Batemos um papo com Willem Heijmans  (vocalista e guitarrista) do Antillectual que esta prestes a desembarcar no Brasil aonde farão shows com o Satanic Surfers, nessa entrevista falamos das expectativas da banda em retornar ao Brasil, processo de gravação de seu ultimo álbum “Engage” além do papel do punk na musica

Entrevista por: Flávio Santiago

Confira a íntegra da entrevista abaixo:

Recentemente vocês lançaram o algum “Engage”, e que notei é que as canções embora possuam uma carga de  raiva, não soam tão agressivas, o som esta mais maduro e a produção é magnífica. Consideram que este seja o álbum mais completo que lançaram até agora?

 Sim, definitivamente! Abordamos este novo álbum  de maneira completamente diferente. Nós nunca levamos  tanto tempo preparando e ajustando os detalhes para que pudéssemos entrar em estúdio.

É o primeiro álbum que escrevemos nesta linha acima, e tivemos um ótimo retorno seja de amigos ou profissionais envolvidos neste processo, também fomos a um estúdio diferente para  gravá-lo, Split Second Sound em Amesterdã.

Este nova e diferente abordagem resultou em nossas melhores composições e gravação até o momento . Parece um álbum completamente diferente em comparação com o que fizemos antes, esperamos que outras pessoas possam gostar do que fizemos.

Poderia nos dizer o que os inspirou para compor as letras e as melodias deste álbum?

 Liricamente nós sempre nos inspiramos pelo que acontece ao nosso redor  e no mundo. Podemos nos inspirar assistindo ao noticiário, lendo o jornal, documentários, livros, outras músicas, qualquer coisa mesmo.

Musicalmente, temos bastante algumas influências que você não pode ouvir por ai, vão de artistas pop como Katy Perry e Taylor Swift, a hard rock o como Van Halen e Whitesnake. E claro, bandas como Such Gold, After the Fall, Good Riddance, Restorations, Antemasque  que são fonte de inspiração.

Você acha que punk rock pode vir a ser um refúgio e têm um impacto revolucionário, como fez no passado?

 Primeira pergunta é, teve um impacto revolucionário no passado? Se ele fez, eu acho que foi porque era parte de um movimento maior. Música (punk) nunca pode estabelecer nada por conta própria, sem suporte mais amplo ou um movimento. Pode ser como em qualquer outra forma de arte ou cultura. Mas pode funcionar ao contrário: arte e cultura podem suportar as tendências que estão crescendo em uma sociedade.

Pode dar-lhes uma voz ou uma trilha sonora para ajudar a expressar e difundir uma mensagem nova ou inédita. Punk pode ser um bom veículo para obter idéias do outro lado, mas eu não supervalorizaria sua importância por conta própria.

Neste álbum vocês tem a participação de  Nathan Gray de Boysetsfire e Thomas Barnett do Strike Anywhere fazendo alguns vocais. Como isso surgiu?

 Para todas as nossas gravações,  gostamos de fazer jams com vocalistas ou músicos  convidados. Quando trabalhamos em cima dessas novas composições fizemos uma lista de pessoas que pensamos que seriam ideais para as musicas   no álbum. Thomas e Nathan estavam no topo da lista. Já saímos em turnê com com ambas as bandas no passado, assim a conexão foi estabelecida facilmente.

Tivemos a sorte de ambas as bandas virem tocar em Amsterdã quando estávamos em processo de gravação, isso foi um facilitador, o único problema foi que Nathan teve problemas vocais durante sua estadia em Amesterdã, e ele gravou as partes com o guitarrista do BoySetsFire ( Chad) em seu home studio. Mas estamos incrivelmente felizes com suas contribuições e o resultado final.

Qual sua historia favorita de algo que tenha acontecido quando estão em turnê?

Temos algumas histórias de turnê  bem picantes pelo mundo inteiro, mas temo que seria um pouco longo demais para postar aqui e é provavelmente mais chato de ler do que foi a experiência.

O que mais me surpreende quando estamos em turnê, não é a diferença entre as pessoas em nosso país e do outro lado do mundo. Quando tocamos em nossa terra natal  vemos que as camisetas que o publico usa são das mesmas bandas e as mesmas camisas como pessoas nas cidades do outro lado do mundo.

Mas assim que você fica longe de cidades, e não importa se é na Holanda, em outro lugar na Europa, ou através do Oceano Atlântico, ou em qualquer lugar, as coisas ficam interessantes e você vê uma grande diferença. Não apenas as diferenças entre países, mas também entre a cidade e menos áreas urbanizadas. É a maneira que as pessoas reagem à música, para ver as bandas ao vivo e a atitude perante a vida em geral, mas é interessante ver este fenômeno quando você realmente viaja e experimenta por conta própria.

Quais são as suas expectativas de voltar à América do Sul, especialmente no Brasil, e o que os fãs podem esperar sobre o show?

 Fizemos  uma turnê Brasil antes, então nós sabemos que as pessoas são entusiasmadas por ai, espero que quando eles nos verem  novamente, e em geral, quando se trata de assistir ao vivo nos demonstre esse entusiasmo,  tenho certeza de que é praticamente o mesmo no resto da América Latina, uma vez que não há muitos que excursionam por lá.

Espero que as pessoas apreciem o nosso esforço  de sairmos daqui para tocarmos por ai e que agitem tanto quanto ao show do Satanic Surfers pois apesar de não sermos a atração principal vamos fazer nosso melhor.

Vamos tentar tocar o máximo de musicas pois sabemos que  nosso tempo é limitado, como banda de apoio.

Mas nós nunca tocamos em um show sem falar sobre as músicas e introduzir o contexto que estão escritos nelas . Principalmente vamos  tocar músicas de nosso novo álbum “ENGAGE!”, alem de algumas músicas mais antigas também. Músicas mais rápidas, porque sabemos que é isso que adoram as pessoas da América Latina

Mande uma mensagem para os fãs brasileiros.

Se as pessoas não nos conhecem ainda, ou para aquelas que já nos conhecem : Obrigado por nos apoiar através dos anos e por terem vindo aos shows. Espero ver todos e cada um de vocês em um ou mais dos shows! Siga-no facebook, instagram ou se inscrevam em  nossa newsletter em:  antillectual.com

E obrigado pela entrevista e divulgação da turnê e de nosso

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