Stone Temple Pilots no Terra SP — Uma noite pra ficar na memória
Sabe quando você sai de um show com aquele sorriso meio bobo, meio suado, mas com a alma lavada? Pois é, foi exatamente assim que eu saí depois de ver o Stone Temple Pilots no Terra SP. E olha… que show, meus amigos. Que show!
Antes de mais nada, bora falar sobre aquele elefante na sala que todo fã da banda sempre lembra: o vocalista. Depois das tragédias que levaram tanto o lendário Scott Weiland quanto o Chester Bennington, confesso que rolava aquele medinho — será que o STP ainda é o STP? E aí entra em cena o Jeff Gutt, que, pra quem não sabe, é um cara que ficou conhecido por participar do X Factor nos EUA, e desde 2017 assumiu o posto de frontman da banda.
Sim, ele emula muito do Scott, isso é fato. A voz, os trejeitos, aquele gingado meio felino, meio junkie, tá tudo lá. Mas sabe de uma coisa? Funciona. Funciona MUITO. E, sinceramente, não soou forçado. Pareceu mais uma homenagem do que uma imitação barata. E cá entre nós, o cara entrega. Que presença de palco, que energia, que entrega absurda!
Agora bora falar do que importa: o setlist foi simplesmente um presente pros fãs. O público, aliás, correspondeu à altura. A casa tava cheia, clima lá em cima, todo mundo na mesma sintonia, aquele mar de vozes cantando junto desde a primeira até a última música. Energia de festival, vibração de show intimista. Sabe aquele equilíbrio perfeito? Foi isso.
Eles abriram com “Unglued”, já pra chegar rasgando, sem cerimônia. Na sequência, “Wicked Garden” e “Vasoline”, que transformaram o Terra SP num karaokê coletivo. Era olhar pro lado e ver geral, de camiseta preta, pulando e berrando cada verso.
Quando veio “Big Bang Baby”, aquele riff grudento, foi impossível não se jogar no meio da galera. E aí emendaram “Down”, que trouxe aquele peso absurdo, seguido de “Silvergun Superman”, que, meu amigo, que sonzeira ao vivo. Simplesmente uma parede de som.
Mas o momento que mais me pegou foi quando eles mandaram “Still Remains”, dedicada ao Scott. Cara… que arrepio. Rolou aquele climão de homenagem, sabe? Luz mais baixa, galera emocionada, e uma execução impecável.
Depois vieram clássicos que não poderiam faltar: “Big Empty”, “Plush” (meu Deus, que coro foi esse?), e “Interstate Love Song”, que acho que fez até quem tava passando na rua parar pra cantar. É hit atrás de hit, e cada música parecia levantar ainda mais a galera.
Na reta final, eles desceram a mão com “Crackerman”, “Dead & Bloated” e a maravilhosa “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart”, que colocou todo mundo pra pular até perder o fôlego.
E aí, quando você acha que acabou… não acabou, não. Voltaram pro bis com “Kitchenware & Candybars”, que foi aquele momento mais contemplativo, meio pra segurar a onda do coração, só pra na sequência detonarem com “Piece of Pie” e fecharem com aquele soco sonoro que é “Sex Type Thing”. Sério. Que final absurdo. Pesado, catártico, perfeito.
Saí de lá com a certeza de que, sim, o STP ainda é gigante. Mesmo com toda a sombra do passado, eles conseguiram provar que a essência da banda tá viva, pulsando forte. E olha, arrisco dizer: foi um dos melhores shows deles no Brasil, fácil.
Se você ficou em dúvida se valia a pena ver essa formação… pode ficar tranquilo. Vale. E vale muito.
SETLIST
Unglued
Vasoline
Big Bang Baby
Down
Wicked Garden
Still Remains
Silvergun Superman
Big Empty
Interstate Love Song
Plush
Crackerman
Dead & Bloated
Trippin’ on a Hole in a Paper Heart
Encore:
Kitchenware & Candybars
Piece of Pie
Sex Type Thing









