Texto: Vagner Mastropaulo / Flavio Santiago
Fotos: Flavio Santiago
Anote aí! O Summer Breeze Open Air veio para ficar!
Uma semana após o sétimo Monsters Of Rock em São Paulo, a primeira edição do Summer Breeze fora da Alemanha chegou à cidade e, pelo visto, daqui não partirá tão cedo… Se o evento no Estádio do Palmeiras, até pelo nome, apostou em artistas estabelecidos (para se ter noção, o Symphony X, banda mais “novinha” do line-up, tem quase trinta anos de estrada!), a aposta no Memorial da América Latina foi para o caminho da renovação, a ponto de o headliner do segundo dia no Hot Stage ser o Parkway Drive –opção um tanto questionável, haja vista sequer terem utilizado os cento e cinco minutos a que tinham direito, concluindo o set em setenta e cinco…
A novidade residiu em shows concomitantes e há quem possa afirmar: “Mas no Lollapalooza já é assim há anos!”. Fato, mas de metal ali, de vez em quando pinçamos um Volbeat ou Bring Me The Horizon, “perdidos” num entardecer, respectivamente em 2018 e 2019, ou o Metallica, atração principal numa noite de 2017 – e em nenhum dos casos doeu no coração do headbanger ter de abrir mão de coisa alguma para vê-los… Sendo assim, ainda que em estilos variados e em expediente padrão em Hellfests, Graspops ou Wackens da vida, foi inédito ter que escolher entre, por exemplo: o final do SkidRow e o começo do Sepultura ou a palestra de Bruce Dickinson; Stone TemplePilots ou Accept; Avantasia ou Napalm Death; e os citados australianos do Parkway Drive ou Stratovarius.
O Voodoo Kiss abriu os trabalhos enquanto a maioria das pessoas ainda se localizava, tentando entender a logística geral: como acessar o Sun Stage, caso necessário? Onde estavam os banheiros? Para a galera com o Summer LoungeCard ou Summer LoungePass, onde pegar bebida gelada e comida? E, para este repórter, onde ficava a Sala de Imprensa? Dando azar de seu nome não constarno sistema, até descobrirmos que ele se encontrava numa boa e velha lista de papel sulfite, perdemos o comecinho de The BeautyAnd The Beast, mas nos certificamos de conferir o horário e pudemos ouvi-los pisar no palco pontualmente às 11 da matina!
Com apenas um álbum lançado, o auto-intituladoVoodoo Kiss (22), conforme o vocalista GerritMutz ia apresentando as faixas de um “rock ‘n’ roll sujo e cru”, palavras dele, notamos um padrão: o play foi tocado por inteiro e na ordem de estúdio, com inserções de inéditas do próximo full length, programado para 2024: SpellboundByHerEyes, após as três primeiras; Feel The Curse Of The Voodoo Kiss, depois de outra trinca; e Dr. Evil e Angel Demon, entre No Time e a saideira Thousand StepsOfGoodbye, definitivamente a mais divertida do repertório – brasileiro adora um coro, vai?
Na prática, conforme descrito no próprio release online do evento: “Devido à falta de oportunidade no agendamento de shows para a banda Voodoo Kiss, o baterista AchimOstertag criou o Summer Breeze Festival, em Abtsgmünd” – uma espécie de Perry Farrell desconhecido, já que citamos o Lolla. E se a banda do criador do festivalganhou a platéia no entusiasmo, não podemos deixar de destacar a presença da carismática co-vocalista StefanieStuber. Agora é esperar pelo disco do ano que vem!
Sofrendo com o irônico calor no Ice Stage, Dave Ingram, vocalista doBenediction, chegou a olhar torto para sol a pino do meio-diapor duas vezes – esforço em vão… E quem ousou encarar o clima quente a fim de prestigiar os ingleses saiu satisfeito, com consideráveis chances de ter pego alguma palheta arremessada pelo simpático baixista NikSampson, especialmente ao encerrar o set de quase uma hora repleto de pedradas viscerais da ex-banda de Mark “Barney” Greenway, que, por coincidência, se apresentaria com o Napalm Death no Sun Stageno dia seguinte. Depois de Echolalia, uma inusitada intro do DeadCan Dance, o pau passou a comerjá emDivine Ultimatum, do début Subconscious Terror (90).
Entre Scriptures In Scarlet, do mais recente Scriptures (20), e Vision In The Shroud, de The Grand Leveller (91), o frontman se saiu bem: “Bem, nós estamos bebendo cerveja no café da manhã! E vocês?”.Destacando os trinta anos de Transcend The Rubicon (93), fizeram UnfoundMortality, Nightfear e I BowToNone, para a alegria dos fãs mais antigos, que acordaram cedo e apoiaram o quinteto durante todo o set em que se adotou estratégia bastante inteligente para quem não os conhecia: informar os títulos de todas as faixas, obviamente exceto pela primeira.
Resgataram até material deEPs: The Grotesque, de The Grotesque – AshenEpitaph (94); e FoetusNoose, deDarkIs The Season (92) – sem ignorar composições mais frescas como ProgenitorsOf A New Paradigm e Stormcrow. O último prego no caixão? Magnificat. E considerando que a passagem anterior por aqui havia sido em dezembro/15, será que demoram a regressar?
De um extremo a outro, rumamos do death metal autoral europeu para uma série de covers feitas por um artista cristão canadense: Marc Martel e seu The World’sMostSpectacular Queen Tribute Show – One Vision Of Queen. Sendo sincero, não tinha como dar errado e ele cumpriu seu papel à risca ao enfileirar clássicos, por vezes ao piano, como em BohemianRhapsody (descrita por Marc como a favorita) e SomebodyTo Love, e ocasionalmente ao violão, como emCrazy Little ThingCalled Love.
Fisicamente, seu rosto vagamente lembra o de Freddie Mercury, ainda mais somando-se a persona desenvolvida, trejeitos e até o corte de cabelo. Porém, com a inigualável voz do saudoso e possível melhor frontman de todos os tempos, fica difícil competir, ainda que o resultado tenha sido bastante satisfatório.Houve até o cuidado em homenagear outro falecido inglês famoso em sua camiseta: George Michael. Demais pontos altos? UnderPressure, a eternamente divertida I WantTo Break Free e o fechamento com as inseparáveis We Will Rock You e We Are The Champions.
Só seria perda de tempo tentar ranquear qual a melhor performance: a dele? A do “oficial” Adam Lambert junto a Brian May e Roger Taylor? Ou a versãodo Queen Extravaganza com Alírio Netto, que, veja como são as coisas, ajudava a preparar o palco ao lado e vez por outra cantarolava alguma música? Os argentinos do Dios Salve A La Reina, que vira e mexe passa por São Paulo? OCandlelight, que tocará no Teatro Bradesco em 03/06? Ou o Queen Celebration de André Abreu,com data marcada para o Espaço Unimed em 25/06? Com tantas ofertas, quem ganha é o público!
Não há como negar que a Homenagem A Andre Matos estava cercada de muita curiosidade e expectativa, afinal de contas, originalmente tratava-se de um show do Shaman, dinamitado após o rompimento do acima mencionado Alírio e dos irmãos Mariutti com o baterista Ricardo Confessori… A solução encontrada para honrar o compromisso firmado foi chamar o Viper e membros do Angra para uma reunião, criando algo especial catapultado pela première no Waves Stage do episódio dois da série de quatro filmes sobre o saudoso Maestro do Rock.
Um leve atraso de oito minutos (sem querer polemizar, mas foi o mais longo nos palcos principais em dois dias) aumentou o nível de ansiedade, até o Viper mandar Under The Sun (sem querer polemizar – parte 2, qual a ligação entre o novo single e Andre?) e as belíssimas A CryFrom The Edge e Living For The Night.
Mudando a página para clássicos do Angra, Alírio, Rafael Bittencourt, Hugo Mariutti, Felipe Andreoli e Rodrigo Oliveira (do Korzus, no lugar de Ricardo) fizeram Lisbon e MakeBelieve. E já com o Shaman quase inteiro, sem Ricardo e com Rodrigo e Fabio Ribeiro nos teclados, mandaram TurnAway, For Tomorrow e Fairy Tale, esta com Alírio ao piano e um snippet do Who WantsTo Live Forever, do Queen.
Fechando a festa, Unfinhed Allegro foi a intro para CarryOn com line-up mantido, fora as adições de Rafael e ambos os Felipes. Para os fãs das três bandas com DNAs que se permutam, foi prato cheio,mas com sabor final agridoce em constatar a incerteza de quando tornaremos a ouvir as músicas do Shaman ao vivo novamente, se é que ouviremos…
Intuitivamente, o imaginário de uma máquina do tempo normalmente nos leva para o passado, bem como o conceito de “memória afetiva”, certo? Pois bem, este redator tinha: doze para treze anos no grandioso lançamento do auto-intitulado début do SkidRow; quatorze quando SlaveTo The Grind (91) arrebentou de vez a porteira rumo ao estrelato; e quinze à época do show dos caras no Hollywood Rock 92. Agora pense como foi estar frente a frente com Rachel Bolan, Scotti Hill e Dave Sabo trinta e um anos adiante… Num “piscar de olhos”, todos envelhecemos?
Isso quer dizer que o show foi ruim? De forma alguma, foi foda! E a reflexão acima, um mero choque de realidade… Com um vocalista novo, seis álbuns no catálogo e divulgando The Gang’sAllHere (22), já com Erik Grönwall no posto, seria seguro investir nas infalíveis I RememberYou, Wasted Time e Quicksand Jesus, não? Pois bem, do mais recente play, só Time Bomb e a faixa-título. Das baladas citadas, nenhuma e sim, no contexto de um festival, as surpreendentes The Threat e Livin’ On A Chain Gang.
E não deixa de ser irônico vê-los ainda arrematar a festa em YouthGone Wild, com grande parcela das pessoas no entorno beirando os cinqüenta (incluindo este escriba). Só não venha com papo de etarismo, tema a entrar em pauta até na contratação de Luxa pelo Corinthians dois diasdepois,pois o quinteto segue na ponta dos cascos, apenas com uma lufada de ar fresco (ou brisa de verão, com o perdão do trocadilho), muito em função da escolha certeira do ex-H.E.A.T., no vigor de seus trinta e cinco anos. Que voltem logo para uma data só deles!
Sepultura é Sepultura e jamais decepciona! Seja solo numa casa como a Audio, com ingresso mais acessível num Sesc ou em festival, é sempre muito bom vê-los ao vivo! Recusando-se a viver do passado, a banda brasileira de metal mais bem-sucedida no cenário internacional focou em Quadra (20), com cinco das doze do set, incluindo a estréia ao vivo de Ali, com participação de Bablyons P (nome artístico de Paulo Cyrino), produtor de dubstep e que gravou a faixa no full length.
Outra surpresa foi a manutenção da ótima Agony Of Defeat, especialmente para o formato limitante de uma hora. Além das mencionadas do play, também pegaram Isolation, MeansToAnEnd e GuardiansOf Earth, que, somadas a Kairos, do trabalho homônimo de 2011, fecharam metade do repertório com composições mais recentes. Em contrapartida, as clássicas Territory, Refuse/Resist, Arise, Ratamahatta e Roots Bloody Roots, eterna excelente saideira, seguem impactantes.
Antes de Propaganda, Andreas deu o ar da graça com uma dedicatória: “E aí, Summer Breeze? Caralho, mano! Memorial da América Latina! No meio da cidade de São Paulo, está fantástico ver isso aqui, está maravilhoso, metal unido, muitas bandas foda, muitas palestras foda! Muito salsichão aí para todo mundo, certo? Jean Patton, você é o cara e essa próxima vai para você! Sabe tocá-la? [risos] E a rodinha aí está beleza e tudo, mas está muito tímida aí, caralho! Summer Breeze, porra, São Paulo!”. Há novas apresentações marcadas por aqui? Algum Sesc se habilita?
Do metal nacional para um representante do que se convencionou chamar de New Wave Of American Heavy Metal, fenômeno que se expandiu até o início dos anos 2000 e que possivelmente tem noLamb Of God seu maior representante. Discorrer sobre o potencial letal ao vivo do grupo de “Richmond, motherfucking Virginia”, origem sempre carinhosamente enaltecida pelo vocalista RandyBlythe, é chover no molhado, ainda que, pela primeira vez no país, os caras tenham se apresentado sem os irmãos Adler – se Chris os deixou em 2019, Willie foi temporariamente substituído por Phil Demmel (Vio-lence e ex-Machine Head), que não deixou a peteca cair.
As obrigatórias Walk With Me In Hell, Now You’ve Got Something To Die For, LaidToRest e a saideira Redneck compuseram repertório equilibrado com as mais novas Memento Mori e Ressurection Man, de Lamb OfGod (20), e Ditch e Omens, ambas do homônimo Omens (22).Evidentemente, o frontman segue sabendo conduzir a massa como poucos e é um animal à solta, sem querer aludir ao episódio por ele vivido em Praga, embora a experiência certamente tenha papel preponderante em sua performance. Enfim, ele dá lá seus magníficos pulos (perfeitos para os fotógrafos!) e não escondeu o duro momento vivido em 2012, conforme expressado ao anunciar a antepenúltima, com direito a uma sincera dedicatória:
“Bem, estão se divertindo até agora? Sensacional! Muito obrigado por estarem aqui, significa muito para nós. Façam barulho para si mesmos por terem vindo e por nos receber de volta em seu lindo país, o Brasil. Também preciso que façam barulho para todas as outras bandas que tocaram e tocarão neste festival no final de semana! Temos muitos amigos aqui: Kreator, Testament, Parkway Drive, Bruce Dickinson, mas há uma banda para a qual preciso que vocês façam barulho.Eles tocaram bem antes de nós, então os ouvimos deste palco, são lendas de bem aqui, do Brasil… Façam barulho para o poderoso Sepultura! Esta próxima vai para eles, pois vocês os vêm escutando desde antes que fôssemos uma banda! Ela é sobre um lugar de merda no qual passei um tempo, seu título contém números e eles são 512”.
Sabe o que falta? Uma apresentação só deles por aqui, pois as vindas mais recentes incluíram festivais como o Rock In Rio 2015 e o Liberation Festival 2017 (com Test, HeavenShallBurn, Carcass e King Diamond), embora esta turnê tenha gerado um show como headliner no maravilhoso Circo Voador, no Rio de Janeiro. Set completo deles em São Paulo, o mais próximo foi em março/12 na então A Seringueira, hoje Audio Club – ou seja, há mais de uma década. Tê-los em festivais é melhor que não vê-los, mas é muita espera para uma data de repertório inteiro…
O que dizer sobre o Stone Temple Pilots que ainda não tenha sido dito? Scott Weiland faz falta? Para sempre!ChesterBennington deu importante contribuição? Sim e infelizmente não pudemos vê-lo nos vocais por aqui. Mas sendo super sincero, Jeff Gutt vem dando conta do recado de maneira impecável e já havíamos conferido seu potencial no ex-Credicard Hall (hoje Vibra São Paulo) em fevereiro/19, tocando após o Bush.Se, para alguns, sua escalação para fechar o Ice Stage foi estranha por não serem “do metal”, quem aprecia o quarteto adorou o fato de terem noventa minutos à disposição e, confiando nas informações do Setlis.fm, o que foi mostrado em São Paulo foram os mesmos dezesseis petardos de dois dias antes no Rio de Janeiro, com VelvetChains e The Winery Dogs.
Se a decisão do que colocar num setlist e pensar em como distribuir as escolhas é uma arte, pode-se garantir que os caras foram cirúrgicos, pois dos três full lengths mais atuais, dois dos quais já com Jeff, só tocaram Meadow, de Stone TemplePilots (18). No mais, mandaram ver nos clássicos Core (92) e Purple (94), de onde retiraram doze hinos! Jogo ganho eapontar as melhores seria tarefa ingrata… A obrigatória Plush? A linda Interstate Love Song? As não menos interessantes Wicked Garden, Crackerman, Dead&Bloated e Sex TypeThing (todas do mencionado e atemporal Core)?Até as não tão óbvias SilvergunSuperman, Big Empty, Sin e PieceOf Pie soaram maravilhosas, bem com Still Remains, favorita deste que vos escreve. Amigosdestacaram a ausência de Creep, mas ela não seria uma quebra de clima?
E quer a prova cabal do alto desempenho? A hora (e meia)voou, mas houve tempo e espaço para: chuva de palhetas logo de cara em Wicked Garden, perto do excelente Robert DeLeo (se você ainda não ouviu LessonsLearned, sua estréia solo de 2022, faça-o agora!); idas do vocalista até a grade em Down e Trippin’ On A Hole In A Paper Heart, fora a doação de seus óculos escuros a um(a) afortunado(a) na primeira fila ao final de Sin – com a nítida sensação de ela soar mais pesada do que em estúdio, aliás; dedicatória por parte de Jeff a Scott antes de Still Remains; e maravilhosos trechos incidentais de música, ou mini jams, funcionando como intro para Big Empty e Dead&Bloated.
Em suma, um puta show!
Blind Guardian e Brasil vivem caso de amor à distância desde a estréia dos alemães por aqui no extinto Olympia em agosto/98, turnê que rendeu outras quatro datas, uma das quais parcialmente acústica numa casa chamada Cia. Do Brasil na Bela Vista e marcada com os caras já por aqui, tamanha a febre da procura por ingressos!Passados vinte e cinco anos e com os ensandecidos fãs urrando “Guar-dian! Guar-dian!” e cantando “Olê, olê, olê, olê! Guar-dian! Guar-dian”, HansiKürsch era só alegria ao término da espetacular ImaginationsFrom The OtherSide:
“Tudo bem, São Paulo? Consideramos isso boas-vindas muito calorosas. É uma grande honra para nós estarmos aqui no primeiro Summer Breeze Brasil.É um prazer ver seus rostos felizes e um prazer ainda maior ouvir suas vozes monstruosas. Tenho certeza de que me deixarão desempregado pela maior parte da noite e agradeço por isso. Algumas pessoas já estão gritando que me amam e é óbvio que amamos o Brasil, sem dúvida alguma, e adoramos São Paulo. E não preciso lhes dizer, mas ficamos longe por tempo demais. Isso não vai acontecer novamente, nunca mais! Voltaremos constantemente a cada ano de agora em diante”.
Foi hilário ver seus companheiros, incrédulos, encarando-o com ares de: “E como vamos manter essa promessa?”.Nem aí, Hansi retomou: “Bem, São Paulo, tenho que dizer uma coisa: vocês fazem nossa missão ainda mais complicada. Nossa missão é tocar quantas músicas for possível e, com a quantidade de tempo dado a nós, vou me forçar para manter minhas introduções bem curtas, pelo menos por ora. Esta será bem curta: bem-vindos ao show e sejam bem-vindos a… Vocês levamisso muito a sério: sejam bem-vindos a… WelcomeToDying”, seguida de Nightfall e Time Stands Still (At The Iron Hill). Ao concluíremTime WhatIs Time, a revelação:
“Começamos na Alemanha no ano passado por causa do trigésimo aniversário de SomewhereFarBeyond e, na verdade, paramos de tocá-lo em dezembro último, mas muitas pessoas de São Paulo nos contataram perguntando se estaríamos dispostosa tocar o álbum na íntegra aqui também. E adivinhem?Tentamos manter isso como um segredo, mas estamos prontos para revelar: vocês terão toda a beleza de SomewhereFarBeyond. Ele ainda é vibrante, mas não mais tão jovem, foi uma terrível jornada de espera, mas acima de tudo, tem sido uma jornada através da… Captaram?”. Sim, JourneyThrough The Dark! Resumindo, a barca seguiu nessa toada até The Bard’s Song – In The Forest, um show à parte, como sempre: acústica, platéia em uníssono, sorrisos, lágrimas…
Sua continuação plugada, não menos empolgante veio emendada, tudo permaneceu a contento até a faixa-título e a pergunta passava a ser: “O que farão agora?”. Pois bem, LordOf The Rings, e as três seguintes foram amostras únicas de seus respectivos discos:ViolentShadows, deThe GodMachine (22); Majesty, de BattalionsOfFear (88); e Valhalla, de Follow The Blind (89) – esta já a primeira do encore. A derradeira? MirrorMirror, cravando uma hora e cinqüenta e seis minutos do mais autênticopower metal alemão, entretenimento puro, especialmente para quem os acompanha de longa data! Agora, será que Hansi e companhia manterão a palavra para 2024?
SUN STAGE
Uma das opções dos palcos principais (Hot e Ice Stages), foi o Sun Stage que trouxe atrações interessantes e via de regra “menos concorridas” se bem que cabe dizer que muitas vezes este palco proporcionou shows mais legais que os palcos ditos principais
Nesse 1º dia o ponta pé inicial foi dado pelo Brutal Brega, projeto do João Gordo (RDP) que conta com Val Santos na guitarra e Guilherme Martin – bateria (Viper / Toyshop), o show atraiu bom publico logo as 11:30 s da manha e ao som de clássicos do brega nacional fez um show divertido e com boas versões de: “Doces Beijos” (Menudo), “Sandra Rosa Madalena” (Sidney Magal) e Fuscão Preto (Almir Rogério)
Com um volume considerável de fãs, o Crypta foi uma das bandas que mereciam o palco principal, recém chegadas de uma turnê nos EUA, o quarteto liderado por Fernanda Lira fez um show avassalador e com setlist baseado em seu 1ºtrabalho, o grupo já concluiu a gravação de seu segundo álbum porém não apresentaram nenhuma nova canção ao publico.
O destaque do show além do carisma e técnica das meninas foram musicas como : Kali, Starvartion e From the Ashes que deu ponto final a uma apresentação irretocável e ovacionada pelos fãs que lotaram a área do Sun Stage.
Outro show que contou com um bom volume de público foi o dos alemães do Lord of the Lost, banda denominada de “metal gótico “e que fez uma apresentação bem enérgica e vigorosa, destaque para a presença de palco do baixista: Class Grenayde e do vocalista Chris Harms, o grupo está na ativa desde 2010 e possui 11 álbuns lançados, sendo “Blood & Glitter o último de 2022 e contou com 4 músicas nesta apresentação: Blood & Glitter, Leave Your Hate in the Comments, Reset the Preset e The Future of a Past Life.
Com o publico animado a banda fez um show competente e uma boa estréia em terras brasilis, para encerrar com boa impressão o hit La Bomba do album de 2014 “From the Flame Into the Fire
O duo Perturbator, projeto capitaneado pelo fracês James Kent trouxe seu synthwave nada convencional ao Sun Stage, confesso que a primeira vista o som é meio indigesto, exceto para os fiéis fãs que foram para assistir essa apresentação, a banda conta apenas com James (sintetizador/ guitarra) e um baterista, o que confere agressividade na performance , mas fica claro que a proposta do Pertubator é a de causar incomodo e esse show cai melhor em lugares fechados, tanto é que outras 2 apresentações foram agendadas para a Audio Club aonde abriram os sideshows do Evergrey e do Vixen
Os destaques desse show ficaram para : Excess, Dethroned Under a Funeral Haze e Tainted Empire
Accept
Infelizmente o show ocorreu no mesmo horário do Stone Temple Pilots e não tivemos como cobrir este show.
Summer Breeze Open Air – Setlists Hot/Ice Stages – Memorial Da América Latina – 29/04/23
Voodoo Kiss – 50’
Programado: 11:00 – 11:55 / Real: 11:00 – 11:50
Gerrit Mutz e Stefanie Stuber (vocais), Marin Beuther (guitarra), Klaus Wieland (baixo) e Achim Ostertag (bateria)
01) The Beauty And The Beast
02) The Killer
03) Nice Guys
04) Spellbound By Her Eyes
05) The Prisoner
06) Bat An Eye
07) The Eagle In The Sky
08) Feel The Curse Of The Voodoo Kiss
09) No Time
10) Dr. Evil
11) Angel Demon
12) Thousand Steps Of Goodbye
Benediction – 57’
Programado: 12:00 – 13:00 / Real: 11:59 – 12:56
Dave Ingram (vocal), Peter Rewinsky e Darren Brookes (guitarras), Nik Sampson (baixo) e Giovanni Durst (bateria)
Intro: Echolalia [Dead Can Dance]
01) Divine Ultimatum
02) Scriptures In Scarlet
03) Vision In The Shroud
04) Unfound Mortality
05) Nightfear
06) I Bow To None
07) Progenitors Of A New Paradigm
08) The Grotesque
09) Foetus Noose
10) Jumping At Shadows
11) Subconscious Terror
12) Stormcrow
13) Magnificat
Marc Martel – 59’
Programado: 13:05 – 14:05 / Real: 13:01 – 14:00
Marc Martel (vocal),Tristan Avakian (guitarra), Mike Cohen (baixo), Brandon Ethridge (teclados) e Oskar Häggdahl (bateria) – os nomes dos músicos de apoio foram obtidos graças à ajuda do jornalista Igor Miranda
Intro: Baba O’Riley [The Who]
01) Tie Your Mother Down
02) Hammer To Fall
03) Under Pressure
04) I Want To Break Free
05) Bohemian Rhapsody
06) Crazy Little Thing Called Love
07) Another One Bites The Dust
08) Stone Cold Crazy
09) Don’t Stop Me Now
10) Radio Ga Ga
11) Somebody To Love
12) We Will Rock You
13) We Are The Champions
Homenagem A André Matos – 64’
Programado: 14:10 – 15:10 / Real: 14:18 – 15:22
Viper: Leandro Caçoilo (vocal), Felipe Machado e Kiko Shred (guitarras), Pit Passarell (baixo) e Guilherme Martin (bateria) / Além dos ex-Shaman Alírio Netto (vocal), Hugo Mariutti (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Fabio Ribeiro (teclados); Rodrigo Oliveira(bateria), substituindo Ricardo Confessori; e os membros do Angra Felipe Andreoli (baixo) e Rafael Bittencourt (guitarra)
Intro: Immortal Choir [Secession Studios & Greg Dombrowski]
01) Under The Sun [Viper]
02) A Cry From The Edge [Viper]
03) Living For The Night [Viper]
04) Lisbon [Angra]
05) Make Believe [Angra]
06) Turn Away [Shaman]
07) For Tomorrow [Shaman]
08) Fairy Tale [Shaman] [Com Snippet De Who Wants To Live Forever, do Queen]
Intro: Unfinished Allegro [Angra]
09) Carry On [Angra]
Skid Row – 57’
Programado: 15:15 – 16:15 / Real: 15:22 – 16:19
Erik Grönwall (vocal), Dave “The Snake” Sabo e Scotti Hill (guitarras), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria)
Intro: Blitzkrieg Bop [Ramones]
01) Slave To The Grind
02) The Threat
03) Big Guns
04) 18 And Life
05) Riot Act
06) Piece Of Me
07) Livin’ On A Chain Gang
08) Time Bomb
09) Monkey Business
10) In A Darkened Room
11) The Gang’s All Here
12) Youth Gone Wild
Sepultura – 60’
Programado: 16:20 – 17:20 / Real: 16:19 – 17:19
Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria)
Intro: Polícia [Titãs]
01) Isolation
02) Territory
03) Means To An End
04) Kairos
05) Propaganda
06) Guardians Of Earth
07) Ali [Com Babylons P]
08) Agony Of Defeat
09) Refuse/Resist
10) Arise
11) Ratamahatta
12) Roots Bloody Roots
Lamb Of God – 60’
Programado: 17:25 – 18:25 / Real: 17:24 – 18:24
Randy Blythe (vocal), Mark Morton e Phil Demmel (guitarras), John Campbell (baixo) e Art Cruz (bateria)
01) Memento Mori
02) Ruin
03) Walk With Me In Hell
04) Ressurection Man
05) Ditch
06) Now You’ve Got Something To Die For
07) Contractor
08) Omerta
09) Omens
10) 512
11) Laid To Rest
12) Redneck
Stone Temple Pilots – 1h23’
Programado: 18:30 – 20:00 / Real: 18:29 – 19:52
Jeff Gutt (vocal), Dean DeLeo (guitarra), Robert DeLeo (baixo) e Eric Kretz (bateria)
Intro: La Posada No. 1/The First Tavern [Ennio Morricone]
01) Wicked Garden
02) Vasoline
03) Big Bang Baby
04) Down
05) Meadow
06) Silvergun Superman
07) Still Remains
08) Big Empty
09) Plush
10) Interstate Love Song
11) Sin
12) Crackerman
13) Dead & Bloated
14) Trippin’ On A Hole In A Paper Heart
Encore
15) Piece Of Pie
16) Sex Type Thing
Blind Guardian – 1h57’
Programado: 20:05 – 21:50 / Real: 20:02 – 21:59
Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras), Johan Van Stratum (baixo), Michael Schüren (teclados) e Frederik Ehmke (bateria)
01) Imaginations From The Other Side
02) Welcome To Dying
03) Nightfall
04) Time Stands Still (At The Iron Hill)
Somewhere Far Beyond
05) Time What Is Time
06) Journey Through The Dark
07) Black Chamber
08) Theatre Of Pain
09) The Quest For Tanelorn
10) Ashes To Ashes
11) The Bard’s Song – In The Forest
12) The Bard’s Song –The Hobbit
13) The Piper’s Calling
14) Somewhere Far Beyond
—
15) Lord Of The Rings
16) Violent Shadows
17) Majesty
Encore
18) Valhalla
19) Mirror Mirror
CONFIRA ABAIXO A GALERIA DE FOTOS DESSE SHOW