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Shaman ::: 31/07/22 ::: Audio Club
Postado em 14 de agosto de 2022 @ 23:49


Texto: Vagner Mastropaulo

Fotos: Raphael Mastrandréa (Sonoridade Underground)

 

“Lembrando que este é o último show da nossa turnê anterior, a Nagual, que foi interrompida pela pandemia, mas a gente já tem uma data aqui para São Paulo, no dia 30/07, com a turnê do Rescue. Esperamos todos vocês lá”. Interlocuçãoderradeira de Alírio Netto naabertura do Shaman para Tarja Turunen em 16/04, ele “errou” por um triz e o retorno à cidade se deu um dia depois do informado, possivelmente para escapar da concorrência involuntária com o Symphony X, no mesmo Tokio Marine Hall onde estivera a artista finlandesa, dando chance a quem adora Russell Allen e companhia de também ver o quinteto brasileiro sem conflito de agenda.

O que se sabia? Iria ter Ritual (02) e Rescue (22), mas álbuns na íntegra podem se tornar facas de doisgumes: é bacana a garantia do que rolará, antes da aquisiçãodo ingresso, mas a parte ruim éidêntica, pois elimina-se o suspense. No máximo, uma dúvida: ordem dagravação ou alterada? E daria para intercalá-los, mas haveria sentido? Enfim, nada diferente disso. Agora, se você aprecia as faixas, aí é jogo ganho!

Às 17:40, este escriba identificou Marcello Pompeu baldeando na estação República do metrô, ou seja, lá estava o mestre de cerimônias a caminho da Audio, como atuara na estréia do Emperorno país em 20/05 e quando Desalmado, Surra e Crypta passaram pela La IglesiaBorratxeria em 04/07.Exatamente às 18:57, ele cumpriu seu papel: “Boa noite, São Paulo! Como vocês estão? Estão todos bem aí? Hoje vocês estão aqui em mais um grande evento da HonorSounds, tá? Vou dar um toque para vocês também entrarem na plataforma da produtora e verem lá o lance de como você faz para ajudar as pessoas necessitadas. Está tudo lá na plataforma, não vão se esquecer disso. E como vamos começar agora o nosso grande evento, cadê o barulho? Não ouvi! Cadê o barulho?”.

O integrante do Korzusretomou: “Está aberto o evento de hoje à noite aqui e a primeira banda, a banda convidada e de quem gosto muito, acho que é uma das maiores revelações do heavy metal de São Paulo e do Brasil, tá? Sem muita estorinha, para vocês, daqui de São Paulo: Allen Key”. Pontualmente às 19:00, Karina Menasce (vocal/violão/teclados), Pedro Fornari e Victor Anselmo (guitarras), William Moura (baixo) e Felipe Bonomo (bateria)vieram ao palco e, exceto por uma inédita e um cover, o set foi pautado em The LastRhino (21), preterindoFlourish, última do début do grupo formado em 2018.

A festa foi inaugurada com Granted, finalizada com uma linha de piano de Karina, que havia dado uma canja junto ao Trend KillGhosts em Poisoned Soul no Tokio Marine Hall na véspera. StrawHouse teve quase seis minutos, duração entre ambas as versões disponíveis no Spotify e com novo elemento a acabá-la: assobios da frontwoman, que pediu a palavra: “Boa noite, São Paulo! Nós somos o Allen Key, somos de São Paulo, é nossa primeira vez tocando aqui em casa e está sendo uma honra maravilhosa tocar com tanta gente bonita! Muito obrigado pela honra. Todos animados para ver o Shaman? Todos animados para ver Allen Key? É uma pergunta que me deixa tensa… A gente nunca sabe o que vai escutar! Bom, agora a gente vai com uma música nossa chamada Illusionism e o clipe dela está vindo”.

De roupas vermelhas e meias pretas e sem calçados, não se engane: ela não é um rostinho lindo porém vazio, e simdetona e rouba a cena, ora melódica, ora bem mais agressiva ao vivo do que em estúdio, aintroduzir a seguinte: “E aí, galera? Quem está apaixonado aqui? As pessoas de quem vocês gostam, sabem que vocês gostam delas? Não? Vixe! Vocês as trouxeram hoje? Olha, tem uma galera aqui com a situação um pouquinho complicada, gente… Essa é uma música dedicada a vocês apaixonados. O nome dela é Love You More e espero que vocês aproveitem e curtam bastante”.

Carismática, Karina contextualizou: “Essa é uma música dedicada a todas as pessoas que foram embora e o nome dela é Goodbye. Espero que vocês se lembrem das pessoas queridas e aproveitem mais um momentinho com essa”, também puxada por ela nos teclados. Ao terminá-la, Karina deu uma rápida sumida do campo de visão e,democraticamente, Willian Moura se pronunciou:“Nossa, São Paulo! Que coisa linda, galera! Que coisa linda! Muito obrigado por toda a presença e apoio de vocês. É um show muito especial para a gente. Muito, muito obrigado mesmo! Vocês não sabem o quanto é importante para a gente estar aqui no palco da Audio. Muito obrigado, de coração, em nome do todos do Allen Key. E aproveitando este show especial para a gente, vamos mandar em primeira mão esse nosso som novo que vai estar no nosso próximo disco. Esse música se chama Apathy e espero que vocês curtam”.

Super aplaudida, foi uma porrada direta de pouco além de três minutos edurante a interação do músico,explicou-se a ausência temporária de Karina: uma troca de figurino, vestindo preto e mantendo o modelo.Expansiva, ela checou: “Queridos fãs de metal, vocês, gostam de Lady Gaga? Estou vendo vocês muito parados aí e não gosto disso! Gosto quando vocês se mexem. Vocês podem fazer isso para mim? Então, nossa versão humilde para Lady Gaga, de Judas. Espero que vocês aproveitem muito!”. Quando você imaginou conferir uma releitura de estrela de Nasce Uma Estrela (18), com o perdão do trocadilho, num evento de metal? Pesada, ficou legal, surpreendendo quem teve acesso ao setlist de palco de antemão, nele leu o título e supôs ser algo do Judas Priest…

Alegre, a cantora anunciou: “Infelizmente estamos chegando ao final do nosso show. Foi muito bom estar aqui hoje”, apresentou os companheiros e completou: “Somos o Allen Key, está sendo um prazer imenso estar aqui e depois tem Shaman. Mas antes, a gente preparou uma coisa muito especial para vocês e espero que vocês aproveitem bastante! O nome dessa música é Mr. Whiny, aproveitem bastante”. A surpresa? Seis balões, embora um tenha estourado de imediato: cinco laranjas e um amarelo. Esbaforida, ela deu a notícia que ninguém desejava ouvir: “Infelizmente a gente chegou ao final”. Aos gritos de “Mais um! Mais um!”, Karina entrou na onda: “Ok, a gente faz isso para vocês! Galera, essa última música intitula o nosso álbum, ela se chama The LastRhino”, certamente bebendo na fonte do Halestorm. Aproximadamentecinqüenta luxuosos minutos e, se era um teste, foram aprovados com louvor,causando ótima impressão!

E se você ficou curioso sobre o batismo do play e o animal como mascote, um excerto da biografia no site do próprio conjunto elucida o mistério: “A escolha do rinoceronte foi devido à força do animal, tanto do aspecto físico quanto do instinto de proteção do bando. Há um quê de ‘amor incondicional’ e ‘brutalidade’”. Outra peculiaridade: por que “Allen Key”? Karina gentilmente nos atendeuainda no recinto: “Allen Key é uma chave, uma ferramenta que conserta coisas e a gente acredita que a banda nos consertou e que nossas músicas consertam nossas almas, nossos corações. Então, por isso o nome ‘Allen Key’”. Perfeito!

Esvaziar o tanque no intervalo éfundamental, mas é complicado ter sabonete emtrês de doze torneiras no banheiro masculino (especificamente o localizado ao lado do merchan do Mariutti Team), 100% verificadas… MakeBelieve no som ambiente, as duas pistas tomadas, Pedro Fornari circulando na premium na maior tranqüilidade, mas reconhecido por algumas pessoas. Demais hits a sensibilizar a galera em ocasiões distintas? SeparateWays (Journey), FlightOfIcarus (Iron Maiden) Hunting High AndLow (Stratovarius) e TheBard’s Song: In The Forest (BlindGuadian), oferecimento e mérito da discotecagem de Edu Rox. Às 20:33, portanto rompendo meia hora de espera, numa abaixada de volume em Symphony OfDestruction (Megadeth), uma fã perdeu a paciência e explodiu: “Cadê o Shaman?”. Coincidentemente, em um minuto, Pompeu voltou a fazer as honras da casa:

“E aí, galera? Agora sim, está do jeito que gosto, casa cheia! Um ‘tapetão de galera’ assim e falo: ‘Puta que pariu, que foda que é o heavy metal do Brasil!’. Estou aqui falando em nome da HonorSounds para trazer um pouco de alegria aí para vocês antes do evento, certo? Lembrando a todos vocês que a HonorSoundsé quem traz esses puta shows para vocês, falô, mano? Entrem lá no site e vejam tudo que a produtora faz porque não é só rock, é ajuda a quem precisa. Todo mundo aqui trouxe comida para dar para a galera? Se trouxe, levante a mão e mostre aí o símbolo do heavy metal! Vocês estão comigo? Quero mandar um abraço aí para o Rodrigo, da minha banda, que está aqui, e para o Rafael Bittencourt! Está cheio de gente legal aí, hein, meu? E vocês, estão preparados para o que vem agora? Eu grito ‘Sha’, vocês dizem ‘man’”.

A brincadeira rolou sete vezes, até ele sentenciar: “Shaman, motherfuckers!” e dispararem Tributede bate-pronto como intropara uma sensacional projeção em movimento com nome e logo da banda no telão de fundo, em tons marrom-alaranjados em sinal de respeito ao legado e damos um adianto: que bonitaa produção de conteúdo visual no telão! Impossível verbalizar, tamanho o cuidado! Fizeram Time IsRunning Out e The “I” Inside, esta com Alírio ao piano, substancial resposta coletiva e graves tão acentuados que papéis picados de baladas de outrora presos às estruturas metálicas no teto ocasionalmente caíam!Concluída, Alírio Netto se dirigiu aos fãs pela primeira vez:

“Boa noite, São Paulo! Obrigado! Vocês não têm idéia do quão emocionado a gente está de estar aqui hoje apresentando esse show, que é muito especial! A gente vai tocar aí nosso disco novo, Rescue, na íntegra, e depois um dos maiores clássicos do metal do Brasil e do mundo, o Ritual inteiro, tá certo?”, e mandaram bala com a bela Don’tLet It Rain. Where Are YouNow?e“The Spirit” a sucederam, esta com uma provocação proposta no meio: ele fazia uma linha vocal e aplatéiao imitava cantarolando!

Para Gone Too Soon, Alírio pediu uma delicada iniciativa: “E aí? Tudo bem aí? É o seguinte: esse disco sofreu todas as adversidades possíveis para o Shaman! Todos nós, né, sentimos nesses últimos tempos sombrios, desde a partida do nosso mestre, André, até a pandemia, né? A gente ficou longe de quem a gente ama, de quem a gente gosta e a gente está tendo o privilégio hoje aqui de estar junto. Essa próxima música que a gente fez é dedicada ao nosso mestre ea gente teve a idéia de fazer uma coisa muito legal que a gente fez na turnê e acho que é um momento sublime do show: vamos apagar as luzes e só todo mundo com a lanterna do celular”.Sem exageros, a significativa adesão foi um maravilhoso espetáculo substituindo a iluminação da casa!

As novas canções se acumulavam: The BoundariesOfHeaven eBrand New Me, single número um lançado eassim enunciado pelo vocalista: “Meu, tem uma coisa muito bacana que nos move e às vezes a gente realmente sente essa recompensa através das vozes de vocês. Hoje conheci um cara, o Jonathan, que me contou que essa próxima música que a gente vai tocar o ajudou num momento muito difícil. E é uma música que fala sobre sobrevivência, de a gente estar sempre se renovando.Então quero oferecer essa música a ele e a todos que passaram por algum momento difícil”.

WhatIf?finalmentemarcou melhora na equalização dos instrumentos e logo surgiu novo mini discurso do cantor: “Bem, essa é a última música deste primeiro disco, mas, olha a gente quer fazer essa música porque ela fala sobre o conceito do disco todo, né? Resiliência. Então é uma música que fizemos com muito amor e carinho e o Hugo chegou com a idéia da música no violão”: Resilience, oficialmente a bonus track, com o mencionado guitarrista ao violão, sentado pertodos fãs, e Fabio Ribeiro a acompanhá-los noápice de Rescue, com tremenda aceitação da massa, repetindo o coro. The Final Rescue ecoou no som ambiente fechando o “primeiro ato”, conforme descrito no setlist de palco, que asseguravadez minutos de pausa (na prática, foram oito), encerrado emArrivalOf The Birds, do documentário The Crimson Wing: MysteryOf The Flamingos (08).

Extrapolando21:40 e com AncientWinds de intro, Ritual começava e, praticamente numa só tacada, fizeram Here I Am, DistantThunder,Time Will Come,Over Your Heade nada como a memória afetivanuma injusta comparação: o povo obviamente vibrava mais do que em Rescue e com tempo para digeri-lo talvez tenha tal apreço – afinal de contas, duas décadas os separam. Ponto alto porora e superando Resilience, no mesmo pacote sem quebrasveio Fairy Tale e lembramos que a novelaO Beijo Do Vampirovem sendo reprisada no canal Viva em dois horários, com o tema romântico na trilha sonora, sem o trecho de Who WantsTo Live Forever (Queen), é claro, reservado exclusivamente ao show, com o frontman em piano e voz e Confessori filmando no celular.

Sob urros de “Alirio! Alirio!”, ele tinha que se comunicar com o público, transcorridos cerca de quarenta e cinco minutos ininterruptos de música: “Obrigado! Bem, é… Tocar em São Paulo é sempre um desafio. A gente estava conversando aqui e dá sempre aquele nervosismo, né, aquele friozinho na barriga. E isso é porque a gente quer fazer o melhor para vocês sempre. Porque, se não fosse por vocês, a gente não estava aqui. Então esse show é dedicado totalmente a vocês que estão sempre aí pelo Shaman. O Shaman não vai morrer nunca. O espírito do Shaman está sempre vivo porque vocês fazem isso acontecer e esse show é para vocês!”.

Então convocou as participações especiais preliminares: “Agora teremos aqui alguns convidados. Queria chamar aqui, para cantar a próxima música comigo, a Karina! Essa mulher é incrível! Talento incrível, coração no lugar certo, impressionante! E também um grande amigo meu, um cara que… A gente é muito amigo, desenvolveu uma amizade muito bonita, sinto esse cara como se fosse meu irmão e amo demais esse homem que vai tocar aqui com a gente: Fernando Quesada”, permitindo um respiro a Jesus em Blind Spell. O baixista permaneceu para a contagiante faixa-título e chegara omomento apropriado para Alírio dar os créditos:

“Bem, antes de a gente continuar, eu queria apresentar a banda para vocês. Sei que é chover no molhado, mas é sempre importante a gente se lembrar da galera, né, que esteve aqui nessa história junto com a gente. Então vou começar aqui, por trás – pô, ficou meio estranho isso também, né? Esse cara aqui é um dos caras mais generosos que já tive a oportunidade de conhecer nesse universo do heavy metal. Porque esse é um verdadeiro maestro, toca piano pra caralho e me deixa engambelar minhas coisinhas ali. Um cara muito generoso, muito gente fina e que me ajuda muito no dia a dia e faz parte da alma do Shaman. Senhoras e senhores: Fabio Ribeiro!”.

“Esse cara aqui, é o seguinte:eu me lembro que conheci o Shaman e tive oportunidade de abrir um show deles em… Faz muito tempo… 2003, sei lá, com o Marcelo Barbosa! E aí foi lá que conheci o André e esses caras todos e sempre fui muito fã desse cara aqui porque as bateras que ele faz, você consegue cantar. Isso é muito difícil, cara! Esse cara é uma referência no mundo inteiro, lá na Europa todo mundo o conhece e fala: ‘Ele criou um estilo de tocar’. Eu olhava para ele assim e ficava hipnotizado. Então, no primeiro ensaio que a gente fez, eu estava meio emocionado – não vou mentir, não! Mas eu tinha que fazer de conta que estava tudo certo e não estava, né? Porque, até hoje, tenho o privilégio de tocar com Ricardo Confessori na batera! Um dos maiores músicos do metal nacional!”.

“Vem cá! Vem cá! Vem cá! Esse moço aqui mora no meu coração. Esse cara… Eu estava falando de generosidade, mas esse cara é o mais fofo do metal nacional! Olhem que fofo! É muito fofo esse homem, não é não? É foda! E está solteiro, viu? Já sei! Esse cara… Sei o quão difícil foi para todos eles, principalmente para esse cara aqui! Quando a gente estava escrevendo esse disco, muitas vezes a gente se olhava assim e, meio que de uma maneira sensível mesmo, falava: ‘Cara, que coisa louca a gente está vivendo, né?’. Então, esse senhor aqui é um dos compositores mais talentosos que já conheci na minha história. Senhoras e senhores, na guitarra: Hugo Mariutti!”.

“Bem, agora essa história louca começou com esse moço aqui, que está ali olhando pra mim. Oi, tudo bem? O senhor vem sempre aqui? Esse cara é o seguinte: ele me ligou um dia me convidando para a reunião do Shaman. Ele falou: ‘Cara, você não tá a fim de fazer uma reunião e vir bater um papo com a gente?’. Nessa hora, quando LuisMariutti te liga, duas coisas acontecem: ou você pede o penico, vaza e sai chorando ou você vê até onde essa loucura vai dar, né, bicho? E esse cara falou: ‘Vamos lá tocar com a gente’. E quando cheguei, ele me deu um abraço tão gostoso! Então esse cara é um irmão para mim porque ele foi o primeiro a me ligar. Só estou aqui porque ele me ligou. Muito obrigado, cara! Muito obrigado, de verdade! Senhoras e senhores, no baixo: LuisMariutti!”.Enquanto todos o ovacionavam berrando “Jesus! Jesus!”, ele retribuiu o gesto:

“Cara, é foda porque me emociono na hora de apresentar os caras! Obrigado! Obrigado, pessoal!Estive mal aí esses tempos, fiz duas cirurgias. Nesse mês, eu não sabia se iria estar aqui hoje. E, porra, não podia faltar a esse evento. E é muito bom ver como vocês estão abraçando esse cara, que entrou com um puta de um respeito. Ele foi chamado para o Shaman porque merece, tem bagagem e tem muito respeito pela figura do André enão tinha pessoa mais certa, acho. Vocês estão podendo conferir isso, né? Puderam conferir no nosso disco e agora aqui no show, nessa energia que a banda está, né? Então me esforcei pra caralho para estar aqui hoje porque queria sentir essa vibe aqui, queria estar aqui com vocês.E o Alírio é um cara que bota a banda para cima, é um cara que está fazendo a diferença aí. Obrigado, Alírio! Valeu!”.

Aceita mais convidados? Com a palavra, Alírio: “Valeu, galera! Valeu! Muito obrigado! Bem, nós somos o Shaman! Mas agora a gente tem aí mais uma surpresa, né? Queria chamar ao palco um dos caras mais… Um dos melhores cantores desse país, um cara que tem um trabalho muito sério, que tem seu lado humorista também, né? Reza a lenda que ele talvez seja o Detonator. Não sei, né, assim… Talvez sea gente estivesse na casa dele, teria alguém para descobrir… Casa do Detonator. Mas esse cara que vou chamar aqui é muito parecido com esse Detonator. Queria chamar Bruno Sutter para o palco! Não tem como fazer show do Shamam sem você, brother!”.

E se recorda dacitação de Marcello Pompeu? Alírio arrematou: “Agora é o seguinte: tem mais! Tem mais um outro cara que faz parte da história do heavy metal mundial, tocou com esses caras aqui, meu padrinho de casamento, meu grande irmão, que amo demais. Passamos por muitas coisas juntos… Rafael Bittencourt, vem pra cá, bicho! Ele faz parte de uma das maiores banda de metal do mundo.E é o seguinte: ele trouxe um chapéu para mim e vou usar agora”. Evidentemente,Sutter não ia aparecer no rolêsem tirar sarro: “Direto do Pantanal aí! Joventino! Vai cantar aí, Velho do Rio”, e concluíram o full length com Pride, elevando o nível de bpms e de felicidade!

Inovando num encore sem sequer rumarem aos camarins, o vocalista indicou: “E aí, estão gostando das surpresasde hoje? Ou não? Vocês estão cansados? Chega, né? Já está bom, né? Está bom? Chega? Acho que seria difícil a gente ter o Rafa aqui e não tocar um hino para todos nós. Foi um hino do Angra, foi um hino que era do André. Vamos segurar essa aí!”, referindo-se a CarryOn, e se a multidão já curtira MakeBelieve, o que dizer desta a arrasar! A saideira? Representando Reason (05), TurnAway, apenas com o quinteto original e o frontman se despedindo:

“Meu, acabou? Acabou! A gente tocou o Rescue e o Ritual inteiros! Bem, antes de a gente terminar, queria agradecer aqui à HonorSounds, SchoolOf Rock, Damaris Hoffman e Juan Corral/Agência Artística, por darem um suporte para a gente também. E muito obrigado a todos vocês. Sem vocês, isso também não estaria acontecendo. Vocês são foda! Uma salva de palmas, por favor! Valeu, galera! Essa é a última! Um abração a vocês! Prometo!”.The Show Must GoOn (Queen) nos alto-falantes era a senha para partir após as 23:10, cravando uma horae meia somente no “segundo ato” e totalizando duas horas e trinta e cinco minutos de performance!

 

Setlists

Allen Key

01) Granted

02) Straw House

03) Illusionism

04) Love You More

05) Goodbye

06) Apathy

07) Judas [Lady Gaga]

08) Mr. Whiny

09) The Last Rhino

 

Shaman

Primeiro Ato – Rescue

Intro: Tribute

01) Time Is Running Out

02) The “I” Inside

03) Don’t Let It Rain

04) Where Are You Now?

05) “The Spirit”

06) Gone Too Soon

07) The Boundaries Of Heaven

08) Brand New Me

09) What If?

10) Resilience

Outro: The Final Rescue

Intervalo

Arrival Of The Birds [The Cinematic Orchestra]

Segundo Ato – Ritual

Intro: AncientWinds

11) Here I Am

12) Distant Thunder

13) For Tomorrow

14) Time Will Come

15) Over Your Head

16) Fairy Tale [Com snippet de Who Wants To Live Forever (Queen)]

17)Blind Spell [Com Karine Menasce e Fernando Quesada]

18) Ritual [Com Fernando Quesada]

19)Pride [Com Bruno Sutter e Rafael Bittencourt]

Encore

20) Carry On [Com Rafael Bittencourt]

21) Turn Away

Outro: The Show Must Go On [Queen]

 
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