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Leprous – Carioca Club – 17/11/23
Postado em 24 de novembro de 2023 @ 01:28


Texto: Vagner Mastropaulo

Fotos: Amanda Sampaio (Sonoridade Underground)

E São Paulo descobriu o Leprous…

A estréia do Leprous [https://onstage.mus.br/website/leprous-100319-carioca-club-sp]na cidade se deu em março/19 divulgando o sensacional Malina (17) e era possível transitar de modo confortável pelo mesmo Carioca Club. Desde então, os noruegueses lançaram Pitfalls (19) e Aphelion (21), trabalhos abaixo do anterior citado para o gosto deste escriba e,visando promovê-los, deles foram sete das quatorzedo repertório, ou seja, metade das escolhas. Somando-se as três faixas do álbum de 2017, quem curte os registros recentes se esbaldou ao longo de uma hora e quarenta e quatro minutos sem banda de abertura e começando com um irrisório minuto de atraso às 21:01.

Uma diferença significativa?Se não estava esgotada, a casa lotou, gerando uma dúvida:onde estavam essas pessoas há quase cinco anos?Pois estava complicado se deslocar pela pista desta vez, sobretudo com o calor que se instalou no país numa semana dos infernos! Se as cortinas cerradas aumentavam a ansiedade, o sentimento se dissipouem Out OfHere. Outra novidade foi notar o guitarrista TorOddmundSuhrke auxiliando o vocalista EinarSolbergnos teclados e, enquanto observávamos o nome dogrupo como backdrop simples, Illuminate veio com tudo!

Única de Coal (13), a catártica The Valley foi brevemente descrita pelo frontman: “Esta música é um pouco mais velha”, na verdade a mais antiga no geral e, nela, o baixo de SimenBørven martelou a platéia. A lindaOnHold foi aplaudida ainda durante a execução e, como em Aphelion, a não menosbela CastawayAngelsveio depois com um sutil detalhe: o papel fundamental da guitarra de Robin Ognedal, discreta e sem distorção.

Com a letra na ponta da língua da galera e com o perdão do trocadilho,FromTheFlame incendiou a festa, certamente o ponto alto de toda a noite, com apenas quarenta e cinco minutos no relógio. A maravilhosa e intensaThe Flood a sucedeu e finalmente surgiu a primeira fala elaborada do vocalista, com voz rouca, que não fosse um “Brasil!”, “Obrigado!” ou a combinação de ambas:

“Muito obrigado! Bem, é sensacional voltarmos aqui! Quatro anos e meio, quase cinco anos que estivemos aqui exatamente neste local. Esperamos que não leve tanto tempo até a próxima vez! Algumas coisas aconteceram desde a última vez em que estivemos aqui: uma delas é que lançamos dois álbuns. Sim, este mesmo e Aphelion. Do Aphelion vocês ouviram algumas músicas hoje e também vamos fazer uma do Pitfalls agora. E outra coisa que aconteceu na banda desde nossa última vez foi que quase a banda inteira começou a tocar teclados. Entretanto, seremos apenas eu e Tor hoje, mas geralmente são todos exceto Baard” – faltou somente anunciar que era Alleviate, de fato com aajuda de Tor nos teclados e um tanto pop, sem preconceito no uso do termo, mas ela facilmente “enganaria” como material de um Imagine Dragons da vida num Lollapalooza.

À vontade e estupefato com a ovação de “Le-prous! Le-prous!” e “Olê, olê, olê, olê!Leprous, Leprous!”, Einar seguiria se expressando: “Muito obrigado! Amo vocês! Vocês são inacreditáveis! Sabem do que não gosto? Silêncio estranho! Sabem o que nunca experimentei aqui no Brasil? Silêncio estranho! Vamos fazer uma do Malina” –a ótima Stuck, última selecionada do play. E avia da comunicação por parte do frontmannão teria mais volta:

“Obrigado! Como vocês estão? Por favor, respondam minha pergunta apropriadamente: COMO vocês estão? Um de cada vez, por favor… Organizem-se um pouco melhor. Ok, talvez eu devesse refrasear: vocês estão bem? Apenas ‘bem’? Vocês estão bem pra cacete? Beleza, tenho uma leve suspeita de que vocês talvez devam conhecer esta próxima” – Below, cravando uma hora de show e emendada a The Price.Einar resolveu continuar tirando onda:

“Estou escutando algumas sugestões de vocês agora. Certo, às vezes tocamos essa, mas não hoje. Podemos ficar aqui até ouvirmos a música certa e aí fingirmos: ‘Sim, é esta!’. Então, esta próxima é interessante porque envolvemos os fãs no processo de composição. Por ‘envolver’, digo que eles nos deram um monte de parâmetros nos quais tivemos que trabalhar e demos o nosso melhor para fazermos uma música a partir disso. Não me lembro exatamente como ela é, mas acho que talvez seja algo aproximadamente igual a isso” – evidentemente ele sabia cantar NighttimeDisguise, fechando o set regular.

Na prática, o encore foi dividido em dois e, primeiro, tocaram The Sky IsRed, obviamente sob iluminação vermelha. Para a apoteótica saideira, Einar traria as palavras derradeirasem meio a gritos de “Slave! Slave!”: “Bem, parece que vocês se decidiram”. Despedindo-se, até o baterista BaardKolstad soltou um “Muito obrigado!” em português e anote aí: eles retornarão. Quando? Na próximaturnê, é só aguardar, e é pura intuição, não informação. E o Carioca Club será pequeno para eles, pois mais gente vai descobrir do que o quintetoé capaz e quem por lá esteve tende a regressar. É esperar para ver.

 

Setlist

01)Out OfHere

02)Illuminate

03)The Valley

04)OnHold

05)CastawayAngels

06)From The Flame

07)The Flood

08)Alleviate

09)Stuck

10)Below

11)The Price

12)NighttimeDisguise

Encore 1

13)The Sky IsRed

Encore 2

14)Slave

 
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