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Bush – Lollapalooza – Autódromo De Interlagos – 30/03/25
Postado em 15 de abril de 2025 @ 00:55


Texto: Vagner Mastropaulo

Fotos: Flavio Santiago

Com pouco tempo disponível, Bush foca nos clássicos sem ignorar o presente

 Talvez você tenha lido resenhas do show do Bush em sites co-irmãos e a análise não tenha sido lá tão positiva… Presente in loco,ao deixar as cercanias do palco mais distante dos quatro do Lolla para conferir o Tool, este escriba não teve impressão negativa. Sendo justo, se, por um lado, é verdade que a potência vocal de Gavin Rossdale não é mais a mesma, por outro, ela não está tão comprometida quantoàs de outros frontmen de sua geração como Dexter Holland e Dave Grohl (este ainda um pouco melhor), respectivamente capitaneando o Offspring e o Foo Fighters.

No mais, é normal e natural que vozes se modifiquem ao longo dos anos de carreira e o também “galã” passou longe de fazer feio. Tampouco seu grupo se apresentou escorado exclusivamente no passado, chegando a incluir uma faixa de The ArtOfSurvival (22) e outra de The Kingdom (20) num set diminuto de dez músicas espalhadas em cinqüenta e cinco minutos dos quais evidentemente se pautou nos sucessos – ou você teria feito diferente em tais circunstâncias?

Se há o que criticar, talvez seja terem aberto mão de cinco minutos a que tinham direito e terem feito uso de uma intro de dois minutos e meio, mais sonora e cheia de efeitosdo que musical, embora com contribuição do baterista Nik Hughes… Na boa, não daria para acrescentar uma composição própria no lugar de tudo isso? Enfim, a festa foi efetivamente aberta com Everything Zen e um sutil “Como vocês estão?” com ela ainda em andamento.

O que já começara bem melhorou com seu maior hit, a seminalMachinehead, seguida da primeira interação um tantinho mais elaborada de Gavin: “Obrigado! Como vocês estão? Muito obrigado por virem nos ver! Estamos felizes por estarmos aqui!” – e de More ThanMachines, faixa do citado play de três anos atrás. Sem interrupções, fizeram The Chemicals Between Us e Greedy Fly, sucedida pela belaSwallowed, exatamente como em RazorbladeSuitcase (96), porém com o vocalista a cappella.

A performance solo rendeu aplausos sinceros e reciprocidade emagradecimentos: “Obrigado! Obrigado! Obrigado! Esperamos tanto tempo para estarmos aqui! Estamos tão felizes por estarmos aqui com vocês esta noite! Amamos estar aqui no Brasil! Amamos vocês, São Paulo! São ótimas memórias! Muito obrigado!”.E,superando meia hora, executaram Flowers On A Grave, única do mencionado The Kingdom, até o frontman tornar a se comunicar:

“Obrigado! É louco, com tantas músicas para tocarmos, estamos tão felizes por estarmos aqui e temos apenas uma hora… E então temos um álbum novinho em folha, não vamos tocá-lo ainda, mas são tantas músicas e talvez vamos levá-los a algo onde começamos, músicas que nos trouxeram aqui, a muitas e muitas milhas cruzando oceanos. Lembrem-se: são as ‘pequenas coisas’ que matam”, aludindo a LittleThings.

Nova articulação precedeu Glycerine em versão com voz e guitarra: “Obrigado! Que evento lindo, com tantas bandas diferentes, todos esses estilos diferentes tocando o dia todo… Vamos ver algumas ótimas bandas esta noite! É algo muito bom para se estar. É Dia das Mães nos Estados Unidos e também na Inglaterra, então esta vai para minha mãe! Fiz novos amigos. Vamos ver o que temos”.

E a saideira foi Comedown, com doces palavras ainda antes de encerrarem-na: “Obrigado! Vemos vocês na próxima! Obrigado por todo o amor! Nos vemos em breve! Nos veremos de novo! Até a próxima!”. Como outro, Machinehead (The Impulse Mix), encontrada no EP LoadsOf Remixes (24) concluía a terceira passagem do Bush pela cidade, após estrearem em duas datas no Olympia em novembro/97 e depois com uma espécie de “abertura de luxo”do Stone TemplePilots no Credicard Hall em fevereiro/19, ainda que como co-headiner e alteração na ordem de local para local.

Se, na prática, fizeram cinco de Sixteen Stone (94), duas de RazorbladeSuitase, e uma dos referidos The ArtOfSurvival eThe Kingdom e de The Science OfThings (99), e se também passaram pela Ópera De Arame na noite seguinte e pelo Vivo Rio dois dias depois de São Paulo (em ambos os shows adicionando Quicksand, Identity e Heavy Is The Ocean, e mais Bullet Holes em Curitiba e Blood River no Rio de Janeiro), o fato é: ainda é pouco, muito pouco do grupo britânico por aqui.

 

Setlist

Oficial: 18:50–19:50 / Real: 18:49–19:44 / 55’

Gavin Rossdale (vocal/guitarra), Chris Traynor (guitarra), Corey Britz (baixo) e Nik Hughes (bateria)

Intro

01) Everything Zen

02) Machinehead

03) More ThanMachines

04) The Chemicals Between Us

05) Greedy Fly

06) Swallowed [Gavin A Cappella]

07) Flowers On A Grave

08) Little Things

09) Glycerine [Gavin Em Guitarra E Voz]

10) Comedown

Outro: Machinehead(The Impulse Mix)

 
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