ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022
Website by Joao Duarte - J.Duarte Design - www.jduartedesign.com

Charly Coombes lança RUN, terceiro disco da carreira solo
Postado em 25 de março de 2017 @ 21:55


Após mais de um ano flutuando no espaço com o disco Black Moon, Charly Coombes retorna à Terra para o lançamento do seu mais novo trabalho, Run. Uma mistura de electro rock moderno com influências dos anos 1980, o álbum apresenta uma sonoridade crua através de sintetizadores, guitarras e bateria. Além disso, o disco relata sobre os sentimentos provocados através da experiência de viver em uma metrópole barulhenta e, em certos momentos, até agressiva, como São Paulo. Aponta para o choque com o caos depois da jornada catártica no espaço. É tempo de correr.

 

Embarcando em uma viagem de autoconhecimento, Run evidencia o lado obscuro das pessoas. Porém, nem sempre de uma forma negativa. Afinal, para se ter sombras precisa de luz. E, dessa forma, na escuridão de Run, é possível identificar fortes indícios de esperança. Charly fala sobre saúde, morte, dependência, obsessão e amor. Run, portanto, é estar de frente à realidade, encarar os altos e baixos, os amores e temores e sobreviver.

 

A energia dark, intensa e, estranhamente, esperançosa, que Run transmite é um reflexo dos conflitantes anos 80, principalmente na Inglaterra, onde Charly viveu em um pequeno vilarejo, bastante calmo, próximo a Oxford. Segundo ele, foi um tempo muito louco musicalmente – fim do punk, início do new wave e de um som pop duvidoso. Um período excelente para mudanças. Para ele, 2016, ano em que Run foi desenvolvido, poderia muito bem se encaixar nos anos 1980 de sua infância.

 

E, além de abordar questões individuais no disco, Charly ressalta o momento conservador que o mundo está vivendo em The Locust, quinta faixa do álbum. Já musicalmente, as referências transitam entre The Cure, Ultravox, Talking Heads, The Cars e David Bowie, que tem a voz identificada na música SPX. Charly resgatou uma entrevista do camaleão sobre o período em que ele morou em Berlim. Além disso, a sua veia cinematográfica pode ser percebida em faixas que poderiam ser facilmente trilhas sonoras de filmes e séries, como a oitentista Stranger Things.

 

Faixa a faixa

 

Run abre com SPX, primeiro single do disco, que descreve o fim de Black Moon e a aterrissagem em São Paulo. Charly fala sobre a experiência de viver nesta metrópole louca que flutua entre a sanidade e a insanidade. Vale atenção para a homenagem que o músico faz a David Bowie ao incluir na faixa um trecho de uma entrevista que a lenda inglesa deu sobre a vida em Berlim, momento que marcou o início de uma rehab depois de anos loucos em Los Angeles (EUA). Charly, ao incluir essa citação, faz uma relação entre a chegada em São Paulo com o momento de experimentação que Bowie se permitiu enquanto viveu na cidade alemã.  “It´s a very tight life, surrounded by a wall with machine guns… which is forever coming in on you”, diz Bowie.

 

Já When Your Time Comes fala sobre a necessidade de correr em busca de uma vida saudável. Com o tempo e o amadurecimento, a importância de cuidar da mente e do corpo se faz cada vez mais presente e necessária. Charly aponta que o homem precisa se adaptar sempre para tirar o melhor da vida, senão coisas ruins podem acontecer. Afinal, se escorregar a morte está bem na esquina. É urgente o brinde à saúde.

 

Enquanto isso, Darkroom, aponta para aqueles momentos em que a corrida é em direção à escuridão. Quando os desafios cegam, petrificam. Charly fala sobre o “pequeno espaço escuro” que se forma quando fechamos os olhos, o divisor mais próximo que temos do mundo interior e exterior. Que, por mais que represente um momento de aflição, é, ao mesmo tempo, confortável e seguro. Nesta terceira faixa, inclusive, tem uma frase em português que diz: “Agora é a hora mais escura da minha vida”.

 

Fool, quarta música do álbum, aborda sobre a auto rejeição e falta de confiança, algo que todas as pessoas já passaram em diferentes momentos pela vida. Musicalmente, é bem semelhante a Black Moon, remete a Silence & Purpose.

 

E em meio a tantos sentimentos confusos, que ao mesmo tempo refletem uma fase de amadurecimento, em The Locust Charly fala sobre a face conservadora que o mundo tem apresentado através de acontecimentos como o Brexit na Inglaterra, a eleição de Donald Trump nos EUA e o golpe à democracia que o Brasil viveuem 2016.

Charly critica a visão massificada que as pessoas embarcam ao serem influenciadas pela grande mídia e também a forma egoísta em que enxergam somente o que é interessante para a classe social  que pertencem. Fala ainda sobre como não sabem lidar com opiniões diferentes o que as tornam margeadas a bolhas sociais. The Locust é um ataque às instituições corruptas e às mentes doentes das pessoas. Inclusive, as linhas raivosas da música não pretendem, em nenhum momento, dizer aos brasileiros o que fazer ou como viver, contudo, é um lembrete de que a democracia e a liberdade estão correndo grandes riscos no mundo todo.

 

Já Moving Lines é sobre as diferentes versões que os indivíduos têm de si mesmos. Como cada escolha interfere no caminho e em uma infinidade de acontecimentos futuros. Mais uma vez ressalta a importância de cuidar da saúde e levar uma rotina mais harmoniosa com o corpo.

 

Charly fala de amor em Love is Science. Discorre sobre quando dois indivíduos se conectam e passam a trabalhar como uma só máquina. Um olhar científico sobre o amor, enquanto a oitava música, Roots to Rust, traz à tona a paixão platônica. Porém sem dor, é o dom de quem encontra a paz no amor solitário.

 

Em direção ao final do disco, Like a Sinking Ship, fala sobre ter um lugar para retornar após a jornada, sendo este físico ou emocional. Um porto seguro. Já Goldmine reverencia o amor não romântico. Aborda todas as facetas deste sentimento, sejam boas ou ruins.

 

Participações especiais

 

O disco contou com as participações especiais dos músicos Neli Giorgi (voz), Tato Cunha (sax), Pedro Pelotas (sintetizadores), Raphael Miranda (bateria), e de André Gomes e Rayana Macedo nos vocais, além de Rodrigo Deltoro que foi assistente de Charly na produção de algumas faixas.

 

run while you can when your time comes

 

PARA OUVIR:

 

SPOTIFY: goo.gl/VBgf8r
SITE: www.charlycoombes.com

 

FAIXA A FAIXA:

1 – SPX

2 – WHEN YOUR TIME COMES

3 – DARKROOM

4 – FOOL

5 – THE LOCUST

6 – MOVING LINES

7 – LOVE IS SCIENCE

8 – ROOTS TO RUST

9 – LIKE A SINKING SHIP

10 – GOLDMINE

 

FICHA TÉCNICA:

Gravado no Charly´s Studio.
Vozes principais gravadas nos estúdios da DaFne Music.
Produzido e mixado por Charly Coombes.
Masterizado por Tim Turan (ING).
Selo: Finyl Vinyl (ING)
Assistente de produção: Rodrigo Deltoro somente nas faixas creditadas com “additional production”.

 

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:

 

NELI GIORGI – Vocais

 

Músicas:

WHEN YOUR TIME COMES

DARKROOM

MOVING LINES

LOVE IS SCIENCE

 

TATO CUNHA – Saxophone

 

Músicas:

THE LOCUST

 

PEDRO PELOTAS – Synth

 

Músicas:

DARKROOM

 

RAPHAEL MIRANDA – Bateria

 

Músicas:

LOVE IS SCIENCE

 

ANDRÉ GOMES – Vocais

 

Músicas:

LOVE IS SCIENCE

 

RAYANA MACEDO – Vocais

 

Músicas:

LOVE IS SCIENCE

 

FOLLOW ME:

Facebook
Instagram
Twitter

DISCOGRAFIA:

No Shelter (2013)
Black Moon (2015)
Run (2017)

 

SOBRE CHARLY COOMBES

Charly Coombes, o irmão mais novo do famoso clã inglês Coombes, participou de bandas como 22-20’s, Supergrass e esteve a frente da Charly Coombes and The New Breed antes de seguir em carreira solo.

Após ter feito sucesso até no Japão com a 22-20´s, Charly substituiu o irmão Rob Coombes, tecladista no grupo Supergrass, liderado pelo outro irmão, Gaz. A primeira apresentação que fez sob a responsabilidade de ser sub de Rob, foi no Brasil, no festival Campari Rock, em 2006, na cidade de Atibaia (SP). Neste meio tempo, em 2009, ele criou a banda Charly Coombes and The New Breed, quando se tornou responsável pelas composições, além de tocar teclados e guitarra. O grupo se apresentava como banda de abertura do Supergrass, o que rendia a Charly dois shows por noite. Época regada a boas doses de rock´n´roll que foi decisiva para o músico optar em trabalhar somente com a banda que havia acabado de montar. Mas, em 2012, Charly Coombes and The New Breed terminou e foi o start para que Charly começasse a criar as primeiras notas de Black Moon.

Apaixonado pelo espaço e tudo relacionado ao assunto, o inglês decidiu compor um álbum dedicado a ele, um disco conceitual que servisse de trilha sonora para viagens espaciais. Black Moon é o som do espaço para o músico. Mas, nesta época, o processo de composição começou a se tornar incomodo para o artista. Além de ser um trabalho muito novo para ele, Charly estava tocando com Gaz em seu projeto solo e ainda se encontrava bastante envolvido com o rock para ter a possibilidade de desenvolver, como desejava, esse disco. Decidiu que iria parar por um tempo, limpar a cabeça.

Quando foi ouvir novamente o que tinha composto, percebeu que estava com um álbum acústico nas mãos. Lançou, então, seu primeiro trabalho solo, No Shelter, produzido por Gaz, em 2013. Black Moon foi lançado dois anos depois, em 2015, após Charly se mudar para o Brasil, em 2014. Produziu, gravou todos os instrumentos e vocais sozinho em sua casa em São Paulo e na da família da esposa brasileira, em Presidente Prudente (SP). Atualmente, Charly se divide entre os preparativos para o lançamento do terceiro álbum, Run, e os trabalhos de videomaker que são, em sua maioria, direção de videoclipes.

 
ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022