Texto por : Flavio Santiago
Fotos: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts
Agradecimentos: Catto Comunicação (Denise e Simone) / Mercury Concerts
O grandioso festival São Paulo Trip teve inicio na ultima quinta feira (21), o evento que conta com atrações do Rock in Rio em sua maioria, com exceção do The Cult que se apresentou nesta noite, é uma boa opção a todos que não quiseram ir ao Rock in Rio, seja por questões de logistica ou por não concordar com o line up diversificado do evento, fato é , que o São Paulo Trip não decepcionou e os fãs fizeram a sua parte, compareceram em bom número mas pelo menos neste primeiro dia do evento não lotaram ao Allianz Parque, estádio que se mostra como a melhor escolha para eventos deste porte.
A noite começou com o Alter Bridge que conta com os membros remanescentes do Creed mais o vocalista Miles Kennedy, o publico ainda chegava ao local quando o quarteto deu inicio a seu show, com uma boa base de fãs por aqui a proposta do Alter Bridge é completamente oposta ao que o Creed fazia, com belas linhas de vocal e um instrumental extremamente técnico e talentoso, muito graças a Mark Tremonti o Alter Bridge imprime peso em suas musicas mas não empolgou o publico que não conhecia o seu trabalho, ficando restrito aos fãs do grupo.
O Alter Bridge é uma banda muito boa mas talvez a falta de uma música ou refrão que marque as pessoas pode ser seu calcanhar de aquiles, foi um set curto, onze músicas ao longo de uma hora. Quem não é fã dificilmente vai guardar uma faixa específica na lembrança ou se converter, já que a banda tende a repetir uma espécie de fórmula, mas o carisma da banda é algo a se reconhecer, o grupo esta numa crescente e com isso sua próxima visita ao país renda um show solo.
A próxima atração da noite foi o The Cult, banda penetra, já que não era uma atração do Rock in Rio, Ian Astburry e Billy Duffy mostram que não perderam a mão depois de tanto tempo na estrada e deram um belo show para o publico que já era bem mais robusto a esta altura do campeonato, o show foi pautado em sucessos da banda das décadas de 80 e 90, algo que talvez tenha sido mais atrativo ao publico desta noite, com faixa etária mais avançada e buscava o tal clima de nostalgia.
Inquieto durante todo o show Ian Astburry mostrou que é um bom frontman e a todo momento buscava interação com o publico, seja por meio de provocação ,perguntando de realmente estava no Brasil, devido ao comportamento passivo do publico ou ao provocar um fã que estava ao celular dizendo para que o mesmo mandasse uma mensagem a sua mãe, fato é que o show começou a esquentar com “Lil Devil” e depois com “She Sells Sanctuary” , “Fire Woman” e “Love Removal Machine” que encerrou ao show, Ian agradeceu muito ao publico e disse que havia sido um privilégio abrir para o The Who.
The Cult mostra que apesar do tempo ainda sabe fazer um bom show e deixou o publico no ponto para a aração principal da noite. Bom Trabalho!!!
Tudo pronto para um dos momentos mais esperados por todos os presentes, aliás por gerações inteiras , afinal foram 53 anos de espera para que enfim tivessemos a chance de ver ao vivo ao The Who (ou o que sobrou da formação original), e todos aqueles clichês que se ouvem sobre a banda são completamente pertinentes, foram eles ao lado de Beatles e Rolling Stones que moldaram e ainda influenciam bandas por todo o mundo e poder ver a performance de Roger Daltrey e Pete Townshend ao vivo foi algo histórico.
O show é uma revisita a todos os sucessos da banda e mostram se com uma força incrivel mesmo nos dias atuais, talvez esse seja a formula magica para que sua musica atravessasse mais de 5 décadas. Ao abrir o show com “I can´t Explain” lágrimas rolavam de muitos que foram ao show, era visivel o tom de comoção em massa, dai outro termo clichê que se enquadra perfeitamente a isso é o de: “Isso não é um show e sim uma experiência de vida” e mesmo aquém de sua potencia vocal de outrora Roger Daltrey mostrou o porque é considerado um dos melhores frontmans de toda a história, canta, toca violão, toca gaita e gira seu microfone como nos velhos tempos, um vigor fisico impressionante aos 73 anos de idade, algo que muitos jovens são incapazes de repetir, Pete Townshend era o que mais falava com o publico e disse estar muito feliz apos 53 anos vir a América Latina e agradeceu ao carinho dos fãs, nao faltaram os famosos “power chords” e uma desenvoltura e técnica afiadissimas.
Imagino que cada um que foi a este show guardara uma lembrança especifica deste show a minha foi ao tocarem ” Baba O’Riley”, “Pinball Wizard” “You Better You Bet” e “My Generation” mesmo que esta ultima tenha começado fora do tempo por falha de Daltrey.
O show foi encerrado com “Substitute” algo meio que fora do protocolo da banda mas que serviu de presente a todos os fãs que tiveram a honra e privilégio de poderem assistir uma aula ao vivo de duas lendas que escreveram um dos capitulos importantes na história da musica.
Pode parecer um relato piegas e parcial, que seja então… e parafraseando a musica “I can´t explain”:
I said (can’t explain)
I’m feeling good now, yeah, but (can’t explain
SETLIST: ALTER BRIDGE
Come To Life
Addicted to Pain
Ghost of Days Gone By
Cry of Achilles
Crows on a Wire
Waters Rising
Isolation
Blackbird
Open Your Eyes
Metalingus
Rise Today
SETLIST: THE CULT
Wild Flower
Rain
Dark Energy
Peace Dog
Lil’ Devil
Deeply Ordered Chaos
The Phoenix
Rise
Sweet Soul Sister
She Sells Sanctuary
Fire Woman
Love Removal Machine
SETLIST: THE WHO
I Can’t Explain
The Seeker
Who Are You
The Kids Are Alright
I Can See for Miles
My Generation (With “Cry If You Want” Snippet)
Bargain
Behind Blue Eyes
Join Together
You Better You Bet
I’m One
The Rock
Love, Reign O’er Me
Eminence Front
Amazing Journey / Sparks
Pinball Wizard
See Me Feel Me
Baba O’Riley
Won’t Get Fooled Again
Encore:
5:15
Substitute
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