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Summer Breeze Open Air – Hot/Ice / Sun Stages – Memorial Da América Latina – 29/04/23
Postado em 07 de maio de 2023 @ 21:48


Texto: Vagner Mastropaulo / Flavio Santiago

Fotos: Flavio Santiago

Anote aí! O Summer Breeze Open Air veio para ficar!

Uma semana após o sétimo Monsters Of Rock em São Paulo, a primeira edição do Summer Breeze fora da Alemanha chegou à cidade e, pelo visto, daqui não partirá tão cedo… Se o evento no Estádio do Palmeiras, até pelo nome, apostou em artistas estabelecidos (para se ter noção, o Symphony X, banda mais “novinha” do line-up, tem quase trinta anos de estrada!), a aposta no Memorial da América Latina foi para o caminho da renovação, a ponto de o headliner do segundo dia no Hot Stage ser o Parkway Drive –opção um tanto questionável, haja vista sequer terem utilizado os cento e cinco minutos a que tinham direito, concluindo o set em setenta e cinco…

A novidade residiu em shows concomitantes e há quem possa afirmar: “Mas no Lollapalooza já é assim há anos!”. Fato, mas de metal ali, de vez em quando pinçamos um Volbeat ou Bring Me The Horizon, “perdidos” num entardecer, respectivamente em 2018 e 2019, ou o Metallica, atração principal numa noite de 2017 – e em nenhum dos casos doeu no coração do headbanger ter de abrir mão de coisa alguma para vê-los… Sendo assim, ainda que em estilos variados e em expediente padrão em Hellfests, Graspops ou Wackens da vida, foi inédito ter que escolher entre, por exemplo: o final do SkidRow e o começo do Sepultura ou a palestra de Bruce Dickinson; Stone TemplePilots ou Accept; Avantasia ou Napalm Death; e os citados australianos do Parkway Drive ou Stratovarius.

 

O Voodoo Kiss abriu os trabalhos enquanto a maioria das pessoas ainda se localizava, tentando entender a logística geral: como acessar o Sun Stage, caso necessário? Onde estavam os banheiros? Para a galera com o Summer LoungeCard ou Summer LoungePass, onde pegar bebida gelada e comida? E, para este repórter, onde ficava a Sala de Imprensa? Dando azar de seu nome não constarno sistema, até descobrirmos que ele se encontrava numa boa e velha lista de papel sulfite, perdemos o comecinho de The BeautyAnd The Beast, mas nos certificamos de conferir o horário e pudemos ouvi-los pisar no palco pontualmente às 11 da matina!

Com apenas um álbum lançado, o auto-intituladoVoodoo Kiss (22), conforme o vocalista GerritMutz ia apresentando as faixas de um “rock ‘n’ roll sujo e cru”, palavras dele, notamos um padrão: o play foi tocado por inteiro e na ordem de estúdio, com inserções de inéditas do próximo full length, programado para 2024: SpellboundByHerEyes, após as três primeiras; Feel The Curse Of The Voodoo Kiss, depois de outra trinca; e Dr. Evil e Angel Demon, entre No Time e a saideira Thousand StepsOfGoodbye, definitivamente a mais divertida do repertório – brasileiro adora um coro, vai?

Na prática, conforme descrito no próprio release online do evento: “Devido à falta de oportunidade no agendamento de shows para a banda Voodoo Kiss, o baterista AchimOstertag criou o Summer Breeze Festival, em Abtsgmünd” – uma espécie de Perry Farrell desconhecido, já que citamos o Lolla. E se a banda do criador do festivalganhou a platéia no entusiasmo, não podemos deixar de destacar a presença da carismática co-vocalista StefanieStuber. Agora é esperar pelo disco do ano que vem!

 

Sofrendo com o irônico calor no Ice Stage, Dave Ingram, vocalista doBenediction, chegou a olhar torto para sol a pino do meio-diapor duas vezes – esforço em vão… E quem ousou encarar o clima quente a fim de prestigiar os ingleses saiu satisfeito, com consideráveis chances de ter pego alguma palheta arremessada pelo simpático baixista NikSampson, especialmente ao encerrar o set de quase uma hora repleto de pedradas viscerais da ex-banda de Mark “Barney” Greenway, que, por coincidência, se apresentaria com o Napalm Death no Sun Stageno dia seguinte. Depois de Echolalia, uma inusitada intro do DeadCan Dance, o pau passou a comerjá emDivine Ultimatum, do début Subconscious Terror (90).

Entre Scriptures In Scarlet, do mais recente Scriptures (20), e Vision In The Shroud, de The Grand Leveller (91), o frontman se saiu bem: “Bem, nós estamos bebendo cerveja no café da manhã! E vocês?”.Destacando os trinta anos de Transcend The Rubicon (93), fizeram UnfoundMortality, Nightfear e I BowToNone, para a alegria dos fãs mais antigos, que acordaram cedo e apoiaram o quinteto durante todo o set em que se adotou estratégia bastante inteligente para quem não os conhecia: informar os títulos de todas as faixas, obviamente exceto pela primeira.

Resgataram até material deEPs: The Grotesque, de The Grotesque – AshenEpitaph (94); e FoetusNoose, deDarkIs The Season (92) – sem ignorar composições mais frescas como ProgenitorsOf A New Paradigm e Stormcrow. O último prego no caixão? Magnificat. E considerando que a passagem anterior por aqui havia sido em dezembro/15, será que demoram a regressar?

 

De um extremo a outro, rumamos do death metal autoral europeu para uma série de covers feitas por um artista cristão canadense: Marc Martel e seu The World’sMostSpectacular Queen Tribute Show – One Vision Of Queen. Sendo sincero, não tinha como dar errado e ele cumpriu seu papel à risca ao enfileirar clássicos, por vezes ao piano, como em BohemianRhapsody (descrita por Marc como a favorita) e SomebodyTo Love, e ocasionalmente ao violão, como emCrazy Little ThingCalled Love.

Fisicamente, seu rosto vagamente lembra o de Freddie Mercury, ainda mais somando-se a persona desenvolvida, trejeitos e até o corte de cabelo. Porém, com a inigualável voz do saudoso e possível melhor frontman de todos os tempos, fica difícil competir, ainda que o resultado tenha sido bastante satisfatório.Houve até o cuidado em homenagear outro falecido inglês famoso em sua camiseta: George Michael. Demais pontos altos? UnderPressure, a eternamente divertida I WantTo Break Free e o fechamento com as inseparáveis We Will Rock You e We Are The Champions.

Só seria perda de tempo tentar ranquear qual a melhor performance: a dele? A do “oficial” Adam Lambert junto a Brian May e Roger Taylor? Ou a versãodo Queen Extravaganza com Alírio Netto, que, veja como são as coisas, ajudava a preparar o palco ao lado e vez por outra cantarolava alguma música? Os argentinos do Dios Salve A La Reina, que vira e mexe passa por São Paulo? OCandlelight, que tocará no Teatro Bradesco em 03/06? Ou o Queen Celebration de André Abreu,com data marcada para o Espaço Unimed em 25/06? Com tantas ofertas, quem ganha é o público!

 

Não há como negar que a Homenagem A Andre Matos estava cercada de muita curiosidade e expectativa, afinal de contas, originalmente tratava-se de um show do Shaman, dinamitado após o rompimento do acima mencionado Alírio e dos irmãos Mariutti com o baterista Ricardo Confessori… A solução encontrada para honrar o compromisso firmado foi chamar o Viper e membros do Angra para uma reunião, criando algo especial catapultado pela première no Waves Stage do episódio dois da série de quatro filmes sobre o saudoso Maestro do Rock.

Um leve atraso de oito minutos (sem querer polemizar, mas foi o mais longo nos palcos principais em dois dias) aumentou o nível de ansiedade, até o Viper mandar Under The Sun (sem querer polemizar – parte 2, qual a ligação entre o novo single e Andre?) e as belíssimas A CryFrom The Edge e Living For The Night.

Mudando a página para clássicos do Angra, Alírio, Rafael Bittencourt, Hugo Mariutti, Felipe Andreoli e Rodrigo Oliveira (do Korzus, no lugar de Ricardo) fizeram Lisbon e MakeBelieve. E já com o Shaman quase inteiro, sem Ricardo e com Rodrigo e Fabio Ribeiro nos teclados, mandaram TurnAway, For Tomorrow e Fairy Tale, esta com Alírio ao piano e um snippet do Who WantsTo Live Forever, do Queen.

Fechando a festa, Unfinhed Allegro foi a intro para CarryOn com line-up mantido, fora as adições de Rafael e ambos os Felipes. Para os fãs das três bandas com DNAs que se permutam, foi prato cheio,mas com sabor final agridoce em constatar a incerteza de quando tornaremos a ouvir as músicas do Shaman ao vivo novamente, se é que ouviremos…

Intuitivamente, o imaginário de uma máquina do tempo normalmente nos leva para o passado, bem como o conceito de “memória afetiva”, certo? Pois bem, este redator tinha: doze para treze anos no grandioso lançamento do auto-intitulado début do SkidRow; quatorze quando SlaveTo The Grind (91) arrebentou de vez a porteira rumo ao estrelato; e quinze à época do show dos caras no Hollywood Rock 92. Agora pense como foi estar frente a frente com Rachel Bolan, Scotti Hill e Dave Sabo trinta e um anos adiante… Num “piscar de olhos”, todos envelhecemos?

Isso quer dizer que o show foi ruim? De forma alguma, foi foda! E a reflexão acima, um mero choque de realidade… Com um vocalista novo, seis álbuns no catálogo e divulgando The Gang’sAllHere (22), já com Erik Grönwall no posto, seria seguro investir nas infalíveis I RememberYou, Wasted Time e Quicksand Jesus, não? Pois bem, do mais recente play, só Time Bomb e a faixa-título. Das baladas citadas, nenhuma e sim, no contexto de um festival, as surpreendentes The Threat e Livin’ On A Chain Gang.

E não deixa de ser irônico vê-los ainda arrematar a festa em YouthGone Wild, com grande parcela das pessoas no entorno beirando os cinqüenta (incluindo este escriba). Só não venha com papo de etarismo, tema a entrar em pauta até na contratação de Luxa pelo Corinthians dois diasdepois,pois o quinteto segue na ponta dos cascos, apenas com uma lufada de ar fresco (ou brisa de verão, com o perdão do trocadilho), muito em função da escolha certeira do ex-H.E.A.T., no vigor de seus trinta e cinco anos. Que voltem logo para uma data só deles!

Sepultura é Sepultura e jamais decepciona! Seja solo numa casa como a Audio, com ingresso mais acessível num Sesc ou em festival, é sempre muito bom vê-los ao vivo! Recusando-se a viver do passado, a banda brasileira de metal mais bem-sucedida no cenário internacional focou em Quadra (20), com cinco das doze do set, incluindo a estréia ao vivo de Ali, com participação de Bablyons P (nome artístico de Paulo Cyrino), produtor de dubstep e que gravou a faixa no full length.

Outra surpresa foi a manutenção da ótima Agony Of Defeat, especialmente para o formato limitante de uma hora. Além das mencionadas do play, também pegaram Isolation, MeansToAnEnd e GuardiansOf Earth, que, somadas a Kairos, do trabalho homônimo de 2011, fecharam metade do repertório com composições mais recentes. Em contrapartida, as clássicas Territory, Refuse/Resist, Arise, Ratamahatta e Roots Bloody Roots, eterna excelente saideira, seguem impactantes.

Antes de Propaganda, Andreas deu o ar da graça com uma dedicatória: “E aí, Summer Breeze? Caralho, mano! Memorial da América Latina! No meio da cidade de São Paulo, está fantástico ver isso aqui, está maravilhoso, metal unido, muitas bandas foda, muitas palestras foda! Muito salsichão aí para todo mundo, certo? Jean Patton, você é o cara e essa próxima vai para você! Sabe tocá-la? [risos] E a rodinha aí está beleza e tudo, mas está muito tímida aí, caralho! Summer Breeze, porra, São Paulo!”. Há novas apresentações marcadas por aqui? Algum Sesc se habilita?

Do metal nacional para um representante do que se convencionou chamar de New Wave Of American Heavy Metal, fenômeno que se expandiu até o início dos anos 2000 e que possivelmente tem noLamb Of God seu maior representante. Discorrer sobre o potencial letal ao vivo do grupo de “Richmond, motherfucking Virginia”, origem sempre carinhosamente enaltecida pelo vocalista RandyBlythe, é chover no molhado, ainda que, pela primeira vez no país, os caras tenham se apresentado sem os irmãos Adler – se Chris os deixou em 2019, Willie foi temporariamente substituído por Phil Demmel (Vio-lence e ex-Machine Head), que não deixou a peteca cair.

As obrigatórias Walk With Me In Hell, Now You’ve Got Something To Die For, LaidToRest e a saideira Redneck compuseram repertório equilibrado com as mais novas Memento Mori e Ressurection Man, de Lamb OfGod (20), e Ditch e Omens, ambas do homônimo Omens (22).Evidentemente, o frontman segue sabendo conduzir a massa como poucos e é um animal à solta, sem querer aludir ao episódio por ele vivido em Praga, embora a experiência certamente tenha papel preponderante em sua performance. Enfim, ele dá lá seus magníficos pulos (perfeitos para os fotógrafos!) e não escondeu o duro momento vivido em 2012, conforme expressado ao anunciar a antepenúltima, com direito a uma sincera dedicatória:

“Bem, estão se divertindo até agora? Sensacional! Muito obrigado por estarem aqui, significa muito para nós. Façam barulho para si mesmos por terem vindo e por nos receber de volta em seu lindo país, o Brasil. Também preciso que façam barulho para todas as outras bandas que tocaram e tocarão neste festival no final de semana! Temos muitos amigos aqui: Kreator, Testament, Parkway Drive, Bruce Dickinson, mas há uma banda para a qual preciso que vocês façam barulho.Eles tocaram bem antes de nós, então os ouvimos deste palco, são lendas de bem aqui, do Brasil… Façam barulho para o poderoso Sepultura! Esta próxima vai para eles, pois vocês os vêm escutando desde antes que fôssemos uma banda! Ela é sobre um lugar de merda no qual passei um tempo, seu título contém números e eles são 512”.

Sabe o que falta? Uma apresentação só deles por aqui, pois as vindas mais recentes incluíram festivais como o Rock In Rio 2015 e o Liberation Festival 2017 (com Test, HeavenShallBurn, Carcass e King Diamond), embora esta turnê tenha gerado um show como headliner no maravilhoso Circo Voador, no Rio de Janeiro. Set completo deles em São Paulo, o mais próximo foi em março/12 na então A Seringueira, hoje Audio Club – ou seja, há mais de uma década. Tê-los em festivais é melhor que não vê-los, mas é muita espera para uma data de repertório inteiro…

 

O que dizer sobre o Stone Temple Pilots que ainda não tenha sido dito? Scott Weiland faz falta? Para sempre!ChesterBennington deu importante contribuição? Sim e infelizmente não pudemos vê-lo nos vocais por aqui. Mas sendo super sincero, Jeff Gutt vem dando conta do recado de maneira impecável e já havíamos conferido seu potencial no ex-Credicard Hall (hoje Vibra São Paulo) em fevereiro/19, tocando após o Bush.Se, para alguns, sua escalação para fechar o Ice Stage foi estranha por não serem “do metal”, quem aprecia o quarteto adorou o fato de terem noventa minutos à disposição e, confiando nas informações do Setlis.fm, o que foi mostrado em São Paulo foram os mesmos dezesseis petardos de dois dias antes no Rio de Janeiro, com VelvetChains e The Winery Dogs.

Se a decisão do que colocar num setlist e pensar em como distribuir as escolhas é uma arte, pode-se garantir que os caras foram cirúrgicos, pois dos três full lengths mais atuais, dois dos quais já com Jeff, só tocaram Meadow, de Stone TemplePilots (18). No mais, mandaram ver nos clássicos Core (92) e Purple (94), de onde retiraram doze hinos! Jogo ganho eapontar as melhores seria tarefa ingrata… A obrigatória Plush? A linda Interstate Love Song? As não menos interessantes Wicked Garden, Crackerman, Dead&Bloated e Sex TypeThing (todas do mencionado e atemporal Core)?Até as não tão óbvias SilvergunSuperman, Big Empty, Sin e PieceOf Pie soaram maravilhosas, bem com Still Remains, favorita deste que vos escreve. Amigosdestacaram a ausência de Creep, mas ela não seria uma quebra de clima?

E quer a prova cabal do alto desempenho? A hora (e meia)voou, mas houve tempo e espaço para: chuva de palhetas logo de cara em Wicked Garden, perto do excelente Robert DeLeo (se você ainda não ouviu LessonsLearned, sua estréia solo de 2022, faça-o agora!); idas do vocalista até a grade em Down e Trippin’ On A Hole In A Paper Heart, fora a doação de seus óculos escuros a um(a) afortunado(a) na primeira fila ao final de Sin – com a nítida sensação de ela soar mais pesada do que em estúdio, aliás; dedicatória por parte de Jeff a Scott antes de Still Remains; e maravilhosos trechos incidentais de música, ou mini jams, funcionando como intro para Big Empty e Dead&Bloated.

Em suma, um puta show!

 

Blind Guardian e Brasil vivem caso de amor à distância desde a estréia dos alemães por aqui no extinto Olympia em agosto/98, turnê que rendeu outras quatro datas, uma das quais parcialmente acústica numa casa chamada Cia. Do Brasil na Bela Vista e marcada com os caras já por aqui, tamanha a febre da procura por ingressos!Passados vinte e cinco anos e com os ensandecidos fãs urrando “Guar-dian! Guar-dian!” e cantando “Olê, olê, olê, olê! Guar-dian! Guar-dian”, HansiKürsch era só alegria ao término da espetacular ImaginationsFrom The OtherSide:

“Tudo bem, São Paulo? Consideramos isso boas-vindas muito calorosas. É uma grande honra para nós estarmos aqui no primeiro Summer Breeze Brasil.É um prazer ver seus rostos felizes e um prazer ainda maior ouvir suas vozes monstruosas. Tenho certeza de que me deixarão desempregado pela maior parte da noite e agradeço por isso. Algumas pessoas já estão gritando que me amam e é óbvio que amamos o Brasil, sem dúvida alguma, e adoramos São Paulo. E não preciso lhes dizer, mas ficamos longe por tempo demais. Isso não vai acontecer novamente, nunca mais! Voltaremos constantemente a cada ano de agora em diante”.

Foi hilário ver seus companheiros, incrédulos, encarando-o com ares de: “E como vamos manter essa promessa?”.Nem aí, Hansi retomou: “Bem, São Paulo, tenho que dizer uma coisa: vocês fazem nossa missão ainda mais complicada. Nossa missão é tocar quantas músicas for possível e, com a quantidade de tempo dado a nós, vou me forçar para manter minhas introduções bem curtas, pelo menos por ora. Esta será bem curta: bem-vindos ao show e sejam bem-vindos a… Vocês levamisso muito a sério: sejam bem-vindos a… WelcomeToDying”, seguida de Nightfall e Time Stands Still (At The Iron Hill). Ao concluíremTime WhatIs Time, a revelação:

“Começamos na Alemanha no ano passado por causa do trigésimo aniversário de SomewhereFarBeyond e, na verdade, paramos de tocá-lo em dezembro último, mas muitas pessoas de São Paulo nos contataram perguntando se estaríamos dispostosa tocar o álbum na íntegra aqui também. E adivinhem?Tentamos manter isso como um segredo, mas estamos prontos para revelar: vocês terão toda a beleza de SomewhereFarBeyond. Ele ainda é vibrante, mas não mais tão jovem, foi uma terrível jornada de espera, mas acima de tudo, tem sido uma jornada através da… Captaram?”. Sim, JourneyThrough The Dark! Resumindo, a barca seguiu nessa toada até The Bard’s Song – In The Forest, um show à parte, como sempre: acústica, platéia em uníssono, sorrisos, lágrimas…

Sua continuação plugada, não menos empolgante veio emendada, tudo permaneceu a contento até a faixa-título e a pergunta passava a ser: “O que farão agora?”. Pois bem, LordOf The Rings, e as três seguintes foram amostras únicas de seus respectivos discos:ViolentShadows, deThe GodMachine (22); Majesty, de BattalionsOfFear (88); e Valhalla, de Follow The Blind (89) – esta já a primeira do encore. A derradeira? MirrorMirror, cravando uma hora e cinqüenta e seis minutos do mais autênticopower metal alemão, entretenimento puro, especialmente para quem os acompanha de longa data! Agora, será que Hansi e companhia manterão a palavra para 2024?

SUN STAGE

Uma das opções dos palcos principais (Hot e Ice Stages), foi o Sun Stage que trouxe atrações interessantes e via de regra “menos concorridas” se bem que cabe dizer que muitas vezes este palco proporcionou shows mais legais que os palcos ditos principais

Nesse 1º dia o ponta pé inicial foi dado pelo Brutal Brega, projeto do João Gordo (RDP) que conta com Val Santos na  guitarra e Guilherme Martin – bateria (Viper / Toyshop), o show atraiu bom publico logo as 11:30 s da manha e ao som de clássicos do brega nacional fez um show divertido e com boas versões de: “Doces Beijos” (Menudo), “Sandra Rosa Madalena” (Sidney Magal) e Fuscão Preto (Almir Rogério)

Com um volume considerável de fãs, o Crypta foi uma das bandas que mereciam o palco principal, recém chegadas de uma turnê nos EUA, o quarteto liderado por Fernanda Lira fez um show avassalador e com setlist baseado em seu 1ºtrabalho, o grupo já concluiu a gravação de seu segundo álbum porém não apresentaram nenhuma nova canção ao publico.

O destaque do show além do carisma e técnica das meninas foram musicas como : Kali, Starvartion e From the Ashes que deu ponto final a uma apresentação irretocável e ovacionada pelos fãs que lotaram a área do Sun Stage.

Outro show que contou com um bom volume de público foi o dos alemães do Lord of the Lost, banda denominada de “metal gótico “e que fez uma apresentação bem enérgica e vigorosa, destaque para a presença de palco do baixista: Class Grenayde e do vocalista Chris Harms, o grupo está na ativa desde 2010 e possui 11 álbuns lançados, sendo “Blood & Glitter o último de 2022 e contou com 4 músicas nesta apresentação: Blood & Glitter, Leave Your Hate in the Comments, Reset the Preset e The Future of a Past Life.

Com o publico animado a banda fez um show competente e uma boa estréia em terras brasilis, para encerrar com boa impressão o hit La Bomba do album de 2014 “From the Flame Into the Fire

O duo Perturbator, projeto capitaneado pelo fracês James Kent trouxe seu synthwave nada convencional ao Sun Stage, confesso que a primeira vista o som é meio indigesto, exceto para os fiéis fãs que foram para assistir essa apresentação, a banda conta apenas com James (sintetizador/ guitarra) e um baterista, o que confere agressividade na performance , mas fica claro que a proposta do Pertubator é a de causar incomodo e esse show cai melhor em lugares fechados, tanto é que outras 2 apresentações foram agendadas para a Audio Club aonde abriram os sideshows do Evergrey e do Vixen

Os destaques desse show ficaram para : Excess, Dethroned Under a Funeral Haze e Tainted Empire

Accept

Infelizmente o show ocorreu no mesmo horário do Stone Temple Pilots e não tivemos como cobrir este show.

 

Summer Breeze Open Air – Setlists Hot/Ice Stages – Memorial Da América Latina – 29/04/23

 

Voodoo Kiss – 50’

Programado: 11:00 – 11:55 / Real: 11:00 – 11:50

Gerrit Mutz e Stefanie Stuber (vocais), Marin Beuther (guitarra), Klaus Wieland (baixo) e Achim Ostertag (bateria)

01) The Beauty And The Beast

02) The Killer

03) Nice Guys

04) Spellbound By Her Eyes

05) The Prisoner

06) Bat An Eye

07) The Eagle In The Sky

08) Feel The Curse Of The Voodoo Kiss

09) No Time

10) Dr. Evil

11) Angel Demon

12) Thousand Steps Of Goodbye

 

Benediction – 57’

Programado: 12:00 – 13:00 / Real: 11:59 – 12:56

Dave Ingram (vocal), Peter Rewinsky e Darren Brookes (guitarras), Nik Sampson (baixo) e Giovanni Durst (bateria)

Intro: Echolalia [Dead Can Dance]

01) Divine Ultimatum

02) Scriptures In Scarlet

03) Vision In The Shroud

04) Unfound Mortality

05) Nightfear

06) I Bow To None

07) Progenitors Of A New Paradigm

08) The Grotesque

09) Foetus Noose

10) Jumping At Shadows

11) Subconscious Terror

12) Stormcrow

13) Magnificat

 

Marc Martel – 59’

Programado: 13:05 – 14:05 / Real: 13:01 – 14:00

Marc Martel (vocal),Tristan Avakian (guitarra), Mike Cohen (baixo), Brandon Ethridge (teclados) e Oskar Häggdahl (bateria) – os nomes dos músicos de apoio foram obtidos graças à ajuda do jornalista Igor Miranda

Intro: Baba O’Riley [The Who]

01) Tie Your Mother Down

02) Hammer To Fall

03) Under Pressure

04) I Want To Break Free

05) Bohemian Rhapsody

06) Crazy Little Thing Called Love

07) Another One Bites The Dust

08) Stone Cold Crazy

09) Don’t Stop Me Now

10) Radio Ga Ga

11) Somebody To Love

12) We Will Rock You

13) We Are The Champions

 

Homenagem A André Matos – 64’

Programado: 14:10 – 15:10 / Real: 14:18 – 15:22

Viper: Leandro Caçoilo (vocal), Felipe Machado e Kiko Shred (guitarras), Pit Passarell (baixo) e Guilherme Martin (bateria) / Além dos ex-Shaman Alírio Netto (vocal), Hugo Mariutti (guitarra), Luis Mariutti (baixo) e Fabio Ribeiro (teclados); Rodrigo Oliveira(bateria), substituindo Ricardo Confessori; e os membros do Angra Felipe Andreoli (baixo) e Rafael Bittencourt (guitarra)

Intro: Immortal Choir [Secession Studios & Greg Dombrowski]

01) Under The Sun [Viper]

02) A Cry From The Edge [Viper]

03) Living For The Night [Viper]

04) Lisbon [Angra]

05) Make Believe [Angra]

06) Turn Away [Shaman]

07) For Tomorrow [Shaman]

08) Fairy Tale [Shaman] [Com Snippet De Who Wants To Live Forever, do Queen]

Intro: Unfinished Allegro [Angra]

09) Carry On [Angra]

 

Skid Row – 57’

Programado: 15:15 – 16:15 / Real: 15:22 – 16:19

Erik Grönwall (vocal), Dave “The Snake” Sabo e Scotti Hill (guitarras), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria)

Intro: Blitzkrieg Bop [Ramones]

01) Slave To The Grind

02) The Threat

03) Big Guns

04) 18 And Life

05) Riot Act

06) Piece Of Me

07) Livin’ On A Chain Gang

08) Time Bomb

09) Monkey Business

10) In A Darkened Room

11) The Gang’s All Here

12) Youth Gone Wild

 

Sepultura – 60’

Programado: 16:20 – 17:20 / Real: 16:19 – 17:19

Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria)

Intro: Polícia [Titãs]

01) Isolation

02) Territory

03) Means To An End

04) Kairos

05) Propaganda

06) Guardians Of Earth

07) Ali [Com Babylons P]

08) Agony Of Defeat

09) Refuse/Resist

10) Arise

11) Ratamahatta

12) Roots Bloody Roots

 

Lamb Of God – 60’

Programado: 17:25 – 18:25 / Real: 17:24 – 18:24

Randy Blythe (vocal), Mark Morton e Phil Demmel (guitarras), John Campbell (baixo) e Art Cruz (bateria)

01) Memento Mori

02) Ruin

03) Walk With Me In Hell

04) Ressurection Man

05) Ditch

06) Now You’ve Got Something To Die For

07) Contractor

08) Omerta

09) Omens

10) 512

11) Laid To Rest

12) Redneck

 

Stone Temple Pilots – 1h23’

Programado: 18:30 – 20:00 / Real: 18:29 – 19:52

Jeff Gutt (vocal), Dean DeLeo (guitarra), Robert DeLeo (baixo) e Eric Kretz (bateria)

Intro: La Posada No. 1/The First Tavern [Ennio Morricone]

01) Wicked Garden

02) Vasoline

03) Big Bang Baby

04) Down

05) Meadow

06) Silvergun Superman

07) Still Remains

08) Big Empty

09) Plush

10) Interstate Love Song

11) Sin

12) Crackerman

13) Dead & Bloated

14) Trippin’ On A Hole In A Paper Heart

Encore

15) Piece Of Pie

16) Sex Type Thing

 

Blind Guardian – 1h57’

Programado: 20:05 – 21:50 / Real: 20:02 – 21:59

Hansi Kürsch (vocal), André Olbrich e Marcus Siepen (guitarras), Johan Van Stratum (baixo), Michael Schüren (teclados) e Frederik Ehmke (bateria)

01) Imaginations From The Other Side

02) Welcome To Dying

03) Nightfall

04) Time Stands Still (At The Iron Hill)

Somewhere Far Beyond

05) Time What Is Time

06) Journey Through The Dark

07) Black Chamber

08) Theatre Of Pain

09) The Quest For Tanelorn

10) Ashes To Ashes

11) The Bard’s Song – In The Forest

12) The Bard’s Song –The Hobbit

13) The Piper’s Calling

14) Somewhere Far Beyond

15) Lord Of The Rings

16) Violent Shadows

17) Majesty

Encore

18) Valhalla

19) Mirror Mirror

 

CONFIRA ABAIXO A GALERIA DE FOTOS DESSE SHOW

 
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