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Violeta de Outono :::27/05/17 ::: Comedoria do SESP Pompéia
Postado em 03 de junho de 2017 @ 20:03


Texto e fotos: Edu Guimarães

Agradecimentos: Camila Cetronne

O que você fazia da vida – e na vida – em 1987?No Brasil, além de grave crise econômica, hiperinflação e acidente radioativo, a produção musical ainda mantinha parte da profusão iniciada no início da década com o surgimento e popularização de diversas bandas que fizeram o rock se tornar comercialmente viável. Naquele ano, para além dos sucessos do ensolarado pop rock carioca ou do cinzento rock paulista, o Violeta de Outono lançava o primeiro LP da carreira, um ano depois da estreia oficial em vinil com o EP “Reflexos da Noite”.

 

Para celebrar as três décadas do disco “Violeta de Outono”, o vocalista e guitarrista Fábio Golfetti se reuniu novamente com os antigos parceiros Claudio Souza (bateria) e AngeloPastorello (baixo) para uma única e especial apresentação no SESC Pompéia, em São Paulo, mesmo local onde o trio lançou originalmente o primeiro álbum. Neste show, realizado no último sábado (27), a banda reproduziu o mesmo repertório apresentado no já longínquo ano de 1987.

 

Às 21h35 as luzes da Comedoria são apagadas e os músicos dão início à apresentação homenageando uma das maiores – senão a maior – influências do Violeta de Outono: Pink Floyd. A instrumental “Interstellar Overdrive” é a primeira desta viagem no tempo.

 

Ainda que a plateia fosse formada majoritariamente por pessoas na faixa dos 40 anos, havia vários fãs que certamente estão longe dessa idade, o que apenas mostra o que nós já sabemos: música de qualidade não tem idade e nem é feita para um público especifico. E por falar em plateia, vale dizer que os atuais integrantes do Violeta de Outono Gabriel Costa (baixo), Fernando Cardoso (teclado) e José Luiz Dinola (bateria) estavam entre o público curtindo essa apresentação histórica.

O repertório contou com “Dia Eterno”, “Outono”, “Transe”, “Declínio de Maio”, “Outra Manhã”, “Sombras Flutuantes”, “Trópico”, “Luz” e “Reflexos da Noite”. Nesta última o baixista AngeloPastorello utilizou um arco, como aqueles de tocar baixo acústico, para a introdução da canção. Antes de deixarem o palco o trio ainda apresentou o segundo cover da noite, “TomorrowNeverKnows”, dos Beatles.

O público acompanhaGolfetti cantando junto em diversos momentos, com destaque para “Dia Eterno” e “Declínio de Maio”. Ainda que um show do Violeta de Outono não seja exatamente marcado pela interação, a comunhão entre banda e fãs pode ser sentida e vista na expressão quase hipnotizada dos presentes, principalmente quando Golfetti utiliza do glissando deslizando uma haste de metal sobre o braço da guitarra ou quando apoia sua Fender no chão e a toca como uma slideguitar.

 

Após os esperados pedidos de bis por parte dos fãs, o show continuou com “Em Toda Parte” – faixa-título e única do segundo álbum (1989) apresentada na noite – e o terceiro cover do show, “Citadel”, dos Rolling Stones, gravada pelo Violeta no EP “The EarlyYears” (1988).

 

A ideia de celebrar os 30 anos do primeiro disco reproduzindo o mesmo repertório da época e com os integrantes originais certamente funcionou muito bem! Tanto que o Violeta de Outono poderia pensar na possibilidade de levar este show para outros espaços. Para ficar melhor ainda, a banda poderia fazer o show dividido em duas partes, incluindo os atuais integrantes para uma verdadeira e grande festa. Fica a dica!

 

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