ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022
Website by Joao Duarte - J.Duarte Design - www.jduartedesign.com

Entrevista – Diogo Nunes – Trend KillGhosts
Postado em 09 de outubro de 2022 @ 19:39


Por Vagner Mastropaulo

Fotos: Caike Scheffer

“Acreditamos demais em nosso trabalho e investimos muito de nossas vidas”

 

A vida às vezes é engraçada! Precisando apurar informações acerca da apresentação do Trend KillGhosts ocorrida entre a Opus V e o Symphony X no Tokio Marine Hall em 30/07, demos um jeito de contatar, via WhatsApp, Diogo Nunes, que pronta e educadamente nos atendeu. Do que ambos haviam se esquecido é que o vocalista do grupo de Guarulhos inteirado por Rogério Oliveira (guitarra), Fabio Carito (baixo) e Leandro Tristane (bateria)já constava nos contatos desterepórter, adicionado pelo aplicativo quando o quarteto tocara no extinto Tropical Butantã em 14/12/19.

Checagens feitas, tantas perguntas surgiram quese tornou inevitável e praticamente obrigatório propor uma entrevista ao frontman e a pauta percorreu assuntos como: os shows do grupo no segundo semestre de 2022; participações especiais nos álbuns dos caras; influências; clipes gravados; e planos para o futuro. Confira o divertido bate-papo enviadoe respondido por e-mail e novamente afinado pelo WhatsApp entre agosto e setembro:

 

Vagner Mastropaulo:Diogo, antes de tudo, muito obrigado por seu tempo e por ter aceitado conversar com os leitores da Onstage!

Diogo Nunes: Fala, Vagner!Tudo bem, meu amigo? Sou eu que agradeço pelo convite e a oportunidade de bater esse papo contigo. É uma honra!!!

 

VM:Você vai notar que, às vezes, faço perguntas tentando deixar o diálogo mais espontâneo e é óbvio que fiz a lição de casa, mas é sempre bom checar tudo diretamente na fonte! Por exemplo, se não me engano, quando vocês tocaram antes do Viper no saudoso Tropical Butantã, a formação ainda contava com Danilo Perez. Estive por lá e também no Tokio Marine Hall, na abertura para o Symphony X, mas já com Fabio Carito e,com o efeito da pandemia, tudo pode ter ficado um tanto nublado na cabeça dos fãs. Enfim, quando o ex-integrante da banda brasileira de Warrel Daneefetivamente entrou na banda e qual seu diferencial apresentado como novo baixista?

DN: Quanto mais espontâneo melhor, não é verdade?! [risos] Muitas coisas aconteceram durante a pandemia, acredito que para todos nós, no mundo inteiro, e conosco não seria diferente. Infelizmente muitas divergências entre nós e o Danilo começaram a acontecer nesse período, principalmente por direcionamentos musicais e decisões que poderiam definir um futuro para a banda. Então percebemos que a melhor decisão a ser tomada era seguirmos caminhos diferentes para todo mundo poder fazer o que desejava sem empecilhos. Antes da entrada do Fabio na banda, ainda tivemos, por um curto período, nosso amigo MaurílioVizin, que, apesar de não citarmos tanto, foi muito importante naquele momento para nos ajudar a continuar produzindo material e idéiasdurante a pandemia, mas sabíamos também que ele não ficaria na banda quando “o mundo voltasse a girar”.

Então, alguns meses depois, ele nos comunicou que estava saindo da banda para cuidar de seus projetos pessoais fora da música e foi quando começamos a conversar com o Fabio.
Ele e eu somos amigos há pelo menos quinze anos e sempre achei que ele era o nome ideal para o Trend KillGhosts, porém, na época em que montamos a banda, seria impossível tê-lo com a gente devido aos compromissos que ele já tinha com o Warrel e o Furia Inc. Porém, quis o destino que tudo se encaixasse para tocarmos juntos!!! Antes de anunciarmos sua entrada, acredito que conversamos por longas semanas, pois queríamos deixar tudo alinhado. Afinal, não é legal para banda nenhuma trocar de integrante uma vez por ano – isso não passa credibilidade para os fãs. Sabíamos que não poderíamos dar um tiro no escuro e, depois de longas conversas, percebemos que era o que ambos queriam e precisávamos um do outro para alcançarmos nossos objetivos.

 

VM: Nessa turnê recente do Symphony X, vocês não tocaram só em São Paulo, mas também na véspera em Limeira e no dia seguinte em Fortaleza. Qual balanço você faz do giro como um todo?

DN: Estávamos muito empolgados e ansiosos para cairmos na estrada, para ver em qual nível estava a aceitação do público com nosso novo álbum e ficamos muito surpresos, não só em Limeira ou Fortaleza, mas por todas as cidades e países pelos quais passamos, pois recentemente tocamos no Chile e na Colômbia. E a galera tem respondido bem demais, tem cantado nossas músicas, se encantado com nossos shows, que são bem energéticos. Não vemos a hora de cair na estrada novamente e quem não teve a oportunidade de nos ver, não perca a chance, pois estamos dando o melhor de nós e vocês não podem perder!! [risos]

 

VM: Especificamente sobre o show em São Paulo, você poderia nos contar alguma estória de bastidores com os caras do Symphony X e da Opus V? Alguma resenha publicável para menores de dezoito anos ou então alguma lembrança que vocês vão guardar para a vida inteira de vocês…

DN: Cara, é tanta correria que dificilmente acontece algo espalhafatoso. [risos] Mas talvez, de “diferente” mesmo, foi a presença do Alírio Netto nos bastidores e pudemos bater um papo bemlegal após o show. Você consegue imaginar uma roda de bate-papo entre nós, ele, Karina Menasce (vocalista do Allen Key)e o Russel Allen?! Eu até poderia falar sobre o que conversamos, mas depois eu teria que matar você! Brincadeira!!! [risos]

 

VM: Ainda sobre a apresentação em São Paulo, antes de Poisoned Soul, você afirmou que a música era “muito especial e pessoal” para você, mas não detalhouo motivo e fiquei curioso a esse respeito. Em qual sentido?Cuidado com jornalistas, a gente anota e decora quase tudo! [risos]

DN: Você não deixa passar nada, né?! [risos] A Poisoned Soul é uma música baseada na última conversa que tive com minha ex-namorada, com a qual,à época, fiquei bem chateado mesmo.Foi um dos acontecimentos “pesados” que tive durante a pandemia, me sentia muito angustiado e, para me livrar desse sentimento, transformei a conversa em música e acredito que foi uma das melhores decisões que tive! [risos] Normalmente as músicas tristes acabam por se tornar as mais belas e verdadeiras e acredito que com a Poisoned não foi diferente! [risos]

 

 

VM: A faixatrouxe participação especial da citada Karina Menasce, apresentada por você como “uma grande amiga, muito querida”. Antes de a vocalista subir ao palco, ela estava perto de mim na pista premium,empolgadíssima cantando as músicas, como fã de vocês, e achei isso o maior barato! Enfim, de onde vocês se conhecem e como rolou esse convite a ela?

DN: A Karina é talento puro!!! Sou muito grato de tê-la como amiga e ela nos motiva muito!!! Nós nos conhecemos no estúdio de um grande amigo em comum, o Wagner Meirinho, da LoudFactory, e trocamos muitas figurinhas sobre música e showsdesde então. Eu tinha feito esse convite a ela havia muito tempo, mas era muito difícil de as agendas baterem, afinal, ela também está na estrada com sua banda, Allen Key.Masdisse a ela que tínhamos que fazer esse dueto no Tokio Marine Hall e seria o palco perfeito para apresentarmos essa parceria. Sabia que seria incrível e não foi menos do que isso.Falei a ela diversas vezes que era uma honra para mim e para a banda toda e já não vemos a hora de repetirmos a dose!!

 

VM: Em exatos 3’33” de Rebellion, Rogério Oliveira executa uma parte na guitarra que me lembrou JudgementOfHeaven (Iron Maiden), precisamente a parte iniciada em 3’19” da faixa de The X Factor (95). Pode perfeitamente ser uma simples coincidência e, fora isso, senti um quê de Helloween emWhen The Sunrise Again. Seriam estas duas bandas seminais algumas das referências de vocês?Ah, como não sou músico, sinta-se completamente à vontade para discordar das comparações se achar necessário. [risos] Equais outras influências vocês têm?

DN: Cara, acredite se quiser, descobrimos essa semelhança recentemente e não foi nadaintencional! [risos] O Rogério e eu brincamos que When The Sunrise Again, na verdade, tem muita influência de HammerFall, que acredito serem muito influenciados por Helloween, então provavelmente tem um “pezinho” no Helloween também! [risos] Mas, com certeza,Iron Maiden e Helloweensão bandas que nos influenciam, estão em nossa formação musical e, se você analisar nossos dois álbuns, vai perceber muita coisa de Angra, GammaRay, Edguy eAvantasia. Nossa principal fonte de inspiração é o powermetal “oldschool”, mas não nos prendemos somente a isso e sempre buscamos adicionar outros estilos, além do power metal, que passaram a fazer parte dasnossas vidas.Na própria Rebellion, temos um breakdown com gutural que vem das nossas influências mais modernas. Tentamos, de alguma forma, mesclar o passado com o novo para mostrarmos quem somos hoje.

 

 

VM: Pesquisando e me preparando, assisti aos clipes que vocês gravaram e esta é bem direta, mas não sei se você pode nos revelar: onde foi filmado PuppetsOf Faith? O lugar parece abandonado e é uma locação bem interessante, visualmente falando!

DN: Cara, vou ser sincero: não me recordo ao certo onde era…Sei que é próximo a Taubaté, interior de SP. [risos] A sugestão do local foi do produtor, Júlio Nunes, que sempre trazidéias incríveis para nós e sabe captar e nos ajudar a mostrar aos fãs a mensagem que queremos passar. A nossa idéia inicial era ser numa igreja abandonada, mas não obtivemos autorização, então o Júlio sugeriu este casarão e ficou sensacional!!!

 

 

VM: Talvez você não seja omembro mais indicado para me dar esta resposta, mas por que Leandro Tristanequase sempre toca de capuz? Afinal de contas: tenho lembranças de tê-lo visto assim na mencionada abertura para o Viper; foi deste jeito que ele iniciou a apresentação no Tokio Marine Hall antes do Symphony X; e é deste modo que ele aparece logo no primeiro take dele no clipe de PuppetsOf Faith. É estilo? Mera coincidência? Simpatia? Mania? [risos]

DN: Repito: se eu te falar, terei que te matar! [risos] Acredito que seja de tudo um pouco, uma mescla de estilo com uma utilidade para ajudá-lo a se manter concentrado no show. E vou te dizer: ao menos na gravação do clipe da Puppets, ele se safou por causa desse capuz! Estava um sol violento e ele foi o único que passou imune! [risos]

 

VM: Curiosamente, no vídeo de Living A Lie, não há capuz [risos] e o clipe ainda traz Danilo Perez no baixo. Gostei muito da estética, basicamente trazendo luzes projetadas apenas sobre vocês, com o cenário todo preto, cor do figurino dos quatro. As cenas com vocês tocando são entrecortadas por outra filmagem e gostaria de saber a mensagem transmitida por esta outra parte da gravação.

DN: Acredito que ele não utilizou o capuz, pois não tinha um sol escaldante sobre a cabeça! [risos] A mensagem do clipe era justamente mostrar que estávamos todos desconectados da vida real, com a falsa sensação de estarmos conectados, por isso o nome de Living A Lie.
Então,num momento estamos juntos tocando e, em outro, todos separados, aí fica a mensagem: estávamos realmente juntos?! Aestória contada deixa isso bem claro, os pais da criança “conectados e viciados” na internet, mas totalmente desconectados do seu filho e da vida real.
Então a idéia era passar um ambiente mais sombrio devido a todas essas questões, algo como os autores da série Black Mirror fizeram!

 

 

VM: Se Living A Lie carrega no preto, o clipe dePhoenix é ainda mais escuro… Por favor, discorra sobre a linguagemvisual apresentada aos fãs através da atuação da atriz Aline Ferrari.

DN: A Phoenix, assim como nosso álbum, fala sobre os momentos que vivi durante a pandemia, em que eu sentia tudo desmoronar e parecia que tudo o que havia almejado e construído estava se desfazendo. Então eu estava realmente desacreditado das coisas boas da vida, achava que tudo o que havia feito tinha sido em vão e tenho certeza que quase todo mundo se sentiu assim nesse período. E mais uma vez a música se fez presente na minha vida e me deu a luz que eu precisava, foi minha principal força. O Trend KillGhosts foi montado com a intenção de mostrar ao mundo que é possível vencer os obstáculos, que é possível vencer os fantasmas que assombram nossas vidas e desta vez não seria diferente.

A Aline é mais uma amiga querida minha e estava muito disposta a nos ajudar e passar essa mensagem a nossos fãs, para seguirmos em pé e erguermos nossas cabeças para vencermos nossos medos. Quando estávamos trabalhando na idéia do clipe,ela me veio logo à cabeça, devido ao seu estilo mais alternativo, a comunicação com nosso público seria muito mais fácil e direta. Ela entendeu a mensagem e foi bem demais na interpretação transmitindo todo o sentimento de desespero que o medo das incertezas nos passa e, ao final do vídeo, passou muito bem a mensagem de renascimento da música, da vida, mostrando que a vida sempre terá obstáculos, mas que podemos vencê-los!

 

 

VM: Poisoned Soul traz participação de Marina La Torraca e os créditos do lyric vídeo em animação apontam Lucas Pereira como responsável pela arte. Como vocês contataram os dois para chegar à parceira vocal e artística?

DN: Sempre admiramos os trabalhos da Marina, já gostaríamos de contar com sua participação no primeiro álbum, mas, naquele momento, as agendas não bateram.Em nosso novo álbum, queríamos tê-la no disco de qualquer maneira e a Poisoned Soul se apresentou perfeitamente para ela. Quando recebemos as vozes dela, me emocionei demais, pois, além de um trabalho impecável de sua belíssima voz, ela captou perfeitamente a intenção da música, o drama que ela passa. Foi realmente surreal!

Já o Lucas é amigo meu desde a infância, sempre admirei os trabalhos dele e, para quem não sabe, ele trabalha (ou já trabalhou) para a Marvel HQ!Então era óbvio que eu gostaria de ter seu trabalho no Trend KillGhosts. [risos] Ele fez também as artes do nosso primeiro álbum, então queríamos manter a qualidade do trabalho com ele. E aí vai um fato curioso: a arte para o lyric vídeo, na verdade, era para ter sido a capa do nosso novo álbum!Já estava preparada para isso, mas depois de algumas conversas entre nós, acreditamos que seria melhor utilizada no vídeo da Poisoned Soul.

 

VM: Já emendando e na mesma linha, como se deu outro par de convites, ambos para músicos alemães: Ralf Scheppers (Primal Fear) em Ghost’sRevolution, de KillYourGhosts (19); e Roland Grapow (Masterplan, ex-Helloween) para Prisoners In OurMinds, de Until The SunRiseAgain (21)?

DN: Tivemos a oportunidade de conhecer o Ralf Scheppers anos atrás, quando o Rogério e eu tínhamos outra banda juntos e abrimos o show do Primal Fear em São Paulo [nota: o grupo se chamava Chimerah e a apresentação foi em 09/08/09 no Carioca Club].Ele me passou o contato dele e, anos depois, entrei em contato, ele se lembrava da gente e foi muito bacana e atencioso. Quanto ao Roland, o Fabio fez uma tour com ele pelo Brasil e, pô, não perderíamos a oportunidade de tentar a participação de um cara que é parte principal da nossa influência.Ele também foi extremamente atencioso e o cara é tão monstro que mandou seu solo basicamente minutos depois termos feito o convite.Nem preciso dizer o quão felizes e até realizados nós somos por termos alguns dos nossos ídolos gravando com a gente!

 

VM: Em 24/03, vocês lançaram um vídeo colaborativo para When The Sunrise Again com a espanhola Elisa C. Martin, que também canta a faixa em Until The SunRiseAgain (21) e integra o Hamka. Mais uma vez, como chegaram a ela? E o que você achou da versão final editada do clipe?

DN: Sou fã da Elisa desde minha adolescência. De vez em quando,eu interagia nas redes sociais dela, ela sempre me respondia e, a partir daí, criamos uma amizade.Sou muito cara de pau [risos], então, assim que me veio a idéia de tê-la em nosso disco, mandei mensagem imediatamente e ela topou no ato!Posso dizer que hoje ela é uma amiga muito querida! Achei a versão bem legal e infelizmente a distância não permitiu que pudéssemos fazer um clipe mais elaborado, mas a pandemia gerou essa possibilidade das collabs serem mais bem aceitas.Quem sabe no futuro não façamos um trabalho mais elaborado, ou quem sabe até não façamos alguns shows com a participação da Elisa?!

 

 

VM: Encontrei no YouTube um cover feito por vocês para um clássico do Gamma Ray:DethroneTyranny.Entre tantas outras grandes possibilidades, comoRebellion In Dreamland,Valley Of The Kings ouLust For Life(esta com um vocal perfeito para você), para citarmos três, por que exatamente amúsica de No World Order! (01)?

DN: Queríamos fazer uma homenagem a uma das nossas maiores influências e não queríamos partir pelo lado “óbvio”, então declinamos Rebellion logo de cara.Acredito que foi o Rogério que propôs a Dethrone, pois também gostaríamos de mostrar aos nossos fãs que essa homenagem já seria uma porta de entrada para nosso novo álbum e então era um indicativo de que estávamos trabalhando num disco mais rápido e mais pesado!!

 

https://www.youtube.com/watch?v=vUFnt_2oQ8g

 

VM: Pelo menos no Spotify, não encontrei nenhum registro de material em português… Por curiosidade, há planos para alguma gravação em nossa língua um dia, nem que seja um cover?

DN: Falo por mim: acredito que, dentro do nosso estilo, é bem complicado trabalhar com a língua portuguesa.Confesso que já tentei escrever algumas coisas, é bem complicado e, na minha visão, na língua inglesa soa muito melhor. Sem contar o fator da comunicação: em inglês, é mais fácil atingir um público maior.Mas nunca digo “Nunca!”. Tenho muita vontade de colocar em nossas músicas elementos regionais do nosso país, mas também acho que tem que ter um propósito sincero para soar legal e não jogar ao vento só porque Angra e Sepultura fizeram.E aí, quem sabe?Até uma letra em português poderia cair bem! Mas, no momento, não passa por nossas cabeças e, com certeza, não está em nossas prioridades.

 

VM: Agora algumas perguntas mais aleatórias e esta se tornou um clássico infeliz, porém necessário: o que vocês estavam fazendo quando a pandemia estourou no meio de março/20 e teve de ser colocado em compasso de espera?

DN: Nós estávamos muito empolgados, ainda colhendo frutos do primeiro álbum.Naquele momento, estávamos fechando diversos shows como a tour com o Symphony X e até alguns shows com o Viper e, de repente, vimos tudo aquilo cair, ser reagendado e ficou espaço apenas para incertezas. Ficamos bem tristes, pois quando começou a dar certo, na nossa vez, tinha que aparecer uma pandemia??? É óbvio, não fomos os únicos afetados, mas sentimos muito o baque naquele momento. Porém, mesmo com todas as dificuldades que nos impediam até de nos encontrarmos, buscamos meios de continuar produzindo para não deixar o “hype” da banda caire para manter os fãs ainda mais próximos da gente. Lançamos versões acústicas de músicas do primeiro disco; fiz algumas lives solo cantando clássicos e influências minhas; depois fizemos uma live tocando o primeiro álbum na integra; e acredito que veio o principal: demos vida ao nosso segundo disco!

 

VM: Quando vocês estão no palco, especialmente nos intervalos entre músicas, é possível ouvir o que os fãs gritam da pista? Imagino que sim e gostaria de saber o que você já ouviu de mais engraçado nessa situação e onde foi. E o mais embaraçoso? [risos]

DN: Cara, sendo bem sincero, é muita gente gritando ou cantando, então é difícil ouvir quando alguém grita no meio de tanto “barulho” [risos]. Mas recentemente me chamaram de “Monark do Metal”, em alusão ao YouTuberMonark!Eu estava tentando deixar o cabelo crescer novamente e, depois disso, logo desisti da idéia!Então acredito que é tão engraçado quanto embaraçoso!! [risos]

 

VM: Tim “Ripper” Owens (Manifesto Bar, 02/07); Symphony X (Tokio Marine Hall, 30/07);Myrath (15/11, Carioca Club)… Três aberturas de respeito somente no segundo semestre deste ano! Perdi a primeira porque fui cobrir o Angra no Tokio Marine, vi a segunda e pretendo estar presente na terceira – me esqueci de alguma neste porte? Os convites finalmente estão aparecendo em maior escala? No melhor sentido, o que está acontecendo com tantas ofertas a vocês? Imagino a felicidade em poder mostrar o trabalho de vocês…

DN: Ainda temos a abertura para o UDO em São Paulo!Antes faríamos a tour completa com ele pelo Brasil, mas infelizmente as remarcações atrapalharam toda a nossa logística e só conseguiremos participar do show de São Paulo.Confirmamos recentemente também um show com o Ensiferum, também em São Paulo [nota: ambos no Carioca Club, respectivamente em 12/10 e 25/09] e, em termos de abertura, pelo menos mais dois shows ainda podem ser confirmados, mas não posso adiantar nada agora! [risos] Cara, acredito que os convites acontecem devido ao modo como trabalhamos, de maneira geral, e não só nos shows.

Acreditamos que nossa música tem conquistado cada vez mais fãs e isso faz com que os produtores nos dêem esses espaços para empolgar ainda mais o público das atrações principais, sem contar que, para nós, é excelente por termos a oportunidade de tocar em palcos lendários como o do Tokio Marine e até a Ópera de Arame, e com isso atingirmos um público maior, que pode se tornar nosso público no futuro. De forma geral, é a soma de tudo que temos feito desde que começamos.Acreditamos demais em nosso trabalho e investimos muito de nossas vidas, abrindo mão de muita coisa para estarmos ali. E isso passa credibilidade para quem nos dá essas oportunidades!

 

VM: Quase encerrando, qual a pergunta que eu deveria ter feito e não fiz? [risos] Fique à vontade para responder mesmo assim!

DN: Acredito que não faltou nada, mas, se você se lembrar de algo, já fica o insight para uma próxima entrevista!!! [risos]

 

VM: Por fim, não sei o que você já pode revelar, mas o que vem para o Trend KillGhosts a curto e médio prazo, além das apresentaçãocitadas no Carioca Club? Quais os planos gerais?

DN: Atualmente nosso foco é continuar trabalhando na divulgação do nosso novo álbum. Em breve, vamos anunciar todas as datas para este segundo semestre e ainda queremos lançar ao menos mais dois vídeos ainda neste ano!Temos algumas idéias já para um novo disco também, que até estão tomando um direcionamento, mas tudo sem pressa. Estamos deixando acontecer naturalmente, pois, como falei, queremos levar este show atual para muitos lugares ainda!

 

VM: Cara, muito obrigado por ter resistido bravamente até aqui! [risos] O espaço é seu para despedidas, agradecimentos, anúncios, reclamações, o que vier à mente!

DN: Eu que agradeço pelo espaço e a oportunidade de bater esse papo contigo, meu amigo!Espero, de verdade, poder bater esses papos cada vez mais e mais!E,para a galera que nos acompanha, fica aqui o meu agradecimento em nome da banda: vocês fazem parte do motor que nos motiva a cada show que fazemos, a cada música que lançamos.Obrigado, de coração!Fiquem ligados em nossas redes sociais, pois em breve acontecerão muitos anúncios bem legais!E você que ainda não conhece a banda, se chegou até aqui, você precisaouvir as nossas músicas ! [risos]
Valeu, galera!!!

 
ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022