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Samsung Best Of Blues And Rock – Auditório Ibirapuera (Área Externa)– 17/07/22
Postado em 26 de julho de 2022 @ 02:10


Por Vagner Mastropaulo

Fotos: Flavio Santiago

Agradecimentos: Trovoa Comunicação

Festa blues/rock com batuque, baião, samba, flamenco, berimbau, valsa, progressivo, hard, funk…

 

Agradecimentos a: Igor Miranda (pelo setlist de Lan Lanh) e Douglas Sousa de Miranda (pelo setlist de YohanKisser)

 

Se você conferiu a coletiva de imprensa do Samsung Best Of Blues And Rock postada aqui no site, certamente esperava a resenha dos shows em si e chegou a hora de pagar a dívida. Oficialmente escalada para subir ao palco às 17:30, Lan Lanhinaugurou sua apresentação efetivamente às 18:00 e, por se tratar de um nome vinculado à MPB, em que certas composições são regravadas por múltiplos artistas, não manteremos o padrão de ficar apontando de quem são os “covers” por ela executados e os devidos créditos encontram-se disponíveis no final do texto.Em termos práticos, ela abriu sua participação com Canto De Xangô, seguida de Coisa N° 4, e se você estranhou o título, a faixa integra Coisas (65), de Moacir Santos, indo de N° 1 a N° 10, ou melhor, de N° 4 a N° 8, tudo embaralhado! Melhor deixá-la contextualizar, em sua primeira fala:

“Boa noite, pessoal! É uma alegria enorme estar aqui, sobretudo para esta platéia maravilhosa. Estou muito honrada em ter sido convidada para fazer parte deste evento. Sou uma mulher aqui representando todas as mulheres musicistas do nosso país. A gente começou com a Bahia, de Baden e Vinícius, com os Afrosambas, minha terra natal. Depois a gente tocou uma música do maestro do afrojazz, Moacir Santos, que tem um pouco da atmosfera das minhas raízes da cultura afro também. E agora a gente vai fazer um passeio pelo Nordeste, aproveitando esse finalzinho de festa junina”. Na realidade, um Medley De Baiões, combinando seis delesdetalhadas abaixo.

Esgotado o limite de permanência no gargarejo, enquanto fotógrafos e repórteres rumavam à pista, Lan Lanh tornou a se dirigir ao público, retomando parte do que acabara de dizeraos jornalistas: “Esquentou aqui, né, galera? Fazendo a ponte agora, da África com a Bahia, depois deste ‘Carnival Blues’: Semba Do Moinho, uma canção minha com meu parceiro, o guitarrista Toni Costa” – “Semba” mesmo, não “Samba”! E ela pediu novamente a palavra:

“Aproveitando para apresentar este instrumento e beber uma aguinha aqui porque batuqueiro precisa recuperar o fôlego, então vou contar para vocês: para quem não me conhece, este instrumento aqui se chama cajon e ele tem uma origem peruana, apesar de ser muito conhecido na música flamenca. Comecei com esse instrumento, também para quem não me conhece, tocando com a Cássia Eller na turnê do Veneno AntiMonotonia. Ela me convidou para fazer uma participação e esse instrumento é um pouco a conexão da nossa parceria musical porque a gente estava apaixonada pela música flamenca. Eu porque buscava aprender a sonoridade deste instrumento e ela porque era amante do cantor cigano Camarón de laIsla”.

E adicionou: “Essa foi nossa conexão e ela me convidou para fazer parte do show Veneno AntiMonotonia, que era muito rock ‘n’ roll, e não entendi como ia fazer parte desse show. E ela me falou: ‘Vou parar tudo, você vai entrar e a gente vai fazer canções flamencas’. E uma das canções que a gente vai tocar agora – e essa, para quem sabe, pode cantar junto com a gente – foi uma dessas gravações com essa sonoridade. Não sou cigana, nem cantora e nem percussionista flamenca, mas a gente vai fazer um arranjo afro-flamenco para uma canção que a gente gravou nessa época e que vocês conhecem. Quem souber, cante!”: Nós.

Concluída, a percussionista apresentou metade da banda: “Max Sette, no trompete e na voz; no violão e no baixo, meu cúmplice dos batuques, Guto Menezes”. Deixando os dois membros restantes para adiante, prosseguiu: “Essa canção que a gente vai tocar agora, originalmente é um chorinho de Jacob do Bandolim, que tomamos a licença de fazer em afro-flamenco”: Santa Morena.

Lan Lanh completou o serviço: “Na guitarra aqui, Toni Costa; Bidu Cordeiro no trombone”, então reapresentou os anteriores e acrescentou: “E uma convidada muito especial. Eu diria, um ‘auxílio luxuoso’ de uma percussionista maravilhosa, daqui da terra de vocês, SilvannySivuca”. Ao encerrar a música, ela especificou: “Esse encontro já estava escrito nas estrelas! Fico feliz que tenha sido aqui nesta noite e nessa canção de cura, de prece, de fé, de paz para o nosso país. Uma canção que compus em homenagem aos povos originários, ela se chama Terra Batida. Muito lindo que tenha a participação aqui de mais uma mulher da música brasileira”.

Ainda junto aSilvanny, fizeram Bananeira Song em versão acentuada no berimbau e já sem a companheira e sem os vocais do estúdio, Ju Aganjufoi a saideira de um set batendo na casa dos cinqüenta minutos que, se por um lado não levantou a massa, por outro colocou alguns a dançar e certamente levou um formato musical inédito a muita gente. Missão mais do que cumprida!

 

Às 19:15, YohanKisseriniciou a performance mais experimental da noite, a começar por AlsoSprachZarathustra(Sonnenaufgang), de Richard Strauss, porém famosa como parte da trilha sonora e abertura de 2001: Uma Odisséia No Espaço (68), obra-prima de Stanley Kubrick. Mas que tal deixar o artista discorrer a respeito? “Yes! Muito obrigado, São Paulo, Best Of Blues Samsung, Ibirapuera! Que prazer imenso estar aqui! A gente acabou de voltar de Porto Alegre.Sexta-feira a gente fez este mesmo show lá ao lado do Joe Perry e do Ian e hoje está dando seqüência aqui ao show da Lan Lanh. Sensacional tudo que vem acontecendo também. E este palco maravilhoso em que já vi tanta gente que amo: Milton Nascimento, já vi Gilberto Gil aqui em cima”.

Ele complementou: “Então é um grande prazer estar aqui rodeado de amigos na minha cidade-natal. Agradeço a todo mundo que veio aí e a todo mundo que veio ver o Joe Perry também. Nesses dois primeiros sons que a gente fez, a gente mesclou o repertório erudito. A gente foi para Richard Strauss e aí agora também acabei de tocar uma composição do Wagner Tiso, da época em que ele estava numa banda chamada Som Imaginário. Se chama Armina esse som. E a próxima que a gente vai fazer também mescla com esse repertório setentista e progressivo.A gente vai fazer uma música do Frank Zappa, um dos grandes clássicos do instrumental dele, que se chama PeachesEn Regalia. Vamos lá!”. A segunda com um pé na valsa e cabe um fato até certo ponto inusitado: a trincateve Yohan ao piano!

E se alguém ainda estava sem entender o que se passava, explica-se: “Certo! Por que tanta música instrumental? Pô, a proposta do show era exatamente esta: fazer um show totalmente instrumental. Coloquei algumas músicas autorais aqui, mas selecionei esse repertório que varia entre o clássico brasileiro setentista e gringo. Enfim, está indo para vários lados e, agora, se vocês nos permitem, vou fazer uma música autoral que se chama An Extra Hit OfHash, tá certo? É um tema de jazz, a galera ali vai improvisar e queria aproveitar para apresentar: no saxofone e no clarinete, Salomão Sidharta; e no violino, viola e banjo, Thiago Brisolla”, também deixando dois colegas para depois, como Lan Lanh.

Emendada e com Yohan ao violão, fizeram: IsThereAnybody Out There?,deThe Wall (79); Bebe, presente em The MonashSessions (13), de Hermeto Pascoal; e afaixa-título de um trabalho de 1975 de um saudoso membro dos Novos Baianos – as três numa tacada só, coladas e assim descritas: “Certo? Passamos por uma porrada aí de músicos renomados. Esse desafio de fazer Hermeto Pascoal aí, todo mundo improvisando um tema que todo mundo estudou aqui também e foi muito legal relembrar. E essa, agora, Guitarra Baiana, que é uma mistura que saiu num álbum do Moraes Moreira, pelo menos é a versão que conheço…Mas foi uma mistura e tinha que ter um bônus aqui com a guitarra baiana. Esse tema é sensacional, fiz o arranjo aqui, para meus amigos, o clarinetista Salomão e o Thiago, poderem tocar também”.

E retomou:“Antes de mais nada, passei aqui por esses três instrumentos, mas meu instrumento de formação mesmo é a guitarra. Fui estudar num conservatório de violão de nylon, por isso que quis colocar um pouquinho aqui. E o último instrumento que aprendi foi um piano que ganhei da minha mãe, cara, quando me formei.E queria dedicar esse show aqui, porque é muito importante para mim estar aqui no Ibirapuera, a minha casa, cresci aqui, e queria dedicar esse show a ela, Patrícia PerissinottoKisser… E é isso! A gente vai fazer um clássico agora da música progressiva, uma música instrumental e acho que não podia faltar aqui. As partes que tem o Geddy Lee no teclado, com o Thiago e o Salomão ajudando, a gente vai fazer YYZ, do Rush”.

Tão eloqüentequanto o pai, Yohan seguia ilustrando: “É um prazer inenarrável, cara. Está até batendo um nervosismo estranho por tocar em casa. A gente fez Porto Alegre há dois dias, mas é o Ibirapuera… Já vim muito aqui, já vi muita gente aqui neste palco e tantos amigos aqui também hoje.No meio da galera tem muita gente conhecida que veio prestigiar e queria agradecer demais mesmo a todo mundo que veio”.

E mais: “Este set instrumental é um desafio gigantesco, né, cara, que a gente está enfrentando e coloquei duas músicas autorais: a primeira era um jazz, totalmente fora de contexto, mas é tudo filho do blues e agora eu queria colocar uma música que vai sair dia 29 com clipe feito pelo baterista, William Paiva. Certo? Ele que também está editando este vídeo, que vai sair dia 29 junto com outros três singles que já estão nas minhas plataformas digitais. Vocês podem ir lá ver, com vozes, letras, tudo autoral, certo? Agora a gente vai fazer esta música que se chama Einsamkeit, um prazer na solidão.Seria uma solitude, uma solidão positiva ali. Esta música é totalmente instrumental, em estúdio ela tem umas nove guitarras e aqui a gente fez este arranjo para este formato, certo?”.

Pensa que acabou? “Também é uma grande honra estar dividindo este palco com Joe Perry e a Lan Lanh.São projetos solos, cada um com seu nível de experiência, estou chegando aqui e sendo acolhido por esses gigantes, mas todos fazendo projetos solo aqui e eu também, segurando várias responsabilidades, várias coisas novas.E estar trazendo isso com meu nome…Foi um prazer fazer todos esses arranjos, escolher essas músicas, compartilhar tudo isso aqui também. Faltou apresentar o Guto Passos, no baixo e sintetizador Minimoog, que se tornou um parceiro também e ajudou muito na direção musical em geral aqui do show, certo? Agora a gente vai fazer um cara que misturou muito bem rock e blues: nada mais, nada menos do que Jimi Hendrix. Ele fazia exatamente isto: demorava um pouco afinando a guitarra, então, paciência”. Esperava um hit?Veio Third Stone From The Sun.

A saideira? Com Yohan retornando ao piano,Firebird (Finale), assim explanada após reapresentar os parceiros: “Essa música com a qual vamos fechar também é outro desafio.É do Stravinsky, que talvez também seja aí um dos pais do rock, uma das figuras mais importantes do século XX. Vai ser um desafio aqui para nós e, se vocês nos permitem, aqui vai. Obrigado, Best Of Blues, Ibirapuera e São Paulo. E até a próxima. Estamos juntos!”, concluindo o set de cinqüenta e cinco minutos, cinco a mais do que a antecessora.

 

     Passava pouco das 20:40 quando The Joe Perry Project deu as caras capitaneado pelo guitarrista do Aerosmith e usando um trecho de Rumble In The Junglecomo intro. Inteirado pelo vocalista Gary Cherone (Extreme), o tecladista Buck Johnson (Aerosmith/Hollywood Vampires), o baixista Chris Wyse (Hollywood Vampires) e o baterista Jason Sutter (Chris Cornell/Cher),Let The Music Do The Talking abriu a caixa de ferramentas, exatamente a primeira do Lado A de seu primeiro trabalho solo, o homônimo de 1980.

Na seqüência vieram Toys In The Attic e Walkin’ The Dog, ambas gravadas pelo Aerosmith, e quando Joe Perry se dirigiu aos fãs pela primeira vez, entendemos melhor porque a comunicação de sua banda principal fica 100% a cargo de Steven Tyler, sendo difícil sequer ouvi-lo, o que dirá compreendê-lo: “Ok, agora vamos começar um passeio. Eu queria tocar essa há bastante tempo!”, Steppin’ Out, tremendo blues originalmente registrado por Memphis Slimeconhecido por constar no début de John MayallAnd The Bluesbreakers, com Eric Clapton, em 1966. E adoraríamos tertranscrito o que Joe disse antes de Stop Messin’ Around, do Fleetwood Mac, porém, praticamente inaudível, só captamos: “Este é um festival de blues, então deveríamos tocar um blues”. Ao menos, deu para escutá-lo cantar, como emHonkin’ On Bobo (04), quase inteiramente repleto de releituras.

Mais Aerosmith? Fariam uma de DoneWithMirrors (85), mais ou menos assim descrita, em função das dificuldades já narradas: “Estamos nos divertindo esta noite fazendo uma porção de coisas. Talvez vocês reconheçam esta (…) e mesmo que não a tenham escutado, espero que gostem e queiram ouvi-la de novo. Enfim, ela se chamaMyFistYour Face”. E quando finalmente rolou umdiscurso em alto em bom som, ele se deu em tom de agradecimento e bom humor:

“Essas músicas, cara… Elas têm um pouco de história, sabe? História pessoal! Muito obrigado por terem vindo esta noite. Está ótimo! Não consigo acreditar! Esta é a segunda vez…Digo, o show anterior foi a primeira vez, que tocamos em frente a uma audiência, exceto pelo meu cachorro. E vocês são muito melhores! Embora ele seja um cão bem legal, ele acaba dormindo… Enfim, tentaremos evitar isso esta noite. A seguinte é do próximo álbum, que sairá em algum momento em breve em vinil e a escrevi com Mr. Gary Cherone aqui. Ele vai mandar ver nos vocais e eu nos riffs de guitarra. Ela é mais ou menos assim e se chama Quake”, single de 2018.

Ao seu término, o frontman brincou com a platéia: “Nada mal, São Paulo! Acho que vocês querem meu emprego para cantar”. E Joe arriscouum pouco mais: “Talvez vocês reconheçam a próxima também. Sigo dizendo isso, mas depende do quão para trás formos. Enfim, o refrão é: ‘Chip away’, é mais ou menos assim e juntem-se a nós”, Chip Away The Stone, sim, identificada por uma parcela da galera, possivelmente por integrar Live! Bootleg (78). E, se na coletiva, Joe Perry informara que o show tendia a um ensaio aberto, uma jam de quase três minutos foi a prova cabal, até ele tornar a interagir, agora sem Gary Cherone por perto:

“Vou dar uma viajada em algo um pouco mais para uma balada, acho”, Boogie Man, filha única instrumental deGet A Grip (93), colada a Joe’sBoogie, separada apenas por uma barra no setlist de palco e assim comentada pelo guitarrista em seu final: “Foi a primeira vez que toquei esta e não é mentira!”. Sua execução foi tão informal a ponto de um gaiato cantarolar, ao lado deste escriba,Cowboy Fora Da Lei – e o pior é que ela se encaixou perfeitamente e nem pediram para tocar Raul!

Alheio aos gracejos, Joe indicava: “A próxima vem da segunda metade do Sweetzerland Manifesto”, Spanish Sushi, do play de 2018. Embora constasse no setlist de palco, WoodenShips foi preterida eo que veio mexeu com opovo: WalkThis Way, com Joe fazendo as “vozes”no talkbox, aquele efeito consagrado em Show Me They Way (Peter Frampton) e Generator (FooFighters). Emendado veio um snippet deWholeLotta Love, marcando o regresso de Gary Cherone. Em tempo, o clássico do Led Zeppelin não era de todo estranho a três dos músicos, pois o Hollywood Vampiresgravou uma versãono auto-intitulado full length de estréia de 2015, mas com Alice Cooper.

“A próxima é do disco novo, novinha em folha e vamos tocar a vocês pela primeira vez esta noite”. Gary completou: “Ela se chama FortunateOne” –mostrada antes em Porto Alegre, portanto uma mentirinha… De GetYourWings (74), presentearam os fãs de Aerosmith novamente com SameOld Song And Dance, após um sucinto “Estão se sentindo bem?” do vocalista. E um breve “Hora de irmos ao funk” seu, seguido de Joe apresentando seus colegas, antecipou Rockin’ Train, com direito a um solo de Jason Sutter até Chris Wyse acompanhá-lo e o quinteto voltar aos trilhos por inteiro, com o perdão do trocadilho. Possivelmente a mais conhecida do set, SweetEmotionfechou a parte regular do show com um pedido de Joe: “Sintam-se à vontade para cantarem esta conosco”.

A galera até clamou porDream On, mas a última foi The TrainKept A-Rollin’, logo depois de Gary Cheroneverificar: “Estão prontos para mais uma? Ninguém quer ir para casa, certo?” e Joe Perry sederreter: “Obrigado por nos receberem esta noite. Vocês sabem como me sinto por estar em São Paulo. Amo esta cidade, então obrigado por nos trazerem de novo”. Pouco além de uma hora e quarenta minutos de espetáculo e com I’mYoursAndI’mHers, de Johnny Winter, ao fundo, os músicos se despediam e eis que Zeca Camargo fez as honras finais, prometendo uma surpresa para os dez anos do festival em 2023. É esperar para ver…

 

Setlists

Lan Lanh

01)Canto De Xangô (Baden Powell / Vinícius de Moraes)

02)Coisa N° 4 (Moacir Santos)

03) Medley De Baiões: a) Um Bilhete Pra Didi (Jorginho Gomes); b) O Fole Roncou (Luiz Gonzaga / Nelson Valença); c) Eu Só Quero Um Xodó (Dominguinhos / Anastácia); d) Asa Branca (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira); e) Peter Gunn (Henri Mancini); f) O Ovo (Hermeto Pascoal)

04)Semba do Moinho (Lan Lanh/ Toni Costa)

05) Nós (Tião Carvalho)

06) Santa Morena (JacobDo Bandolim)

07)Terra Batida (Lan Lanh/ Deeplick/ Lucas Brito) [Participação de SilvannySivuca]

08)Bananeira Song (Lan Lanh/ Deeplick/ Alexandre Lima) [Participação de SilvannySivuca]

09) JuAganju (Lan Lanh)

 

YohanKisser

01)AlsoSprachZarathustra(Sonnenaufgang) [Richard Strauss]

02)Armina[Som Imaginário]

03)PeachesEn Regalia [Frank Zappa]

04)AnExtra Hit OfHash

05)IsThereAnybody Out There? [Pink Floyd]

06) Bebe [Hermeto Paschoal]

07) Guitarra Baiana [Moraes Moreira]

08) YYZ [Rush]

09)Einsamkeit

10)Third Stone From The Sun [The Jimi Hendrix Experience]

11)Firebird(Finale) [Igor Stravinsky]

 

The Joe Perry Project

Intro: Rumble In The Jungle (Trecho)

01)Let The Music Do The Talking

02)Toys In The Attic [Aerosmith]

03)Walkin’ The Dog [Rufus Thomas]

04)Steppin’ Out [Memphis Slim]

05) Stop Messin’ Around [Fleetwood Mac]

06)MyFistYour Face [Aerosmith]

07)Quake

08) Chip AwayThe Stone [Richard Supa]

09) Jam

10)Boogie Man [Aerosmith]

11)Joe’sBoogie

12) Spanish Sushi

13)WalkThis Way [Aerosmith]

14)WholeLotta Love [Led Zeppelin]

15)FortunateOne

16)SameOld Song And Dance [Aerosmith]

17)Rockin’ Train

18)SweetEmotion [Aerosmith]

Encore

19) The TrainKept A-Rollin’ [TinyBradshaw]

Outro: I’mYoursAndI’mHers [Johnny Winter]

 
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