Ricardo Vignini é referência na pesquisa e resgate de sonoridades, melodias e tradições musicais da cultura popular do sudeste. O violeiro, com trajetória que passa de 27 anos de carreira, traz na bagagem cinco CDs ao lado da banda Matuto Moderno, seu primeiro trabalho solo Na Zoada do Arame, gravado em 2010, participações nos principais eventos sobre a viola no Brasil e integra também o duo Moda de Rock, com o violeiro Zé Helder.
Em 2016, Vignini amadurecia um sentimento por um novo álbum solo e hoje revela que as composições deste novo CD surgiram de forma mágica e fluida: “as músicas foram surgindo rapidamente e quando vi já tinha um álbum. Ele soa meio como uma trilha. Nasceu de repente, um Rebento”.
Rebento é quase todo autoral e tem 13 faixas instrumentais inéditas, sendo 10 assinadas por ele e três em parcerias, como conta Ricardo: “com o gaitista Sergio Duarte, meu parceiro há mais de 25 anos, fizemos a música ‘Pé Vermelho’, um baião com sotaque de blues que foi realçado com o pandeiro do Marcos Suzano; ‘Ventos de Novembro’ foi criada a partir de jams com Ari Borger no ano passado; e ‘Lua da Colheita’ também foi criada em uma jam com o Christiaan Oyens. Nela, eu toco viola caipira dinâmica e ele violão slide weissenborn”.
“Comecei a gravar o novo trabalho, chamei amigos musicais que fui acumulando durante a minha vida, que tinha vontade de compartilhar em um trabalho, mas não tinha tido a oportunidade ainda. Amigos como Andre Rass, Ari Borger, Chistiaan Oyens, Bruno Serroni, Fernando Nunes, Lúcio Maia, Marcelo Berzotti, Marcos Suzano, Rafael Schimidt, Ricardo Carneiro, e Sergio Duarte”, destaca Vignini.
O novo trabalho mostra maior pluralidade, abrindo um leque que vai da música raiz ao rock progressivo, passando por ‘Beijando o Céu’, uma homenagem a Jimi Hendrix que conta com a guitarra do Lúcio Maia (Nação Zumbi), ‘Pé Vermelho’, um baião que tem a gaita blues de Sergio Duarte e a percussão de Marcos Suzano, ‘Ventos de Novembro’, que é um dueto de viola e piano com Ari Borger,e a única faixa que preserva o clima caipira é o pagode de viola ‘Dr Cateretê’, que conta com Rafael Schimidt no violão e o também parceiro de Matuto Moderno, Marcelo Berzotti no baixo. As faixas ‘Indiana’ e ‘O Bonde dos Fontes’ têm a influência de bluegrass. Já ‘Trevo’ e ‘BR 116’ lembra o rock progressivo e world music.
Ricardo Vignini tem seu trabalho reconhecido nacional e internacionalmente, já se apresentou nos EUA, Canadá, México, Europa e Argentina, e o CD Rebento já está nas rádios e podcasts de world music na Grécia, Espanha, Canadá e EUA.
O CD “Rebento” já está disponível também em todas as plataformas digitais.
Sobre os músicos
Ricardo Vignini
Nascido na capital de São Paulo, Ricardo é produtor e pesquisador de cultura popular do sudeste. Gravou cinco cds ao lado da banda Matuto Moderno e participou de principais eventos sobre a viola no Brasil. O músico integra o duo Moda de Rock, com o violeiro Zé Helder. Ricardo ganhou grande projeção, apresentando versões de músicas de Jimi Hendrix, Metallica e Led Zeppelin. Gravou e produziu três CDs e um dvd do violeiro Índio Cachoeira.
Participou do CD Carbono do Lenine e do seu show no Rock in Rio 2016. Em 2010, lançou seu primeiro CD solo Na Zoada do Arame. Dividiu o palco com artistas americanos como Bob Brozman – turnê brasileira em 2003 – e Woody Mann, em 2006 e 2008. Leciona viola caipira há 18 anos e produz CDs de vários artistas há 15 anos.
André Rass
Nascido no dia 1° de maio de 1985, na cidade de Dom Pedrito (RS), André cresceu em meio à música e das festas animadas, as rodas de choro conduzidas pelo seu pai, violonista e seu padrinho, acordionista.
Com seu irmão, viajaram por todo o estado do Rio Grande do Sul e parte do Uruguai e Argentina. O contato com as murgas, candombes, milongas, chacareras, zambas, entre outros ritmos latinos, lhe deram novos horizontes no universo da percussão.
A inquietude de André o levou para Salvador, onde pesquisou ritmos e folclore em tribos indígenas na região do recôncavo baiano.
O músico já tocou em vários trios elétricos e acompanhou nomes como Gerônimo, Luila, Ramiro, Olodum e realiza vários trabalhos tanto no palco quanto em estúdio e com diversos artistas, entre eles, a cantora e compositora Lucina, Tetê Espindola, Alzira Espindola, Na Ozzetti, Paulo Renato, o violeiro Levi Ramiro,
Ari Borger
Em atividade desde 1985, é mestre em piano blues, boogie woogie e hammond B3. Abriu shows para artistas como B.B.King e tocou com verdadeiras lendas do piano blues como os mestres Johnnie Johnson e Pinetop Perkins – pianistas de Chuck Berry e Mudy Waters. Morou em New Orleans, onde gravou seu primeiro disco e se apresentou nas mais renomadas casas de shows como Tipitina’s e House of Blues.
Seus discos já figuraram no TOP 10 da Real Blues Magazine, uma das mais importantes publicações do gênero.
Acompanhou e gravou com estrelas nacionais e internacionais, como Herbert Vianna, Rod Piazza, Jr Watson, Linwood Slim, Mud Morganfield Jr – filho de Muddy Waters, Sax Gordon, Mitch Kaschmar, Sugaray Rayford e Diunna Greenleaf, estes últimos ganhadores do Grammy Music Awards. Já gravou seis discos ao longo de mais de vinte anos de carreira, alternando entre o blues tradicional, boogie woogie, soul e o jazz.
Em 2015, Borger lançou um box, com cd e dvd, no festival de blues, o Samsung Best of Blues Festival.
Bruno Serroni
Bruno Serroni, multiinstrumentista, deu seus primeiros passos ao lado da amiga Blubell. Depois veio a banda de rock Pullovers e o disco Tudo Que Eu Sempre Sonhei (2009). Bruno tocou e gravou com Maria Dapaz, Natalia Mallo, Laura Wrona, Dudu Tsuda, com quem coproduziu seu disco Le Son Par Lui Même, Lulina, Luiza Caspary, Pipo Pegoraro, Marcelo Jeneci, Thiago Pethit, Labirinto, Quarto Negro, Leo Cavalcanti, Péricles Cavalcanti, Flavio Tris, entre outros.
Atualmente, Serroni toca no projeto de Dudu Tsuda e no trabalho solo de Hélio Flanders, do Vanguart. Em paralelo, ele mantém uma produtora de áudio chamada Nanuk.la.
Chistiaan Oyens
Nascido em Montevidéu, no Uruguai, Christiaan é filho de pais holandeses e avó russa. Tendo passado sua infância na Argentina, sua família se muda ao Brasil em 1973. Aos onze anos, ganha do seu pai sua primeira bateria, uma Bandolim de Ouro (loja do Rio) com peles de couro de vaca.
Quatro anos depois, com três amigos faz sua estreia profissional como baterista na casa de hambúrgueres “Rock Dreams” no Rio de Janeiro. Nesta noite, conheceu um guitarrista, e junto com ele e mais um baixista inglês formaram uma banda que misturava new wave com MPB.
Ao mesmo tempo seguiu seus estudos de bateria com dois americanos que moravam no Rio: Dexter Dwight, da Orquestra do Teatro Municipal, e Bob Wyatt, baterista que tinha tocado com a big band do Maynard Fergusson nos Estados Unidos. Em casa, para relaxar entre as estressantes horas de estudo na bateria (por causa do barulho ensurdecedor), tocava violão.
Aos dezenove anos, se muda para Los Angeles e inicia estudos para se tornar um baterista de jazz na escola Musician’s Institute. Na Califórnia tem a oportunidade de tocar com artistas como Airto Moreira, Flora Purim, Kênia, Danny Dougmore e sua banda Brazilian Winds.
Retorna ao Brasil em 1988, e toca com Cazuza, Lulu Santos, Ritchie, Adriana Calcanhoto, Nico Assumpção, Marina Lima e Márcio Montarroyos. Pouco tempo depois, conhece Zélia Duncan, que acabava de se mudar de Brasília ao Rio de Janeiro, e iniciam um duradoura parceria.
Christiaan Oyens tocou harmônica e bateria com Cazuza em 1988. Como compositor é o principal parceiro da cantora Zélia Duncan, fez com ela músicas como Catedral, Enquanto Durmo, Tempestade, Me Revelar e Não Vá Ainda. Christiaan também foi parceiro de Itamar Assumpção e Alvin L., entre outros. Produziu vários discos da Zélia, o Acústico MTV do Lulu Santos, Alvin L., Flávio Venturini e muitos outros.
Christiaan recebeu o Prêmio Imprensa pela melhor música em 1995 (Catedral), em 2015 recebeu um Grammy Latino (Melhor Álbum de Rock Brasileiro) pela produção do CD “Sol-te” da banda Suricato e recebeu também os prêmios TIM de melhor produtor na categoria Pop/Rock em 2008 e melhor instrumentista pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) em 1996.
Em 2006 o produtor musical, instrumentista, compositor e entusiasta dos violões havaianos Christiaan Oyens, lança seu primeiro disco solo autoral “Adeus Paraíso”. Com quatorze faixas, em sua maioria relaxantes instrumentais, Christiaan conjuga violões de seis e de doze cordas com a sonoridade peculiar do Weissenborn, violão havaiano tocado no colo com a técnica do lap steel ou slide, disseminada por nomes como Ben Harper e David Lindley.
Fernando Nunes
O baixista Fernando Nunes morava na Bahia quando foi ao Rio de Janeiro tentar uma vaga na banda de Ivan Lins. Não só ele conseguiu o trabalho, como também se mudou para lá e aconteceu o que ele chama de uma “reviravolta” em sua vida.
A partir daí, Fernando tocou com Titãs, Caetano Veloso, Frejat e Tim Maia, além de Cássia Eller, que ele aponta como um grande marco de sua carreira.
Hoje, ele excursiona com o renomado músico Zeca Baleiro e, em seu som, a qualidade caminha ao lado da simplicidade.
Lúcio Maia
Lúcio Maia é guitarrista da banda recifense Nação Zumbi, que juntamente com a banda Mundo Livre S/A deram origem ao movimento Manguebeat.
Foi eleito pela revista O Dilúvio o melhor guitarrista do Brasil, por sete vezes consecutivas. Está na banda desde a sua criação, fase em que Chico Science era o cantor permanecendo ainda na fase atual com Jorge du Peixe.
Em 2007, Lúcio lançou seu primeiro álbum solo com o projeto Maquinado, chamado “Homem Binário” e em 2010 o segundo “Mundialmente Anônimo: O Magnético Sangramento da Existência”.
Também em 2010, incorporou a banda Almaz junto ao cantor Seu Jorge e outros companheiros, como o baterista Pupillo (parceiro de banda na Nação Zumbi) e o baixista Antônio Pinto, lançando o referido álbum Seu Jorge e Almaz.
Em 2011, participou da gravação das músicas do disco Verdade uma Ilusão da cantora Marisa Monte e integra a banda que a acompanha nos shows da turnê em 2012 e 2013
Lúcio Maia vai lançar o disco dele agora em 2017, dez anos após a estreia solo feita com o cibernético álbum Homem binário (2007), lançou um segundo disco há seis anos, Mundialmente anônimo – O magnético sangramento da existência (2010).
Marcelo Berzotti
O “caipira personificado”, contador de causos oficial do Matuto, embora tenha nascido na capital São Paulo tem família da região de Altinópolis e Cajuru, lá onde o Matuto foi gravar com a Companhia de Santos Reis Fazenda Congonhal de Altinópolis e Santo Antônio da Alegria.
Passou a infância ouvindo os discos de “Tião Carreiro” de seu pai, que foi por muitos anos encarregado da parte gráfica da extinta gravadora CBS, hoje Sony.
Baixista e compositor, toca com Ricardo Vignini desde 1991, buscando inspiração para suas obras em suas viagens pelo interior paulista e mineiro.
Marcos Suzano
O percussionista Marcos Suzano, na adolescência, escutava rock, até se fascinar ao ouvir o naipe de percussão de um bloco carnavalesco. Começou tocando surdo e cuíca e fixou-se no pandeiro depois de assistir a um programa com Jorginho do Pandeiro, do conjunto Época de Ouro.
Cursou Economia, mas durante o curso já frequentava a casa de Hermeto Pascoal e de Radamés Gnattali. Estudou ritmos africanos num grupo com Paulo Moura, tocou com vários artistas, como Zizi Possi, Água de Moringa, Marisa Monte, Zé Kéti, Gilberto Gil, Lenine e outros. Desenvolveu técnicas para pandeiro e de percussão, que difundiu em cursos e workshops. Em 1993 sua parceria com o músico pernambucano Lenine se transformou no disco “Olho de Peixe”. Seu primeiro trabalho solo, “Sambatown”, é de 1996 e traz usos inovadores para o pandeiro, intensificando a batida samba-funk e a utilização de sons mais graves.
Em 2000 saiu “Flash”, seu segundo disco solo, em que o músico vai mais a fundo no uso da música eletrônica. Em 2005, estreou turnê nacional e internacional do espetáculo “Homenagem a Tom Jobim”, ao lado de Armandinho, Paulo Moura e Yamandú Costa. Suzano faz também parte do grupo Pife Muderno, liderado por Carlos Malta.
Sergio Duarte
Com 20 anos de carreira, dois cds e o terceiro em fase de produção, Sérgio Duarte é considerado um dos pioneiros e mais importantes gaitistas do Brasil. Tem influenciado as novas gerações e seu trabalho é elogiado por figuras referenciais do blues mundial, como James Cotton, Sugar Blue e Mark Hummel e o lendário guitarrista Buddy Guy, para quem já abriu shows.
Rafael Schmidt
Tem 25 anos e nasceu em Santo André- SP. Sua trajetória na música começou muito cedo, aos 4 anos quando começou a tocar bandolim. O ambiente artístico em que nasceu, favoreceu seu aprendizado autodidata e aos 10 anos de idade já dedilhava como adulto o violão.
Todos já notavam seu talento inato, e incentivado pelo pai compôs sua primeira música aos 12 anos. A canção recebeu o nome de “antigamente era assim” e 6 anos depois deu origem ao seu primeiro CD homônimo.
Com apenas 18 anos Rafael Schimidt já tinha em seu currículo uma passagem importante, em que aos 17 anos foi premiado na categoria interprete de violão erudito, em SP, no concurso nacional do Conservatório Souza Lima.
No ano seguinte, o CD “Antigamente era assim” ultrapassou as fronteiras quando Rafael participou do Festival Drehmoment em Dusselford Alemanha.
Aos 20 anos lançou seu segundo CD em São Paulo, ao lado do cantor e compositor José Domingues. O CD recebeu o nome de “São Paulo em tempos de saudade”.
O terceiro CD não demorou nem um ano pra ficar pronto, e logo o público pode conhecer “Outras histórias”, que veio no ano seguinte, produzido por Swami Jr e lançado no Sesc Vila Mariana em sp, para 500 pessoas.
Além de engraçado, bem humorado, e talentoso, Rafael Schimidt tem uma sede de produzir incessante e desde que começou, nunca parou. Foi então que veio o quarto CD foi nomeado “Desenhando”, logo após o sucesso do terceiro quando Rafael ainda tinha 22 anos.
Com influências de Baden, Rafael Rabelo, Paco de Lucia, e Yamandú Costao jovem talento deixou de ser uma promessa para se tornar realidade. Com um estilo erudito, mesclado com caipira, Schimidt tem como resultado uma musica brasileira exótica, única, e autentica.
E foi essa combinação excepcional que encantou um de seus ídolos e referência Yamandú Costa, com quem teve o prazer de duetar em um show para 2000 pessoas em Bragança Paulista. O gênio Yamandú, não poupou elogios a Rafael Schimidt.Rafael é uma maquina de composição de altíssimo nível e tem em torno de 80 musicas autorais. E para a alegria dos apreciadores de música de qualidade, ele está lançando seu quinto álbum, intitulado “Novo Tempo”, tem participações de Tuco Pelegrino, parceiro de Monarco, Dudu Nicácio, Alex Souza entre outros. O jovem violonista já tocou também ao lado de nomes como Inezita Barroso, Daniel, Zé Geraldo e Proveta. Além de seus trabalhos próprios, ele também gravou o ultimo DVD da Inezita, e fez um show com o violeiro Arnaldo Freitas no Festival Voa Viola, em que acompanhou Lenini e Monica Salmaso. O Jovem e humilde menino de Santo André tem em seu repertório choro, musica caipira, musica erudita e música flamenca e é impossível não se encantar com a destreza e intimidade que Rafael toca o violão.
Ricardo Carneiro
O músico paulistano tem 43 anos e toca violão, guitarra, viola machete e viola dinâmica. Seu estilo é folk e blues, com elementos do rock, viola brasileira e violão erudito. Lançou, em 2016, seu primeiro disco solo: NY 7577, produzido por Chico Saraiva.
Ricardo Carneiro começou como muitos guitarristas: tocando rock. Aos poucos foi somando estilos: tocou 15 anos na banda pop Quasímodo (com mais de 2.000 shows pelo Brasil e exterior); toca a viola machete do samba de roda; viola dinâmica com o violeiro Pernambucano Caçapa; guitarra na banda de Nicole Salmi, com a banda de rock Roxy, e faz shows na banda da cantora Alessandra Leão.