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KNOTFEST :::18/12/2022 :::ARENA ANHEMBI
Postado em 28 de dezembro de 2022 @ 01:15


Texto e Fotos: Flavio Santiago

Domingo, 18 de dezembro foi a data escolhida para a 1º edição do Knotfest em terras tupiniquins, coincidentemente foi também a data da final da Copa do Mundo, mas isso é assunto para outra pauta, com os ingressos esgotados e 40.000 pessoas para prestigiar as diversas atrações que ocorreriam no dia o Knotfest funcionou bem como festival que privilegiou a musica ao invés de apostar na tal famosa e manjada “experiência” o que na verdade cabe a outros festivais como Lollapalooza aonde os fãs deixam a musica em segundo plano, no caso do Knotfest havia uma grande expectativa para conferir a todos os shows e com isso os fãs madrugaram para poderem adentrar na Arena Anhembi.

O espaço foi dividido em 2 espaços com palcos e atrações conforme descrito abaixo:

KNOTSTAGE: Black Pantera, Project46, Vended, Mr. Bungle, Bring Me The Horizon e Slipknot. 

CARNIVAL STAGE: Oitão + Jimmy & Rats, Trivium, Sepultura, Pantera e Judas Priest.

Em relação aos shows o evento começou por volta das 11 hs da manha com o Black Pantera abrindo aos trabalhos , o show sempre poderoso divulga o álbum Ascenção que mostra um viés politico e social com excelentes letras, os fãs que chegaram cedo aprovaram a banda que entrou no cast de ultima hora devido a desistência do Motionless in White.

As próximas atrações do dia foram o show conjunto das bandas Oitão e Jimmy and Rats, as bandas dividiram o palco em  2 sets diferentes , ambos os shows serviram de aquecimento para um dia que ja estava bem quente e com muitos fãs agitando , propostas diferentes de sons mas que agradaram ao publico que vinha chegando.

Logo após é a vez do Project 46, banda com uma identificação mais próxima ao festival em termos musicais e com isso agregou um publico maior e com isso era possivel ver os primeiros circle pits do dia liderados pelo vocalista Caio MacBeserra, show impecável .

Encerrado a participação do bloco nacional temos a primeira atração internacional do dia , o Trivium que já havia feito uma apresentação bombástica no Cine Jóia, com um set mais enxuto, Matt Heafy saudou o publico e com frases em português e uma performance energética fez um show primoroso no Carnival Stage, destaque para “Shogun”, “The Sin And The Sentence” e o hit “In Waves”

A proxima atração do dia foram os americanos de Iowa, o Vended que também fez um sideshow no metal week que antecedeu ao festival, a banda encontrou problemas de áudio no inicio do show que perdurou durante as 3 primeiras músicas comprometendo a apresentação do grupo, após a resolução do problema Griffin Taylor, filho do vocalista Corey Taylor repetiu a atuação do show realizado anteriormente e agradou ao publico presente, a banda agrada mais pelo vigor no palco do que pela sonoridade que soa muito caricato e parecido a banda de seu pai, o Slipknot, mas em um festival o show funcionou bem.

O Sepultura já é uma tradição nos festivais,  e com toda essa bagagem e know how fizeram mais um show irretocável com musicas de seu ultimo album “Quadra” e velhos sucessos, arrebataram os fãs que ovacionaram ao quarteto.

Destaque para as músicas “Means to an End” e para as participações especiais em “Cut Throat” – Scott Ian, em “Arise com Phill Anselmo e em Slave New World com Matt Heafy

Enfim chega um dos pontos altos do festival, a apresentação do Mr Bungle, havia muita expectativa neste show pois foi a retomada oficial de Mike Pattom aos palcos após quase 1 ano de afastamento devido a síndrome de pânico que adquiriu,  com toda sua esquisitice e bom humor que lhe é caracteristico sobe ao palco vestido com um ponche e máscara que logo é tirado nas próximas musicas, o som do Mr Bungle é uma mistura de caos com uma pegada crossover, fazendo com que os fãs não parassem de agitar, a banda ainda conta com Dave Lombardo e Scott Ian alem de Trey Spurance e Trevor Dunn, fiéis escudeiros de Mike Patton e da formação original da banda, o show contou ainda com a participação de Andreas Kisser e Derick Green em Territory, show fantástico , destaque para Hypocrites / Habla Espanhol o Muere que ganhou a roupagem de Habla Português ou morra, dedicada a Bolsonaro.

Para muitos um dos pontos altos do festival foi o show do Pantera Tributo, pois grande parte do publico não teve a oportunidade de assistir a banda em sua formação original , este tributo com um super time de musicos : Zakk Wilde , Charlie Bennante e Rex Brown que nesta tour foi substituido por   Derek Engemann (Scour, Cattle Decaptation, Illegals) fez um show que fez muito marmanjo cair no choro, com um set nostálgico os fãs entraram em catarse e comoção particularmente achei este show melhor e superior ao da apresentação realizada no Vibra em São Paulo, destaque para: Mouth for War, Im Broken, 5Minutes Alone e Walk, o show resgatou toda a nostalgia e foi um tributo à altura dos irmãos Abott.

Outro show que não foi diferente do show solo em São Paulo, foi o Bring Me The Horizon, em um lugar maior como um festival a banda possui a mesma eficácia do que em lugares fechados com a vantagem de mobilizar mais gente para os famosos circle pits que foram de tamanhos colossais, com o português afiado Oliver Skyes foi pra galera e fez um show poderoso e potente.

Com o festival perto do fim e já anoitecendo é chegada a hora dos mestres do heavy metal subirem ao palco, capitaneado pelo Metal God:  Rob Halford, o Judas Priest neste show mostra o porque de sua importância e relevância dentro do cenário mundial , com um show comemorativo de 50 anos, deixou fãs da velha  da nova geração atônitos, o que disse em relação ao show do Pantera, também cabe aqui para o Judas, o show do Knotfest foi infinitamente melhor do que foi apresentado no Vibra em São Paulo, destaques para “Eletric Eye, Painkiller, Breaking the Law e Scream for Vengeance, que o Judas possa voltar mais vezes ao nosso país, esse é um show obrigatório para se assistir

Enfim os donos da noite e do festival sobem ao palco, a essa altura do campeonato o Anhembi inteiro estava frente ao palco para assistir aos anfitriões da noite, claro que isso gerou um caos e uma super lotação, creio que nas proximas edições do festival o quesito local e configuração de palcos deva mudar para evitar aglomerações, dito isso, o show do Slipknot é algo fora da curva, performático e pesado ao mesmo tempo Corey Taylor tem o publico nas mãos e faz o que bem entender, junte a isso um setlist poderoso que não dá pausa pra refresco: Wait and Bleed”, “Sulfur”, “Before I Forget”, “Dead Memories”, “ The Heretic Anthem”, “ Psychosocial”, “Duality”, “Spit It Out” e “People = Shit”, “All Out Life” , “Unsainted” , “Custer” e “Surfacing”.

Não foi o melhor show do Slipknot que já vi mas garanto que para os jovens “maggots” fez toda a diferença e vai marcar como algo positivo

Parece que o Knotfest veio pra ficar e aguardamos ansiosamente a ediçao de 2023!!!!

 

 
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