Texto e Fotos: Belmilson dos Santos

The Baggios comemora 20 anos de estrada, entregando o que interessa (música autoral) com sotaque brasileiro (viva Sergipe) e uma carreira cheia de conquistas e com muito ainda por vir.

A gente sempre espera que todo show de uma banda como a The Baggios seja sold out. Não foi, mas tivemos um público muito bom no histórico Sesc Pompéia, com início meio morno, pelo “desconfiado” público paulista, mas que não resistiu e não se conteve perante a forma rítmica do trio sergipano, reforçado pela percussão de Betinho Caixa D´água nessa perna da turnê.

Fizeram um apanhado geral da carreira, abrindo com “Afro” do segundo álbum “Sina” de 2013, mas o bicho começou a pegar mesmo com as músicas de “Brutown”, “Vulcão” e “Tupã-Rá”, os três últimos muito bem sucedidos álbuns, que fizeram a banda conquistar um público maior, quando incorporaram de vez as influências nordestinas em seu som ou justamente por causa disso.

“Saruê”, “A Chegança”, “Limaia” que tem um ótimo vídeo clip, “Sangue e Lama” E “Como Um Tiro de Bacamarte” foram os destaques na apresentação.

Vale destacar também os figurinos que fazem todo o contexto da banda, caminho junto com som e letras (prestem atenção bandas: o figurino também faz parte do pacote todo).
Luz e som de primeira, sendo redundante em se tratando das unidades do Sesc.

Julico, Gabriel, Rafael merecem todas as conquistas e aplausos por fazerem música genuinamente brasileira, buscando na terra onde cresceram suas inspirações e histórias para suas criações.

Lá de São Cristovão/SE, eles correram atrás, foram indicados ao Grammy Latino, passam pelo histórico Sesc Pompéia e jogam na nossa que sim, é possível fazer música autoral e bem sucedida.
É fácil? Sem dúvida que não é.

Mas é recompensador demais.