então acho que é isso, só tenho a agradecer pela presença de todos mesmo, vamos curtir e é, como posso dizer? O heavy metal é foda pra caralho, tem tantas coisas envolvidas nessa cultura que a gente vivencia, mas é isso. Não tenho muito o que falar a respeito, estou contente pra caramba, curtindo a presença de todos aqui, ainda vou conhecer um pouco mais de cada um aqui, não só dos meios de comunicação, mas de vocês como pessoas principalmente, essa coisa toda e tal de relação, de troca, que acho importantíssimo: saber, conhecer frente a frente é um negócio muito legal. Bem, acho que vou passar aí para o pessoal, se quiserem falar alguma coisa, e eu finalizo aí agradecendo mais uma vez pela presença de todos aí. Obrigado mesmo!
Carlos Bertolazi: Beleza? Acho que meu companheiro já disse tudo! Eu também não tenho muita coisa a dizer, não sou muito acostumado a falar em público, mas agradeço a todo mundo pela presença também. Nunca esperava esse público do heavy metal, aqui de São Paulo ainda, para prestigiar a gente, mas obrigado a todos, valeu! Isso vale muito para nós. Muito obrigado aí!
Ricardo Carbonero: Eu gostaria de agradecer pela presença de todos e deixar para o conhecimento de vocês que, pela primeira vez, a gente vai fazer com esse CD uma coisa inédita, que é a gravação de um clipe para cada música, né? Eu acho que dessa forma é uma… é bem bacana para vocês conhecerem a banda, para as pessoas que não conhecem a banda ainda, embora a banda exista desde 1998, né? Como a gente acabou de conversar ali numa entrevista, né? [nota: menção à conversa que tivemos com os membros do Brave] E é assim, desta forma, é uma maneira de vocês conhecerem a gente, de acordo com a proposta que nós estamos tendo hoje para a banda, que é uma proposta mais próxima do profissional, e a gente está trabalhando sério para levar para vocês, para os fãs da banda e para todo mundo assim que está envolvido com esse estilo musical, um público fiel mesmo. Então, mais uma vez, muito obrigado pela presença de todos e é isso aí!
Carlos Alexgrave: Bom, eu também… eles já falaram tudo, né? Não deixaram nada para mim. Eu também gostaria de agradecer a todos, né? Então, para quem não conhece o Brave, vai lá, tem no Facebook, tem no YouTube, confira lá os nossos vídeo clipes anteriores, tem um atual deste novo disco, que já está lá faz uns dois meses, disponível para vocês. E então eu queria agradecer muito à Som do Darma, ao Eliton, à Susi, muito obrigado pela força. Gostaria de agradecer ao Jean também, pedir desculpas a ele também pelas tretas de nosso antigo vocalista, que aconteceram no passado, mas isso aí foi enterrado já. Mas o Jean sempre foi um cara aí… a gente sempre percebeu que estava na ativa e é um cara sério, né? E gostaria de agradecer muito ao Jean, ao Eliton, à Susi e a todos vocês que vieram aqui, em plena quinta-feira, prestigiar este evento, beber uma cerveja e ouvir nosso disco aí, que foi feito com muito carinho e é sincero. Esse álbum é sincero, não tem essa de mimimi, é heavy metal tradicional, como a gente sempre gostou de heavy metal tradicional, e estamos aí, né? O Brave é de 1998, formado na cidade de Itu e, para quem não conhece, vai lá dar uma conferida no trabalho da gente, que está há mais de vinte anos tentando um pedacinho do sol no meio do heavy metal, né? Então muito obrigado a todos, valeu!
Sidney Milano: Então, pessoal, agora com vocês o nosso álbum: The Oracle! Obrigado!

A partir daí, efetivamente se deu a audição. Mas e as entrevistas? Primeiro conversamos com Carlos Bertolazi e Ricardo Carbonero. Por haver dois Carlos na banda, para efeito de distinção, suas respostas serão creditadas a ‘Bertolazi’ agora e ‘Alexgrave’ em seguida.

Onstage: Vou começar com uma questão super básica, na maior sinceridade, pois acho que é assim que tem que ser nessas horas, jogando a real: até a Som do Darma fazer o convite, eu não conhecia a banda e acho que algumas pessoas que acessam o site também não a conhecem. O que vocês podem dizer a respeito do Brave para começarmos?
Carlos Bertolazi: Legal! Beleza! Sou o Carlos Bertolazi, guitarrista. No penúltimo CD [nota: Kill The Bastard (2016)], eu basicamente entrei na metade, né? As músicas já estavam prontas, elas foram passadas para mim, eu tinha acabado de entrar na banda. Daí eu, tipo, reescrevi as guitarras do meu jeito porque o guitarrista tinha acabado de sair, eles estavam com uma treta lá, daí eu reescrevi as guitarras. No The Oracle, como o Alexgrave tinha viajado para o Japão, por uma questão de trabalho… porque a gente sempre… começou a compor junto, daí comecei a compor sozinho. Eu compunha as músicas e passava para eles, eles gostavam, davam as idéias deles, a gente fazia uma idéia geral e colocava tudo junto. As letras também, com as letras foi tudo igual.
Onstage: Hoje em dia, como é que vocês trocam essas idéias? Por gravação de celular? Pelo Pro Tools? Como vocês fazem para registrar alguma coisa?
Bertolazi: Como a gente mora todos perto, no interior, então a gente ensaia de sábado e domingo. A gente chega no domingo, passa as idéias, troca idéias e fica lá trocando uma idéia na parte da manhã, ensaia…
Onstage: E vocês são de qual cidade?
Ricardo: Porto Feliz.
Bertolazi: E Sorocaba.
Ricardo: Hoje a banda basicamente está com três integrantes em Porto Feliz e só eu estou em Sorocaba, que também é próximo a Porto Feliz [nota: segundo o Google, são 37,4 quilômetros separando as cidades]. Então isso facilita bastante a comunicação, os ensaios, muito mais. Então, assim, a gente tem uma facilidade com relação à parte de criação e de mostrar o que está sendo feito porque a gente tem contato bem direto assim, com relação a isso.
Onstage: Eu vi um release e não sei porque fiquei com Capivari na cabeça…
Bertolazi: Em Capivari foi feita a masterização do CD!
Onstage: Opa, voltaremos a isso mais tarde então. Uma pergunta mais sobre ‘rótulos’, que não gosto muito, mas é legal perguntar a vocês também. Li uma matéria na internet dizendo que vocês tocam brutal power metal…
Ricardo: Essa questão do brutal power metal, a banda mesmo, em si, se autodenominou como power metal tradicional, de acordo com a questão dos vocais, que não são melódicos e tal, mais uma questão de metal tradicional. Essa questão do ‘brutal’ foi por uma parte da imprensa mesmo ter classificado a gente dessa forma. Não fomos nós que falamos isso, foi uma questão de a imprensa ter classificado a gente.
Onstage: Porque ouvindo o som de vocês, achei, no melhor dos sentidos, um metal tradicional comum muito bom! Não tinha entendido o porquê do ‘brutal’ ou de onde tinha vindo o termo. Até porque, ouvindo o Kill The Bastard, senti alguma influência de Iced Earth com alguma coisa de Nevermore e não sei se fui pela direção certa…
Bertolazi: Sim, sim! Porque quem criou as músicas do Kill The Bastard foi mais o Carlinhos, que é o baterista, né? Ele que criou a bateria, criou a guitarra, ele fez tudo. Ele passou para mim e eu refiz a parte da guitarra, mas nada tirando a idéia que ele já tinha, né? Então, para ele, ele curte muito essa linha assim, sabe? De Iced Earth, Accept, Manowar… ele curte bastante essas coisas [nota: não à toa, Alexgrave usava uma camiseta com o rosto de Scott Columbus e os anos 1956 e 2011, de seu nascimento e morte, estampados logo abaixo].
Onstage: E sobre os vocais, depois vou conversar com o Sidney, é claro, mas senti uma pegada bastante variada. Tem horas que vêm uns gritos, tipo King Diamond, e em outras horas parece mais Chris Boltendahl…
Bertolazi: Ele é bem variado!
Onstage… é bem abrangente!
Bertolazi: Ele é bem variado! Ele gosta de bastante coisa.
Ricardo: É um vocalista bem versátil e, em banda de metal mesmo, não tenho lembrança de ele ter cantado, mas assim… ele é um vocalista bem versátil e, após a entrada dele no Brave, a gente está conseguindo explorar todos esses elementos que ele consegue atingir.
Bertolazi: Um ponto que eu queria passar para você é que quando eu estava na criação desse novo CD, o Carlinhos estava no Japão. A gente criava as coisas aqui e mandava para ele lá no Japão, ele fazia a parte da bateria lá no Japão e mandava para a gente ouvir. Então a gente foi meio que por internet, por email, fazendo em MP3. Ele ia lá, tinha um estúdio onde ele ia de vez em quando, ensaiava lá, fazia as partes dele lá e a gente ia trocando idéias assim.
Onstage: E as letras? De onde surgem? O que serve de inspiração?
Ricardo: Para as letras, a banda sempre teve um direcionamento assim mais voltado para a mitologia nórdica, coisas vikings, esse tipo de mitologia. Aí, nesse álbum em específico, o novo, The Oracle, o Sidney foi a pessoa que mais trabalhou em torno das letras.
Onstage: Há alguma participação especial em alguma faixa? Algum amigo? Ou são ‘só’ vocês quatro mesmo?
Bertolazi: Não, só nós mesmos.
Onstage: E como a banda começou? Em que ano? A partir de amizade?
Ricardo: Foi assim… a formação da banda foi em 1998, foi por pessoas que hoje não fazem mais parte da banda, né? Desde 1998 então eles lançaram EPs, demos e foram seguindo com a banda. Só que o foco principal dos membros iniciais era mais a questão de shows. Eles não tinham muito trabalho gravado. A questão de os trabalhos começarem a serem gravados foi a partir da minha entrada no baixo e do Carlos Alexgrave na bateria. Nós dois entramos juntos na banda por meados de 2011, mais ou menos, 2012 e aí a gente gravou o The Last Battle, com músicas que já eram na banda, só que não tinham sido gravadas, né? Aí depois que nós entramos na banda, nós começamos a trazer as idéias de fazer gravação, de fazer material físico e tudo, entendeu? Aí, desde então, da época do The Last Battle, de 2013 para cá, a gente começou a ter uma constante com relação à gravação de material físico.
Onstage: Uma checagem: o The Last Battle é de 2012 ou 2013? Eu encontrei os dois anos em duas fontes diferentes na internet.
Ricardo: 2013!
Onstage: Pô, isso quebra minha associação… na primeira pesquisa que fiz, achei como de 2012. E depois vi que o Kill The Bastard é de 2016. Aí pensei: “Mano, os caras só lançam álbuns em anos bissextos? Então o próximo será só em 2024?”.
Bertolazi: [rindo] Não!!! Verdade mesmo, nunca parei para pensar nisso!
Onstage: O álbum ainda não está no Spotify porque vocês quiseram deixar para que as pessoas ouvissem aqui, certo?
Bertolazi: Não, ainda não.
Ricardo: Não, o álbum vai ser posto no Spotify, acredito que a partir de amanhã. O Eliton já colocou nas plataformas digitais, passou para a gente ver se estava tudo ok no áudio, né? Aí a gente deu o ok para ele e acredito que vai subir para as plataformas digitais a partir de amanhã.
Onstage: E, se eu fiz a checagem correta, é o segundo álbum com a mesma formação.
Ricardo: Exatamente! Segundo álbum com a mesma formação.
Onstage: Eu queria que vocês falassem um pouco sobre a produção do álbum: quem a fez e onde ela foi feita?
Bertolazi: A produção, a gente mesmo que fez. Gravei em casa porque mexo com gravação, a gente fez… toda a parte de gravação foi feita… a gente começou a fazer em casa. Então tínhamos as idéias já todas prontas, pegamos todas essas idéias e fomos para o Teochi Estúdio, em Itu.
Ricardo: Essas gravações que ele está falando que a gente fez em casa, foram gravações ‘caseiras’, mas só para a gente ter uma referência, um esqueleto das músicas. Mas as gravações em si mesmo, para o CD, foram feitas todas no Teochi Estúdio, que é um estúdio profissional, né? Pela primeira vez a gente fez as gravações das músicas num estúdio profissional e daí então a gente levou para fazer a master e a mix num estúdio de Capivari, né?
Bertolazi: O Marcio Teochi já trabalhou com o Fernando Quesada, ex-Shaman, já trabalhou com o baterista Ricardo Confessori. Ele é bem conhecido por lá. A gente fez tudo com ele lá.
Onstage: O álbum tem a Intro e sete músicas, certo? A duração total dele é de quanto?
Bertolazi: Intro e sete músicas. Não me recordo da duração.
Ricardo: Na verdade nós pegamos os CDs ontem. Está tudo lacrado e a gente nem chegou a ver essa parte técnica dele, de quanto tempo ele tem de duração.
Onstage: Há alguma faixa que vocês destacam e queriam falar alguma coisa a respeito? Imagino que vocês gostem de todas…
Bertolazi: Particularmente eu gosto mais da Wake The Fury, que foi a letra que eu escrevi, uma estória que eu li em um livro, gostei muito dela e resolvi passar para a letra de uma música.
Onstage: Qual é o livro?
Bertolazi: Ragnarok – O Crepúsculo dos Deuses. Resolvi passar para letra de música, fiz a parte instrumental e a parte vocal, então, para mim, acho que é a que mais se destaca no CD.
Ricardo: Para mim, a música que mais se destaca no CD, que dá uma cara mais da banda como um todo, é Firestorm, pela velocidade e pela força que ela tem, né? E, num todo, a gente gostou de todas as músicas, porque… temos um carinho natural por todas, mesmo porque, para todas as faixas, nós pretendemos fazer clipes e, inclusive, está faltando pouco para a gente concluir essa nossa meta. Estão faltando praticamente duas músicas para a gente concluir fazendo o clipe porque todas as músicas… é uma proposta nossa para o novo álbum, a gente lançar um clipe para cada música, né? Mas a minha música preferida é Firestorm.
Onstage: Mas a idéia é lançar um de cada vez ou todos os clipes de uma vez?
Bertolazi: Não, um de cada vez. Tanto é que a gente já lançou um, que é Fall To The Empire, já está nas mídias, já está em todo lugar. Agora a próxima vai ser Wake The Fury, que nada mais é do que o making of da gravação, a gente no estúdio tocando. E outro que já está em produção é Valhalla, que até este final de semana vai estar pronto [nota: até o fechamento desta matéria, apenas o clipe de Fall To The Empire mesmo estava disponível no canal do Brave no YouTube. Em checagem por Whatsapp sobre o assunto, o próprio baixista vaticinou: “Todos os vídeos estão quase prontos. Por estratégia de divulgação, iremos soltar um por vez”].
Ricardo: É um clipe que nós gravamos numa floresta de eucaliptos, né? Na cidade de Porto Feliz. E temos o projeto de gravar a música The Oracle, faixa-título, e fazer o clipe num heliponto, né? E a última faixa, que é um acústico [nota: We Burn The Heart, segundo o encarte do CD, a única gravada, mixada e masterizada pelo Brave no Brave Studio e não em Itu / Capivari], a gente ainda está definindo. Mas como já te disse, todas as músicas desse álbum vão ter clipe, né?
Onstage: E shows? Próximos shows marcados, o que vocês têm agendado?
Ricardo: A questão nossa de intenção de promover este álbum é… a gente está com a intenção de promover este álbum de uma forma que nunca foi feita no Brave, que é passar a banda para fora do estado de São Paulo. Isso nunca foi feito, né? Shows fora do estado de São Paulo. Temos shows marcados para maio em Macapá e Belém, um vai ser num sábado e o outro no domingo. Estaremos cumprindo o comecinho de nossa meta, que é levar a banda para estados diferentes de São Paulo e também para fora do país, né? Que é uma coisa que nunca foi feita pela banda e até o meio da turnê, mais ou menos, a gente pretende levar a banda para fora do país.
Onstage: Muito obrigado! Se vocês quiserem deixar alguma declaração aos fãs que estão lendo a entrevista no site, fiquem à vontade!
Bertolazi: Nós é que agradecemos pela oportunidade de nos apresentarmos para vocês.
Ricardo: E de mostrar nosso trabalho para você, que disse que nunca tinha ouvido falar da gente, né?
Bertolazi: Para nós já é um grande passo, né? Para você conhecer a nossa banda.
Onstage: Mas é assim que tem que ser, de um por um, no boca a boca.
Ricardo: Mas assim, para a gente seria bacana também, além de você opinar sobre as músicas, se você puder ter um tempinho para conhecer o nosso trabalho com relação aos clipes que estamos produzindo e fazer algum comentário sobre o que você acha. Porque todo comentário para a gente, a gente vê de uma forma positiva e construtiva, uma maneira sempre de a gente melhorar!
Onstage: Podem deixar! Muito obrigado, gente, valeu!

E imediatamente pedimos que nossos recém-entrevistados convocassem Sidney Milano e Carlos Alexgrave para o prosseguimento do papo. Fizemos praticamente as mesmas perguntas, não necessariamente na mesma ordem, com o intuito de darmos a mesma oportunidade de resposta aos quatro músicos, assim oferecendo pontos de vista complementares:

Onstage: Vou começar sendo super sincero e dizendo o mesmo que falei antes para o Carlos Bertolazi e o Ricardo

Carbonero: até a Susi me fazer o convite, eu não conhecia o Brave. Aí fui ouvir o Kill The Bastard e queria que vocês fizessem uma apresentação porque é possível que mais gente que se interesse em ler esta matéria no site talvez não conheça a banda.
Sidney: Então, acho que fica mais bacana se você for fazendo umas perguntas relacionadas e a gente for respondendo.
Onstage: Ok, vamos pelo básico: de que ano é a banda e onde vocês se conheceram?
Alexgrave: A banda é de 1998, formada no interior de São Paulo, na cidade de Itu. Eu e o Carbonero, o baixista, entramos na banda há dez anos. Não tem nenhum fundador original no Brave. A gente entrou com os fundadores originais, mas aí eles tiveram alguns problemas pessoais e saíram da banda, deixando-a para nós dois. Já fazem dez anos que a gente está no Brave, a gente gravou o primeiro disco, The Last Battle, ainda com membros originais e aí o segundo disco, Kill The Bastard, já foi com o Sidney e com o Bertolazi.
Onstage: O segundo álbum consecutivo então sem troca de membros.
Alexgrave: Isso, uma formação que já está junta há cinco anos.
Onstage: Como você entrou no Brave? Eles te convidaram? Você já era amigo?
Sidney: Eu já tinha uma certa amizade, no caso, com o guitarrista, o Carlos Bertolazi, e já tinha amizade com o Carlos Alexgrave também. E na situação dessa transição do primeiro álbum para o segundo, eles já sabiam que eu tinha um cunho relacionado à musica, já era vocal de uma outra banda havia muitos anos, e nessa eles me fizeram um convite. A gente fez um trabalho, tipo um single, que não tinha nada a ver com a música da banda e que foi lançado na web. Foi um cover, um trabalho que o Alexgrave me convidou para fazer [nota: One Shot At Glory, de Painkiller (1990), do Judas Priest, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EaEEsM1Jk9w]. Fazia muito tempo que eu estava meio parado de vocal e nisso a gente se aproximou um pouco mais. Aí depois que fui sacar: os caras estavam fazendo tipo um teste comigo [nota: rindo]. Depois os caras me chamaram para realmente… o teste propriamente dito foi só com a banda. E foi engraçado e legal porque, nessa situação, num período anterior, eu fazia também um auxílio lá na minha cidade, a respeito de um evento chamado Fest Rock, e a gente já convidou o Brave para tocar lá. Eu conheci o Brave lá, achei do caralho a banda e depois desse período os caras me chamaram para ser vocal [nota: gargalhando]. Achei do caralho essa ligação temporal, anteriormente havia acontecido isso. Aí, depois dessa situação, fiz o teste com os caras e estamos aí com essa nova formação.
Onstage: Você esteve no Japão a trabalho, é isso?
Alexgrave: Isso.
Onstage: O que foi fazer lá?
Alexgrave: Então, fui para lá em 2000. Em 2010 eu já conhecia o Brave, né? De nome, assim, porque é da região ali. Fui para o Japão, fiquei cinco anos lá, voltei para cá, aí montei uma outra banda e aí foi depois de cinco anos que recebi o convite do Guilherme He-Man, que é o fundador do Brave, para entrar na banda e tocar bateria porque eles estavam precisando. E nessa outra banda que eu tinha formado, era eu e o baixista, o Ricardo Carbonero. Aí o Guilherme falou: “Na outra banda sua não tem um baixista?”. Eu disse que sim e ele: “O Brave está precisando de baixista também. Traz o cara para cá!”. E foi aí que convidei o Ricardo: “Olha, os caras estão precisando de baixista também”. Aí foi assim que ele entrou no Brave, né? Nós dois entramos no Brave e a gente já tocava junto.
Onstage: Qual o nome dessa outra banda em que vocês tocavam juntos?
Alexgrave: Poetic Grave, é uma banda de death / thrash, também de Porto Feliz.
Onstage: Mas uma curiosidade: o que você fazia exatamente que foi parar no Japão?
Alexgrave: Eu fui para lá e parei com a música, né? No Japão eu trabalhava em fábrica normal, como todo mundo lá, né? Nesse tempo, fiquei lá juntando um dinheirinho para vir para cá e investir na banda.
Onstage: Perguntei porque você não parece ser mestiço e certamente não é japonês!
Alexgrave: Minha esposa é descendente, né? Minha esposa é filha de japoneses. Por isso que fui para lá.
Onstage: Sobre as composições, gostaria que vocês destacassem alguma que vocês gostam mais. É um álbum com a Intro e sete outras faixas. Há alguma que vocês considerem mais como ‘a do coração’, a favorita?
Alexgrave: Eu falo da Valhalla, uma música que eu gosto muito por ela ter vários climas, né? Começa com um clima mais calmo, tranquilo, né? Uma parte de voz muito bonita do Sidney e depois já vai uma parte mais agressiva, depois, na metade está mais agressiva ainda e depois volta. Então eu gosto dela por ela ter essas várias camadas do metal, né?
Sidney: Tirando no geral, porque por todas elas a gente tem nosso reconhecimento aí, gosto de todas elas e tal, mas tenho uma certa afinidade com Fall To The Empire. É uma coisa assim… não por ser extremamente e diretamente política em si, mas uma reivindicação dentro dos conceitos de batalha, não só de época, como também de uma transposição para hoje que eu acho bem interessante e não só me chama atenção pelo que a gente criou na questão da letra, mas também pela melodia em si, algo mais de poder e de força bem interessantes.
Sidney: Como conversei com o Ricardo e o Bertolazi antes, ouvindo o Kill The Bastard, eu entrei numa viagem de o instrumental, às vezes, ter umas linhas de Nevermore nas guitarras e uma coisa meio Iced Earth. Não sei é por aí, se vocês concordam ou discordam.
Alexgrave: Não viajou, tem. Nosso guitarrista gosta muito dessa linha mais técnica, né? Eu e o baixista gostamos mais de um heavy metal tradicional. Então acho que foi a mescla disso, do heavy tradicional com o heavy mais técnico, né? Então disso aí surgiu o Kill The Bastard.
Onstage: Pesquisando, vi o rótulo que deram a vocês: brutal power metal. Quem criou isso?
Alexgrave: Foi a imprensa.
Sidney: Foi, foi a imprensa que inventou.
Onstage: Porque ouvindo ficou a sensação de ser um metal tradicional muito bem feito, sem precisar por um rótulo.
Alexgrave: Foi a imprensa que colocou, né? A demo tape The Warrior And The Witch foi lançada em 1999, um ano depois que a banda foi formada. E ela foi enviada a várias revistas especializadas que perguntaram: “Qual é o estilo de vocês?”. Como se tratava de uma banda que falava de temas medievais, igual ao Grave Digger, de batalhas, dissemos: “A gente é power metal”. Só que o cara da revista achou muito agressivo para o power metal porque o power metal, na cabeça da maioria das pessoas, é Angra, Helloween…
Sidney: Exatamente!
Alexgrave: …e como era muito agressivo, então falaram: “Isso aí é power metal? Não é power metal. É brutal power metal! Porque a gente nunca ouviu um power metal tão brutal assim!” [nota: rindo junto com Sidney].
Onstage: E sobre as letras? O Sidney escreveu a maioria? Ou elas foram divididas?
Sidney: Elas foram divididas, um pouco de cada… cada um de nós dividiu um pouco esse enredo das temáticas. Foi bem… como posso dizer? Bem democrático, de certa forma assim, nesse álbum, entre nós. Tanto na questão das melodias, apesar de que a maior parte delas foi o Carlos Bertolazi que compôs, e, na questão das letras, a gente dividiu bastante.
Onstage: E escutando o Kill The Bastard, fiquei surpreso com sua variedade vocal. Ao ouvi-lo, uma hora era mais agudo e lembrava King Diamond, outra hora era diferente e soava como Chris Boltendahl, por exemplo, e eu não chegava a conclusão alguma. Em quem você se inspirou?
Sidney: Olha, é difícil até dizer. Apesar dos nomes que você acabou de citar, no momento agora, nem me lembro. Mas, de fato, ouço muita coisa. Tanto que, te dizer que tenho uma central de referência… não posso dizer que tenho uma central de referência. Tenho várias coisas como influências, mas eu também não planejo muito, não. Até pela questão de que fui descobrindo aos poucos a minha identidade. Na verdade, acredito que ainda estou em trabalho de identidade, entende? E acho que cada álbum é legal por isso também. A gente tem uma concordância de grupo que é assim: a gente tenta melhorar a cada álbum. E acho que no individual também, não é diferente. Independentemente de cada vertente e influências que cada um de nós tenha, a gente está tentando isso, ter essa miscelânea de culturas diferentes, de buscas, de artes musicais diferentes e, aos poucos, a gente está criando cada vez mais a nossa própria identidade, sabe?
Onstage: Eu queria que vocês falassem um pouco sobre a produção do álbum, onde ele foi feito, quem o produziu, essa parte.
Sidney: No caso, as gravações foram feitas pelo Marcio Teochi, lá da cidade de Itu, onde a gente fez as gravações. Por sinal, foi uma experiência muito legal, um cara super atencioso a detalhes, a coisas que a gente não esperava que ia ter o resultado que a gente viu. E a intenção foi assim, né? Que a gente não estava… antes era uma questão mais home, né? Home studio e tal, então dessa vez a gente tinha mais um degrau a subir e galgar mais um pouquinho a melhoria. A gente pensou: “Não, vamos para o estúdio, né?”. E a gente teve uma indicação, tanto que a gente nem conhecia o Marcio. A gente mora do lado da cidade e não sabia que tinha um estúdio lá, há anos… disseram que tem há anos lá e nunca ninguém tinha ouvido falar! [nota: de novo, de acordo com o Google, são 26,9 quilômetros separando Porto Feliz de Itu] A galera de todas as bandas que ainda talvez existam lá em Porto Feliz, de colegas nossos lá, comentou a respeito, tipo: “Mas vocês conhecem o tal do Marcio?”. E era: “Não!”, ninguém conhecia o cara! E, para a gente, teve um resultado fantástico, sabe? Foi muito bom gravar com ele lá. Agora, já a questão da masterização, não me lembro. Qual é o nome da cidade mesmo?
Alexgrave: Foi no Absolute Master, que é da cidade de Capivari.
Sidney: Isso!
Alexgrave: É um estúdio de masterização já muito veterano, né? Muito ‘velho’ lá e que já mixou e fez masterização de vários cantores famosos da MPB, né? Então já é um estúdio muito recomendado por todos, né?
Onstage: O Ricardo e o Bertolazi me falaram dos clipes. Quem teve a idéia de fazer um clipe por música a ser lançada?
Alexgrave: Então, a idéia veio… eu que dei essa idéia, né? Porque eu estava lá fora, no Japão, vai fazer dois anos que eu voltei, e quando saiu o disco do Bon Jovi, This House Is Not For Sale, percebi que toda música tinha um clipe. Hoje em dia, com o YouTube, né? É um jeito de você chamar atenção para todas as músicas, não somente uma ou outra. Eu ficava vendo lá, lançaram o disco do Bon Jovi, saiu o clipe de uma música, aí saiu outra e outra. Aí vi que todas as músicas…
Sidney: [complementando] Cada single tem um áudio-visual, pô!
Alexgrave: E para vocês que tiverem curiosidade, é só por no YouTube lá: todas as músicas desse disco do Bon Jovi têm um vídeo-clipe. E não é meia-boca, é produção mesmo. E aí quando cheguei aqui, daí falei para o Ricardo, né? E para o Bertolazi que dava para a gente fazer isso aí para a gente chamar um pouco de atenção aqui no Brasil porque, no país, até hoje ninguém teve essa ousadia de fazer um clipe para cada música, né? Daí que a gente começou a bolar isso aí, né?
Onstage: Checando: o ano de lançamento de The Last Battle é 2013, né?
Alexgrave: Ele foi gravado em 2012…
Sidney: Foi gravado em 2012 e saiu em 2013.
Onstage: Porque até fiz uma brincadeira com o Bertolazi e o Ricardo: “Vocês só lançam material em ano bissexto? 2012, 2016 e 2020?”. Espero que o próximo saia antes de 2024!
Sidney: [nota: rindo] É uma gestão, de quatro em quatro anos!
Onstage: Isso, tem Olimpíadas e álbum de vocês, a gente já sabe. Mudando de assunto, as músicas entram amanhã no Spotify?
Alexgrave: Algumas músicas já estão lá.
Onstage: Tem alguma participação especial nas músicas? Um amigo? Ou foram ‘só’ vocês quatro?
Sidney: Não, não. Nesse trabalho, não. Nesse trabalho somos só nós mesmos, mas temos intenções de ter alguma participação. Mas é coisa futura, né? [nota: rindo muito]
Onstage: Guarde o segredo para as próximas entrevistas! Shows, o que vocês têm marcado?
Sidney: Pode falar dos shows porque, da última vez, até vocês estavam comentando mais a respeito.
Alexgrave: A gente tem em Macapá, marcado para maio, e Belém. Vão ser dia 23 em Macapá e 24 em Belém.
Onstage: Para encerrar, se quiserem deixar alguma mensagem para que estiver lendo a matéria no site e não exatamente conheça a banda.
Alexgrave: Então, nós somos o Brave, né? Formado em 1998, estamos lançando nosso terceiro trabalho full. Dêem um pulinho no Spotify lá e no YouTube para conferir nosso novo trabalho que está lá já, né? No YouTube têm os vídeo clipes desse disco novo e no Spotify também, esse disco novo está lá. Então dêem uma conferida lá e dêem um apoio para nós!
Sidney: É isso aí, meu! Essa mesma questão aí. Espero que o pessoal goste deste nosso novo trabalho que a gente está elaborando aí e já está à disposição aí para a galera curtir. Vai ser muito interessante ter um feedback principalmente… um feedback vai ser muito legal para a gente sacar como estão as coisas e como o pessoal está curtindo também. Mas é isso, pessoal: heavy metal na veia e bola para frente!
Onstage: Beleza, gente, obrigado! Obrigado mesmo!

Brave – The Oracle – Tracklist
01) Intro – 1’14”
02) Firestorm – 4’31”
03) The Oracle – 4’28”
04) We Fight For Odin – 4’35”
05) Valhalla – 4’51”
06) Wake The Fury – 3’54”
07) Fall To The Empire – 5’04”
08) We Burn The Heart – 5’12”
Total: 33’49”

Observações:
– a tracklist acima está como na contracapa do álbum, porém, ao ouvir o CD em casa, constatamos que sua prensagem não batia com a ordem do encarte, pois Valhalla é a sétima. Assim, Wake The Fury e Fall To The Empire são respectivamente as faixas cinco e seis.
– no Spotify, a seqüência está como no verso do CD, porém a busca deve ser feito por “Brave Power Metal” como artista, e não apenas pelo nome do conjunto.
– finalizando a matéria, não custa dar o devido crédito à arte da capa, assinada por Manoel Hellsen, da MH Design Art.

Agora é com vocês! Ouvidos atentos a The Oracle!

 
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