ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022
Website by Joao Duarte - J.Duarte Design - www.jduartedesign.com

MONSTERS OF ROCK :::22/04/23 :::ALLIANZ PARQUE / SP
Postado em 29 de abril de 2023 @ 11:32


Texto e Fotos: Flavio Santiago

Em sua 7º edição, o festival que marcou várias gerações de heddbangers retorna de forma majestosa e com público sold out, tudo isso para acompanharem artistas como : Helloween, Scorpions e os donos da noite: KISS em sua turnê derradeira (será?)

Claro que o festival contou com outras atrações  dando caldo ao festival e a responsável por dar o pontapé inicial ao festival foi DORO PESCH, dona de um carisma ímpar subiu ao palco pontualmente as 11:30 da manha, o público ainda que em menor número prestigiou a cantora alemã que fez um set baseado em sua carreira solo e regado com alguns hits de sua antiga banda , o Warlock e foi com I Rule the Ruins e Earthshaker Rock que Doro colocou o publico pra banguear, sempre com um sorriso no rosto e o pulso em riste garantiu diversão ao publico que ainda chegava ao Allianz, a cantora agradeceu ao publico por terem chegado cedo e prometeu retornar ao país para um show solo, a cantora que neste ano completa 40 anos de atividade  mostra que ainda tem muito vigor e boa música a entregar.

Os destaques desse show ficaram com a excelente:  Raise Your Fist in the Air e All We Are e All for Metal (cover de Warlock) que fechou o show com chave de ouro.

SET LIST

  1. I Rule the Ruins (cover de Warlock)
  2. Earthshaker Rock (cover de Warlock)
  3. Burning the Witches (cover de Warlock)
  4. Fight for Rock (cover de Warlock)
  5. Raise Your Fist in the Air
  6. Metal Racer (cover de Warlock)
  7. Hellbound (cover de Warlock)
  8. Revenge
  9. All We Are (cover de Warlock)

Bis:

  1. All for Metal

A próxima banda a subir ao palco foi o SYMPHONY X, banda que se apresentou recentemente no país e que sempre faz um show muito técnico mas confesso que achei o show meio morno, primeiro por evidentes problemas técnicos no som do grupo americano e também pela frieza do grupo no palco, essa banda funciona melhor em lugares fechados, o repertório teve ênfase no mais recente trabalho de estúdio da banda, Underworld (2015) mas músicas como: Serpent’s Kiss e Set the World on Fire (The Lie of Lies) fizeram a alegria dos fãs presentes.

Russell Allen fez a ponte entre público e banda e mesmo aparentando certo desconforto com os problemas técnicos foi simpático com a platéia, com um show OK, a banda se despede do publico com uma sensação de que poderia ter feito mais, fica pra próxima…

SETLIST:

  1. Nevermore
  2. Serpent’s Kiss
  3. Sea of Lies
  4. Without You
  5. Kiss of Fire
  6. Run With the Devil
  7. Set the World on Fire (The Lie of Lies)

Coube ao CANDLEMASS a árdua missão de substituir os ingleses do Saxon que saíram do lineup devido a problemas de saúde do guitarrista Paul Quinn, os suecos foram uma grata surpresa , mostraram seu Doom Metal para o publico que retribuiu a altura cantando e agitando junto com a banda.

O show marcou a estréia do vocalista: Johan Längqvist no país que mostrou estar muito feliz e agradeceu ao carinho dos fãs, outra boa surpresa foi a participação do guitarrista do Opeth: Fredrik Åkesson, o show foi um desfile de hits como: Mirror Mirror, Crystal Ball, The Well of Souls, A Sorcerer’s Pledge e Solitude que deu ponto final a apresentação irretocável da banda, sem dúvidas um dos melhores shows do festival.

SETLIST

  1. Intro: (Marche Funebre)
  2. Mirror Mirror
  3. Bewitched
  4. Under the Oak
  5. Dark Are the Veils of Death
  6. Crystal Ball
  7. The Well of Souls
  8. A Sorcerer’s Pledge
  9. Solitude

Seguindo o bonde e sempre com pontualidade invejável os alemães do Helloween sobem ao palco e são ovacionados pelo publico, digo que a  partir desse show as dependências do Allianz Parque começam de fato a encher, esse é o tipo de show que já entra com o jogo ganho, os fãs brasileiros acolhem e muito o Helloween , show frenético do começo ao fim e com revezamento de vocais e até mesmo duetos entre Andi Deris e Michael Kiske, além da presença do talentosíssimo guitarrista Kai Hansen , outro ponto a ser destacado é o palco da banda com uma grande abóbora no centro do palco e como suporte na bateria de Ingo Schwichtenberg

O show começou com um problema na cortina que cobria o palco mas nem isso tirou a intensidade do inicio e músicas como: Dr. Stein, Eagle Fly Free e Power colocaram o Allianz Parque pra banguear, outro belo momento do show foi a execução da balada: Forever and One cantadas por Kiske e Deris, com tempo mais escasso devido ao cronograma do festival tivemos Future World e a clássica I Want it Out com a clássica chuva de balões laranjas ao publico, show certeiro e muito ovacionado pelos fãs.

SETLIST

  1. Dr. Stein
  2. Eagle Fly Free
  3. Power
  4. Medley de Kai Hansen: Ride the Sky + Heavy Metal (Is the Law)
  5. Forever and One (Neverland)
  6. If I Could Fly
  7. Solo de guitarra Best Time
  8. Future World
  9. I Want Out

 Os veteranos do Deep Purple não precisam provar mais nada pra ninguém , é o tipo de banda que já sobe ao palco com jogo ganho, ver no mesmo palco Ian Paice, Ian Gillan e Roger Glover já é motivo de festa por tantos serviços prestados e pela longevidade do grupo que consegue entreter grandes publicos como foi o caso do Monsters of Rock, até platéias mais discretas, é bem verdade que a potência vocal de Gillan já nao é a mesma mas o vocalista se esforça e ainda consegue entregar dignidade nas linhas vocais, ver Ian Paice na bateria é um privilégio, o cara tem a mesma potência e técnica de outrora, acompanhado pelo baixo pulsante de Glover, o publico foi surpreendido logo no começo do show do Highway Star, dai pra frente o publico se rendeu a banda e musicas como a belissima  “When A Love Blind Man Cries”, Hush e Smoke on The Water fizeram a alegria de diferentes gerações de fãs.

Destaque também para o habilidoso tecladista Don Airey que nos presenteou com um pout pourri de “Mr. Crowley”, e homenagens ao Brasil com “Sampa”, “Brasileirinho”, “Tico Tico no Fubá e “Aquarela do Brasil”, já trazendo “Perfect Strangers” na sequência.

Pra encerrar o show tivemos Black Night e uma apresentação de gala do Deep Purple que mesmo não sendo a banda com o mesmo vigor conseguiu entregar um show interessante, usaram dos artifícios dos solos para que Gillan pudesse se restabelecer mas também entregaram otimo entretenimento ao publico, destaco ainda a bela atuação do guitarrista Simon McBride que substituiu a altura Steve Morse, o guitarrista se encaixou como uma luva a dinâmica da banda.

SETLIST

  1. Highway Star
  2. Pictures of Home
  3. No Need to Shout
  4. Solo de guitarra + Uncommon Man
  5. Lazy
  6. When a Blind Man Cries
  7. Anya
  8. Solo de teclado (com trechos de Mr. Crowley e músicas brasileiras)
  9. Perfect Strangers
  10. Space Truckin’
  11. Smoke on the Water

Assim como o KISS, os alemães do Scorpions  já anunciaram por diversas vezes sua tour derradeira, algo que nunca ocorreu, felizmente pra alegria dos fãs isso não ocorreu, a manda segue produtiva e lançou recentemente material novo, o elogiado “Rock Believer”, o show dos alemães foi o penultimo do festival e mesmo com uma carreira invejável e de sucesso creio que erraram na elaboração do setlist , o show demorou a esquentar, começou de forma morna e apática e sem muita resposta do público, faltou um hit no começo do set para prender a atenção dos fãs, infelizmente em festivais a banda precisa entender que não toca para seu publico majoritário, com muitas musicas do novo álbum e outras de pouco apelo os alemãs fizeram uma performance enérgica e vigorosa Rudolf Schenker e Mikkey Dee  são a força motriz da banda, sem contar com o belissimo palco montado para esta apresentação , algo de encher os olhos.

 Klaus Meine, continua com o vocal afiado e quando inicia “Wind of Change”e dedica ao povo da Ucrânia vemos que o show começa a tomar forma, tivemos ainda  “The Zoo” e “Rock You Like a Hurricane” além das  baladas “Send Me An Angel” e “Still Loving You” que marcaram gerações de bangers apaixonados.

Scorpions continua na ativa e com extrema competência mas em minha opinião deslizaram na elaboração do setlist, mas faz parte, show na média.

SETLIST

  1. Gas in the Tank
  2. Make It Real
  3. The Zoo
  4. Coast to Coast
  5. Seventh Sun
  6. Peacemaker
  7. Bad Boys Running Wild
  8. Delicate Dance
  9. Send Me an Angel
  10. Wind of Change
  11. Tease Me Please Me
  12. Rock Believer
  13. New Vision (Solo de baixo e bateria)
  14. Blackout
  15. Big City Nights
  1. Still Loving You
  2. Rock You Like a Hurricane

Após uma maratona de mais de 12 hs de músicas o público enfim é coroado com a apresentação dos donos da noite, se a turnê mundial do Kiss de fato for uma despedida definitiva, a última lembrança que Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer devem levar do Brasil será uma plateia calorosa, que correspondeu até o fim

E mais do que pontualmente ouvimos pela (ultima vez?) “You wanted the best, You Gotta the Best, The Hottest Band in the World, KISS!!!

Dali em diante, as cortinas caíram, as labaredas explodiram e os músicos, descendo em elevadores no palco, cumpriram à risca o “protocolo ” da turnê, com o mesmo setlist praticado nos ultimos shows.

Em “Detroit Rock City”, os fãs acompanharam em coro o solo de Tommy Thayer e na sequência cantaram “Shout it Out Loud” diante de projeções luminosas atravessando a arena. Na pausa, Paul Stanley deu as boas vindas aos fãs comentando sobre o último local escolhido como parte da turnê no Brasil.

Esta noite vocês têm que ficar loucos”, afirmou, antes de chamar os gritos do público de todos os lados e de começar “Deuce”.

Enquanto Gene Simmons pedia aos presentes para que levantassem as mãos, o telão projetava fotos antigas da banda.

As palmas e os gritos pareciam apenas crescer com “War Machine” e “Heaven’s on Fire”. Com “I Love it Loud”, a síntese da comunicação simples, mas eficaz dos americanos com o público ficou evidente no “hey yeah” correspondido e na reação de todos diante do fogo no contrabaixo de Simmons.

“The Starchild” checou se todos estavam se divertindo antes de a banda seguir com “Say Yeah” e “Cold Gin”. Particularmente inspirado, Tommy Thayer levantou os presentes a cada pentatônica acelerada no braço da guitarra enquanto os demais descansavam para o que estava por vir.

Na sequência, Stanley puxaria “Lick it Up”, com um dos refrãos mais entoados da noite. A empolgação ainda estava garantida com “Calling Dr. Love” e “Tears are Falling”. Mais uma vez, o vocalista reconheceu o envolvimento de todos. “Vocês são demais, demais. Eu amo vocês. Eu amo vocês.”

Em “Psycho Circus”, o Kiss provocou a loucura dos presentes, chamando a quem quisesse que gritasse como animais diante de um palco repleto de luzes vermelhas.

No momento solo de bateria, Eric Singer já tinha garantido os holofotes com as viradas rápidas, uso das mãos no prato e quando se enxugou enquanto mantinha a percussão apenas com a batida dos pedais. Mas isso não era o suficiente. Aos poucos, a plataforma em que ele estava subiu e as imagens repetidas em azul atrás dele formaram uma visual quase surrealista.

Sem medo de altura, Gene Simmons foi ainda mais acima, e ficou perto de encostar no teto do palco de 23 metros para encenar “God of Thunder” e cuspir “sangue”.

“Nós nunca havíamos estado aqui antes, mas vocês são legais. Eu quero chegar lá e estar com vocês. Isso eu posso fazer, mas vocês precisam me convidar”, afirmou Stanley, provocando todos a gritar o nome dele bem alto três vezes.

Alçado sobre a multidão até uma plataforma isolada, Paul Stanley primeiro começou “Love Gun”, para depois emendar com “I was made for loving you”, protagonizando o momento mais dançante do show.

Depois de “Black Diamond”, a escuridão tomou conta do palco, mas os fãs já sabiam o que estava por vir e começaram a ligar as lanternas de celular para aumentar o clima de romance com o canção “Beth”, com Eric Singer [informação corrigida por sugestão dos internautas] na voz e no piano.

O fim estava próximo, todos sabiam, mas ainda havia muita energia para gastar com “Do You Love Me” e com a apoteótica e, por que não dizer, festiva “Rock and Roll All Nite”. Poder se embalar ao som do rock a noite toda era com certeza o desejo da maior parte dos quarentões da plateia, mas, assim como chegou, o Kiss foi pontual na saída às 22h52. “Amamos vocês. Adeus

Saldo final do Monsters of Rock, ótima organização, horarios cumpridos a risca e boa seleção de bandas, ansioso para a edição 2024

Nos vemos lá  !!!

SETLIST

  1. Detroit Rock City
  2. Shout It Out Loud
  3. Deuce
  4. War Machine
  5. Heaven’s on Fire
  6. I Love It Loud
  7. Say Yeah
  8. Cold Gin
  9. Solo de guitarra: Tommy Thayer
  10. Lick It Up
  11. Makin’ Love
  12. Calling Dr. Love
  13. Psycho Circus (parcial)
  14. Solo de bateria: Eric Singer
  15. 100,000 Years (parcial)
  16. Solo de baixo: Gene Simmons
  17. God of Thunder
  18. Love Gun
  19. I Was Made for Lovin’ You
  20. Black Diamond
  1. Beth
  2. Do You Love Me
  3. Rock and Roll All Nite

 

CONFIRA ABAIXO A GALERIA DE FOTOS DOS SHOWS:

DORO:

SYMPHONY X:

CANDLEMASS:

 

HELLOWEEN:

DEEP PURPLE

 

SCORPIONS

 

KISS

 

 

 
ONSTAGE - Official Website - All Rights Reserved 2017-2022